Só comigo e a solidão


Por: Cris da Rocha

Não estou falando da solidão
Que no senso comum é tristeza,
Digo de uma solidão que a gente necessita
Pra perceber o que nos agita.
Pra perceber quando o peito grita.

Solidão que explica a minha relação
Comigo e meu eu
Que reflete o que sou e o que ainda não sei que sou.

Solidão do bem
Amém!
Solidão pra quem?
Pra mim é para quem quiser .

Corajoso precisa ser
Pra enfrentar a si mesmo,
O silêncio que pouco cultivamos
As palavras que deixamos de dizer
Por causa da aflita necessidade
De barulho ter.

Hoje encontrei a solidão
Caminhando ao meu redor
Dizia com calma, mas sem dó
Que viver não é este barulho dó.

Viver é mais que isso,
É solidão representada na descrição
De uma vida mais plena.
Solidão é você com você mesmo.

É o contato mais íntimo que você possa ter.
Solidão é deixar de ouvir tudo que se fala lá fora, pra ouvir o que se diz aqui dentro, no coração, na mente, na alma, no Espírito, como melhor entender.

Imagem capa: Pexels

Colunista

Ana Cristina Vieira de Souza
(Cris da Rocha)

São Gonçalo – RJ
Professora d0 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental;
Formada desde 2007 em Pedagogia;
Especialização em Educação: Orientação Educacional, Supervisão e Administração Escolar, 2008;
Já atuou como Orientadora Educacional na rede pública de Ensino do Município de Itaboraí do 1º ao 9º ano;
Trabalha com crianças e adolescentes no Projeto Sala de Leitura, onde atua como professora de Literatura, estimulando crianças e adolescentes ao desejo e hábito de ler.
Atualmente é estudante do curso de Psicologia nas Faculdades Integradas – FAMATH, em Niterói.
Contato: prof-anacris@hotmail.com

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Nem tudo o que parece é


Por: Alex Valério

Sorrir, nem sempre significa ser o que parece. O sorriso pode ter muitos significados e, portanto, muitas funções. Em alguns casos, é só resultado da contração dos músculos labiais (para entender isso, pense na quantidade de vezes em que você esboçou um sorriso sem querer sorrir). Em nossas vidas, há muita coisa que aparenta ter uma forma, mas é aquela velha história de julgar o livro pela capa, sabem?

Estima-se que há 7 bilhões de pessoas no mundo. É tanta gente que eu não consigo imaginar o quanto isso representa em quantidade. Com tantos outros humanos por aí, como podemos nos sentir tão solitários? Há vazios que se revelam como um buraco negro no âmago do nosso ser. Há solidões que não entendemos, só sabemos que ela existe e nos acompanha por onde andamos.

A propósito, há solidões e solitários. Há quem tenha tudo e sinta como se não tivesse nada, existe o inverso disso e, há também, quem não tem nada nem ninguém (não se trata da solidão amorosa, mas da completa e total ausência de outras pessoas). Não tem receita mágica para lidar com o fato de ser sozinho. O melhor caminho, talvez, seja buscar as respostas do seu isolamento. Tente identificar, através de sua história de vida, em que momento você foi conduzido para essa condição atual (como fazer isso? Terapia sempre ajuda!).

É difícil compreender o que nos faz sentir tão só. Às vezes, passamos horas ou até mesmo dias, sem pensar a respeito. Há momentos em que nos rodeamos por pessoas, nos atolamos no trabalho ou imaginamos ter encontrado alguém especial. Mesmo não percebendo, ficamos felizes por encontrar alguma coisa que preencha um pouco do vazio constante que sentimos. Mas, como tudo na vida, esses momentos podem ser temporários e breves; e quando o são, parece que é apenas uma confirmação do fracasso que somos, não é mesmo? (isso não significa que tem de ser assim para sempre!)

Normalmente, quando somos acometidos por nossa costumeira solidão, temos a impressão de que, independente do que façamos, sempre estaremos condenados a ela. Há uma linha tênue entre: não ter ninguém e se afastar – ou ser afastado – de outras pessoas (qual é a sua?).

Cada um de nós tem uma história e um motivo para se comportar da forma como hoje se comporta. Cada história carrega suas particularidades e especificidades. Um bom começo é tentar respeitar a si mesmo e o sentimento que te afeta. Passamos tempo demais nos questionando ou nos condenando e isso não ajuda, pelo contrário, isso só agrava nossa própria condição.

Faça as pazes consigo. Respeite-se. Reconheça que você tem algum valor (e, apesar de bem piegas, essa pode ser a parte mais difícil). Amar-se, apesar de ser pregado por aí e divulgado aos quatro cantos, não é algo fácil, ainda mais considerando o mundo em que vivemos hoje, pelo contrário, tem sido bastante fácil deixar de gostar de si próprio.

Tente estabelecer laços. Queira ou não: nenhum homem é uma ilha. Quando passamos tempo demais sendo nossa única companhia, nos tornamos um pouco intolerante ao outro. Logo, quando alguém nos desagrada, ainda que com algo pequeno, costumamos nos afastar, antes que uma decepção maior aconteça e a ferida aberta se torne ainda mais grave (aliás, toda vez que isso acontece, você sente que isso confirma a predestinação a ser sozinho, não é?).

Há sorrisos que escondem medos, tristezas, anseios e tantas outras sensações desconfortáveis. A dor que sentimos é verdadeira, mas não é eterna. Seja flexível com quem você é. Aceite suas limitações, reconheça suas inabilidades e tente romper com as verdades que só são verdades para você. Não ter uma família, não ter amigos ou não ter um amor, não significa que essa será sua sina. É possível recomeçar e reconstruir. Reinvente-se!

Imagem capa: Pinterest

Colunista:

Alex Valério
CRP: 06/134435

Especializando em Terapia Comportamental pela 
Universidade de São Paulo. 
Psicólogo pela Universidade Nove de Julho.
Tem experiência com projetos que envolveram 
pesquisa básica em análise do comportamento 
(desamparo aprendido e comportamento supersticioso), 
ações sociais com o público LGBT e pesquisa quantitativa 
com familiares de mulheres que estavam encarceradas.
Realiza atendimento clínico de crianças, adolescentes e adultos. 
Escreve para o próprio blog e, também, para o Educa2.
Atende em São Paulo (Região Central) e no Grande ABC.
Contato: 
alex@minutoterapia.com
Facebook.com/ominutoterapia

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A solidão, a bendita solidão


Por: Cleunice Paez

A dor mais profunda e acompanhada de todos os sentimentos, lá está ela. Seguida de um momento de raiva, de angústia, da pior condição humana de perda. Ninguém vai sentir por você, ninguém a compreenderá no seu lugar.

Quem nunca a evitou? Quem nunca pensou que isso é deprimente? No entanto, nem sempre. Ela também pode ser vista com bons olhos, amargurados com dor, mas que essa dor é essencial e faz parte do ser, do estar no mundo.

Quem vai cuidar dela, outro alguém, talvez, temporariamente. Até você se dar conta que a única pessoa que pode curá-la é você mesma. De onde ela vem? Qual a conexão que a faz surgir? Uma criança interior maltratada, impotente, talvez abandonada? É ela que você deve cuidar. Poderá ficar anos com medo de simplesmente tentar cuidar dela, dói. Sim, por isso você fica estagnado na vida, não consegue se libertar, não a acolhe, não quer entender por que ela sofre.

Precisa mostrar confiança, precisa dar atenção ao seu interior, não adianta criar uma barreira entre você e seu interior, quem vai libertá-la de lá se não for você?

Se permita a cuidá-la, não a deixe criar raiva de você e aparecer em reações de impulso ou choro. Escute o que o seu interior grita.

É preciso se dar bem com você mesmo, para então manter um relacionamento com o outro.

Na maioria das vezes a raiva que você está emitindo ao outro, é uma raiva de si mesmo.  Precisa  tentar assumir o controle da sua própria vida, se sentir bem com sua presença, não tornar a sua única presença desesperadora.

Se permita sentir medo, falar deles, cuidá-los. Entenda o que seu interior tem a dizer, só assim vai conseguir acolher, entender e dar doces a sua criança que tem se amargurado com a vida.

A solidão pode ser viciante se você a alimentar, pode te trazer grande sofrimento ou pode desencadear em você habilidades que jamais conheceria se não a permitisse ficar em sua vida. Sabemos que muitos artistas e compositores conseguem desfrutar da solidão, trazê-la de forma produtiva e exposta em quadros, músicas, fotografias, entre outras belas formas de se apreciar.

Se olharmos por outro ângulo, ela é um mal necessário para o desenvolvimento social, porém percebemos que muitas pessoas gostam tanto de estarem sozinhas, que isso se transforma em refúgio, preferem a melancolia, a felicidade por si só. Quem somos nós para julgar o quanto a solidão do outro pode ser boa ou ruim? Cada um vai compreendendo a missão e o porquê de sua vida.

Mas faça sua própria companhia ser a melhor de todas, faça dela uma arte, um refúgio, use a criatividade, a transforme, não tenha medo do bicho papão, você já cresceu, convide-o para tomar um chá.

Imagem capa: Pinterest

Colunista:

Cleunice Paez
06/103445

Psicóloga pela UNIP
Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental – CETCC
Especialista em Psicologia Jurídica – UNICID
São Paulo- SP
Contato:
(011) 970172525 
http://www.psicologavilamariana.com.br
Facebook.com/psicologaclinicaejuridicacleunicepaez/
Email: paez.psicologa@gmail.com

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Aprenda a ser feliz sozinho


Por: Juliana Lima Faustino

Por quanto tempo você consegue ficar sozinho? E como você se sente nessa situação? Pode ser difícil responder a essas questões não é mesmo? A verdade é que ficar sozinho é um grande desafio nos dias de hoje, as pessoas estão sempre atarefadas, sempre correndo, e quando estão sozinhas, não estão de fato sozinhas, um smartphone a tira colo as conecta rapidamente a outras tantas pessoas através das redes sociais. Sem falar, no fato de que é difícil se sentir bem sozinho em uma sociedade que tenta nos convencer a todo tempo que a solidão é a pior coisa que existe e que para ser feliz você deve encontrar sua cara metade, ter muitos amigos, virtuais ou não, e ter sempre aquela turma para ir com você a lugares legais nos finais de semana.

Só que você precisa saber que é complemente possível estar só e feliz, você não irá morrer de tédio, se você souber como tirar proveito disso. Experimente fazer sozinho alguma coisa que você goste, vá, por exemplo, a praia sente na areia, observe as pessoas, ouça o som do mar, sinta o vento no rosto, você perceberá como essas sensações podem parecer novas. Vai ser um pouco estranho no inicio, como tudo que é novo, mas é aos poucos que se aprende a gostar da própria companhia.

A experiência de solidão é uma ótima oportunidade de auto avaliação, de entrar em contato profundo consigo mesmo e de perceber e valorizar as pequenas coisas em volta. De certa forma, quando estamos rodeados de pessoas, perdemos um pouco de quem somos, tendemos a imitar o outro, seja a roupa, modo de falar, de se comportar, e ainda temos a mídia o tempo ditando as regras de como sermos felizes. Quando estamos sozinhos finalmente descobrimos quem somos e do que realmente gostamos.

É claro que estar em companhia das outras pessoas tem seu valor e sempre que puder saia com seus com seus amigos. Mas, descubra que é possível ser feliz sozinho e quanto mais você é feliz sozinho mais você será capaz de fazer alguém feliz. Depender de outros para se sentir feliz é uma condição muito arriscada, o melhor é poder contar sempre consigo mesmo.

Imagem: Pinterest 

Colunista:

Juliana Lima Faustino
CRP 05/43780
Psicóloga clínica, formada pela PUC-rio (2008), terapeuta cognitivo-comportamental (Cepaf-RJ 2011), Psicóloga na ONG Pra Melhor (Projeto em fase inicial . Trabalho voltado para crianças, adolescente e adultos em comunidade). Experiência clínica no tratamento de transtornos de ansiedade, estress, depressão, relacionamentos e transtornos alimentares.
E-mail: julianafaustinopsi@gmail.com
Facebook: Doses de terapia – vivendo com qualidade
Blog: https://dosesdeterapiawordpress.wordpress.com


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