Setembro Amarelo: uma campanha pela Vida


Por: Joscelaine Lima

Novamente estamos em setembro e muito se fala acerca do suicídio, a campanha Setembro Amarelo tem crescido bastante e atingido muitas áreas da sociedade, não apenas na Saúde mental, mas em tudo que está relacionando à saúde, desenvolvimento, qualidade de vida, etc., sendo divulgado através das redes sociais e abordado em muitos eventos.

Esta visibilidade da campanha é muito positiva, leva a população de maneira geral a perceber a realidade do suicídio em nossa sociedade atual, reconhecer o trabalho feito pelos psicólogos e demais profissionais da saúde mental, bem como prestar mais atenção às pessoas ao seu redor. Contudo, devemos ter o cuidado para que não seja apenas uma campanha, para que em outubro tudo não seja esquecido, os sinais e sintomas já não sejam percebidos e valorizados, tornando supérfluo todo o conhecimento adquirido em setembro.

Devemos de fato nos conscientizar sobre a gravidade e realidade do suicídio, sobre o que leva uma pessoa a cometê-lo, não olhando de forma preconceituosa e moralista, mas de forma consciente, valorizando a vida, o ser humano e todos os seus aspectos.

Muitas vezes olhamos de forma preconceituosa e moralista pra quem tenta ou comete suicídio, taxando a pessoa de ingrata e sem fé, não nos dando conta que ninguém deseja acabar com a própria vida, o que se tenta acabar é com o sofrimento. É fácil julgar quando não se está na própria pele da pessoa que comete ou tenta suicídio, é mais fácil culpar a pessoa do que oferecer apoio, acolhida, um ombro e um ouvido amigo. Ou, é mais fácil ignorar e fingir que nada aconteceu, racionalizando sobre questões do campo emocional.

Suicídio é um tabu sobre o qual precisamos conversar. Falar sobre o assunto é libertador. É libertador para a pessoa que pensa em suicídio poder contar a alguém que lhe acolhe, que aceita seus sentimentos, que mostra estar ao seu lado e realmente se importar, realmente querer que a pessoa viva e que seja feliz.

Calar pode ser muito perigoso, a pessoa pode desistir de tudo com mais facilidade. Por isto devemos estar sempre prontos para acolher, emprestar o ouvido e realmente ouvir o que outro tem a dizer, sem críticas, julgamentos e moralismos, mas com atenção, solidariedade e respeito pela singularidade do outro, desta forma podemos evitar graves sofrimentos.

Que estejamos sempre disponíveis, não apenas no setembro amarelo, mas, de janeiro a janeiro, valorizando a vida, os sentimentos e emoções nossas e de nossos entes queridos, valorizando a saúde mental e assim ajudando alguém a encontrar novos sentidos à vida, motivando-o a viver plenamente!

Imagem capa: Pexels

Colunista:

Joscelaine Lima
CRP: 12/14672

Psicóloga em Centro de Referência de Assistência Social – CRAS em 
São Miguel do Oeste-SC e Psicóloga Clínica 
Contatos: 
Facebook.com/JoscelainePsicologia
Whatsapp: (49) 992028970

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

Suicídio na Adolescência, estatísticas que assustam!


Por: Ana Rafaela Bispo da Costa

Setembro Amarelo é o mês de prevenção ao suicídio, uma campanha linda, mas que muitas pessoas ainda tem medo de falar sobre o tema.

Esse mês estou falando sobre o Suicídio na Adolescência.

Para vocês terem uma ideia, o suicídio entre os adolescentes de 10 a 14 anos aumentou 65% nos últimos anos. E entre os de 15 a 19 anos aumentou 45%. Números alarmantes que foram até maiores que o aumento da população em geral, 40%.

Os estudos apontam que as principais causas desse aumento são a nova configuração da adolescência, que, além das questões sexuais, de bullying e transformações no corpo, trazem nos dias atuais fatores novos.

Hoje os adolescentes são muito mais cobrados em relação aos estudos, qual carreira seguir e ao quanto de sucesso terão. Afinal, os pais tem feito grandes investimentos de tempo e dinheiro para os filhos.

Outro fator que tem colaborado é o alto contato com as redes sociais, sendo que a maioria dos adolescentes passam muito mais tempo interagindo no mundo virtual do que no mundo real. Dessa forma as redes sociais, que se apresentam como uma vitrine somente de coisas boas do outro, fazem aumentar a angústia do adolescente que o tempo todo se compara com o que vê ali.

E o que mais me chama a atenção, é a dificuldade em lidar com frustração como causa de suicídio. Embora me espante, também é muito coerente.

Atuo o tempo todo com limites, percebendo a falta deles e sendo solicitada pelos pais para ajudar a colocá-los. Dessa forma, os adolescentes de hoje não recebem muitos “nãos” dos pais, não aprendendo a se frustrar. E por não treinarem isso durante a vida, quando escutam um não de uma namorada, ou de um emprego ou de uma viagem que não deu certo entram num grau de desespero pouco comum.

Já recebi casos de tentativas de suicídio porque houve o término de um namoro, e aquele adolescente não teve ferramentas internas para lidar com a dor e sofrimento.

De todos os casos de suicídio no país, 90% envolvem algum tipo de problema emocional ou mental, ou seja, poderiam muito bem ser tratados por psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, clínicas entre outros.

Vemos o quanto a saúde emocional ainda é negligenciada. A maioria da população não faz um programa de prevenção, atua somente depois que o suicídio já ocorreu, a exemplos de escolas onde ocorre o fato. 

A cada 10 pessoas que se suicidam 9 demonstram sinais anteriormente, basta que você esteja atento. E na adolescência o risco se torna maior por serem mais impulsivos, se arriscarem mais e não preverem o perigo, características normais do cérebro adolescente ainda em desenvolvimento.

Se você quer saber mais visite meu canal no youtube Tempo de Aprender-se que lá tenho vídeos explicando os sinais, os fatores que influenciam e o que você deve fazer.

Cuide. Previna. Salve uma vida.

Referências:

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/04/suicidio-de-adolescentes-avanca-e-casos-recentes-mobilizam-escolas-de-sp.shtml

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-09/suicidio-e-quarta-maior-causa-de-morte-de-jovens-entre-15-e-29-anos

Imagem capa: Pexels

Colunista:

Ana Rafaela Bispo da Costa
CRP: 06/95603

Psicóloga pela UMESP
Pós Graduada em Especialização em Informática em Saúde pela UNIFESP
trabalha no auxílio ao desenvolvimento de crianças e adolescentes e suas famílias, 
atuando na região do ABCD
Contatos:
(11) 982172197
ana_rafaela_24@hotmail.com

Facebook: Infância e Adolescência e os seus desafios na Família

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

 

Dicas de livros sobre Adolescência/Depressão/Suicídio (link para a loja nas imagens):

o que é depressão          fãs do imp          depressão na adolesc

 

O que posso fazer se alguém próximo a mim vivencia a depressão?


Por: Geovanna Duarte Guizzardi

É importante que se entenda que a depressão é uma imensidão de sensações que envolvem o indivíduo e que o tomam para além de sua vontade. Não é frescura. Não é simples. É um momento em que o sujeito necessita de muito apoio e acolhimento. É um para além de estar triste. É um mar de tristeza que não precisa de motivos para existir. É uma dor que incomoda e não passa com um simples “pare de ficar assim” ou “levanta dessa cama, é tão simples!”. Quem sente e vivencia, sabe.

Os sintomas acometem o comportamento, o sono, o corpo, a cognição, o peso e afins. Mas os sintomas, a maioria das pessoas conhece, porém poucas pessoas sabem como auxiliar aqueles que estão vivenciando a depressão. Até por que muito se foca em diagnósticos e prognósticos, mas pouco se fala sobre as pessoas que rodeiam aqueles que estão acometidos pelo transtorno depressivo. Estas pessoas também precisam ser apoiadas, haja vista que aquelas que vivenciam a depressão necessitam de apoio, e caso não o recebam, o curso do transtorno pode ser muito mais complicado.

Mas afinal, o que se pode fazer?

O primeiro passo é o mais importante. Que é compreender. É preciso que se compreenda que a depressão é uma condição de saúde em que o sujeito não se sente motivado, sente-se sem nenhum prazer e enfrenta o curso do transtorno com muita dificuldade. Portanto entender que muitas vezes os convites para sair de casa lhe serão negados, entender que frases como “pare com isso” ou “saia desta!”, não surtirão efeitos já que se trata de um transtorno e não de simples vontade. Entender isso já é de grande valia.

É importante compreender que perder a paciência não trará resultado positivo algum. O único resultado a se conseguir com a perda de paciência com o sujeito que vivencia a depressão, é o fato de fazer com que ele se sinta ainda menos compreendido e amado. Esta pessoa necessita do seu acolhimento. Necessita do seu apoio. Talvez somente a sua companhia, em silêncio, já é de grande ajuda, pois esta pessoa precisa saber que independente do que ela sente e pensa, você estará lá.

Além disso, é imprescindível poupa-la de comparações. Não é por que ciclano passou por determinada situação e conseguiu se sair melhor, que todo mundo sairá da mesma forma. Cada um sente de uma forma. Por mais parecidas que sejam as situações vivenciadas, as pessoas tem formas diferentes de enfrenta-las. É importante que se entenda que se esta pessoa está enfrentando os problemas de determinada forma, é a forma como ela está conseguindo lidar.

Preocupe-se mais em ouvir e não em falar. E policie ao máximo a sua fala, pois se for algo a ser dito para magoar, é melhor se calar. Mantenha sempre claro de que estará lá para ajudar, mas que é importante que esta pessoa busque ajuda profissional. É necessário dividir esta dor com amigos e familiares. Mas é imprescindível o acompanhamento médico e psicológico.

Por fim, sabemos que a dor de quem vivencia o transtorno depressivo é muito grande e por vezes quem está ao redor não sabe como lidar, e acaba por atrapalhar em vez de ajudar. Não porque se quer atrapalhar, mas pelo simples fato de não saber o que fazer. Vamos juntos lutar por algo tão sério, pois afinal, aqueles que estão à volta destas pessoas, sofrem junto. Então, nos apoiemos e nos acolhamos.

Referências:
Link

Imagem capa: Pexels

Geovanna Duarte Guizzardi
CRP 16/5396

Psicóloga Clínica
Graduada pelo Centro Universitário Católico de Vitória
Pós graduanda em Psicologia, Nutrição e Transtornos Alimentares.
Atende na Grande Vitória – ES , em Domingos Martins-ES e Marechal Floriano – ES.
Monografia com o tema: “E a rosa despedaçada: a persistência de mulheres jovens em namoros abusivos”.

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

Depressão. Estou sujeito?


Por: Elton de Sousa Moura

Nos últimos dias foi bastante vinculada na internet a repercussão da entrevista de Johnny Depp à revista Rollinstones5. A matéria, escrita por Stephen Rodrick, abordou sobre o relato do ator em relação à depressão que vivenciou. A proposta deste texto, caro leitor, é frisarmos como a depressão tem aumentado no mundo, inclusive em nosso país, e como podemos nos aproximar e dialogar melhor em relação ao tema. Começamos com um dado interessante sobre a terra do carnaval. Você tinha ideia de que mesmo tendo a fama de ser um país alegre o Brasil tem uma grande parte da população que sofre com a depressão? [4]

Uma matéria feita pelo site G1, trouxe no título a seguinte frase: “Depressão cresce no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS); Brasil tem a maior prevalência da América Latina”. [1]

Consta no relatório da OMS a seguinte informação:

“No Brasil, 5,8% da população sofre com esse problema, que afeta um total de 11,5 milhões de brasileiros. Segundo os dados da OMS, o Brasil é o país com maior prevalência de depressão da América Latina e o segundo com maior prevalência nas Américas, ficando atrás somente dos Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.”
G1, 2017

O suicídio, segundo dados da OMS, “aumentou gradativamente no Brasil entre 2000 e 2016: foi de 6.780 para 11.736, uma alta de 73% nesse período. As maiores taxas de crescimento foram registradas entre jovens e idosos, de acordo com o Ministério da Saúde”. [2]

A mesma organização nos aponta que “no mundo, o suicídio acomete mais de 800 mil pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). É a segunda causa de morte no planeta entre jovens de 15 a 29 anos — a primeira é a violência”. [3]

Olhando para esses números é impossível negar que a depressão se tornou uma questão de Saúde Pública. E é essencial nos aproximarmos do tema, para termos um maior esclarecimento das características.

É inadmissível ainda encontrarmos falas do tipo “Depressão é coisa de rico”; “Ah, isso é frescura”; “Preguiça”, dentre tantas outras coisas jocosas que ouvimos.

Mas o que podemos fazer?

Eu acredito que se informar com conhecimentos sólidos, coerentes, e disseminá-los com nossos próximos é um começo. Em outras palavras, falar de depressão tem que fazer parte do nosso dia a dia; assunto da mesa de café da manhã.

Basta darmos um “Google” na rede e veremos milhares de sites que descrevem como se caracteriza a depressão: humor deprimido, perda de interesse ou prazer em quase todas as atividades durante pelo menos duas semanas, podendo ser acompanhada de planos ou tentativas suicidas.

Mas tratando-se de doença leitor, não podemos apenas consultar o “Dr. Google”, uma prática muito comum hoje em dia. Muitos já chegam na consulta apenas para validar o diagnóstico que ele mesmo se nomeia por causa de suas pesquisas na internet. Vale lembrar que diagnóstico se faz com um especialista, na vida real, e não na virtual.

A depressão é uma realidade que não escolhe etnia, posição social, e tantas outras coisas. Podemos dizer que ela é democrática. Todos nós podemos desenvolver depressão, lembrando que há alguns fatores que tornam algumas pessoas mais propensas que outras. Saber identificar quando as situações da vida estão começando a perder o colorido ou quando a vida começa a perder o sabor, (tipo aquele arroz que você esqueceu de colocar o sal), é muito importante para que consequentemente possamos saber os caminhos onde encontraremos ajuda especializada. Para encerrar esse texto, deixo aqui a fala do psicólogo Alexandre Keusen, dita em entrevista para o site Terra [4], onde ele aponta como uma das causas, referente ao aumento da taxa de depressão, ser consequência do “ritmo de vida atual”. E aí, o que você acha, concordar com Keusen? Também pensa que devemos trazer esse assunto para nosso dia a dia? Deixe sua opinião nos comentários. E lembre-se: Invista em sua saúde emocional sempre!

Elton de Sousa Moura
CRP – 129482

Psicólogo 
http://www.psicologoeltondesousamoura.com
Consultório no Tatuapé / ZL (11) 98492-8631

Não se faz nada sozinho! Para a produção deste texto, utilizou-se como base os seguintes links abaixo, recomenda-se a leitura.

Referências:

[1] G1. Depressão cresce no mundo Segundo OMS; Brasil tem maior prevalência da América Latina. Disponível em < https://g1.globo.com/bemestar/noticia/depressao-cresce-no-mundo-segundo-oms-brasil-tem-maior-prevalencia-da-america-latina.ghtml&gt; Acessado, 28.06.18

[2] MFC Feliciano, LHT Moretti. Depressão, suicídio e neuropsicologia: psicoterapia cognitivo comportamental como modalidade de reabilitação. Disponível em< http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0857.pdf&gt;, acessado 28.06.2018

[3] R7.Estável, suicídio entre jovens ainda é quarta causa de morte no Brasil. Disponível em < https://noticias.r7.com/saude/estavel-suicidio-entre-jovens-ainda-e-quarta-causa-de-morte-no-brasil-21052018&gt; Acessado 28.06.18

[4] RAMÍREZ.P. Ideia de “felicidade” brasileira esconde maior taxa de depressão da A. Latina. Disponível em < https://www.terra.com.br/noticias/brasil/ideia-de-felicidade-brasileira-esconde-maior-taxa-de-depressao-da-alatina,536d2b035d52ef13e90d2028a3b432678c7hnz1d.html&gt; Acessado 28.6.2018

[5] Link da matéria Rollingstones. Disponível em <https://www.rollingstone.com/movies/features/johnny-depp-lawsuit-marriage-w521671&gt; Acessado em 18.06.2018

Eu já tive ansiedade e depressão


Eu tive ansiedade e depressão
Sim, eu tive! Não tenho vergonha de dizer que 2017 foi o ano com mais surpresas difíceis que os anos anteriores. Comecei a sentir umas dores na coluna e joelho. A dor irradiava por todo meu corpo. Andava preocupada, pois tinha várias responsabilidades. Entre elas, a faculdade, os serviços domésticos, família, leituras acadêmicas e o trabalho. Trabalho com crianças e pré adolescentes, e minhas energias diminuíam a cada dia. Mas fiz de conta que era mais forte que todos os poderes da MULHER-MARAVILHA e continuei.

Cada dia acordava mais cansada. Dormia pouco, comecei a ter insônia e acordava como se tivesse passado a noite levando uma “surra”. Corpo dolorido. Desânimo. Tentava não dar ideia pra nada disso. Tinha uma vida cheia de coisas pra fazer, “não tinha tempo para dores e desânimo.”

Com os dias passando as dores aumentavam ao ponto de eu não conseguir andar. Foi quando procurei um ortopedista, fiz vários exames e descobri doenças que estavam também muito relacionadas com a ansiedade que estava me assolando. As dores deram uma pequena trégua depois de alguns medicamentos e fisioterapia. Mas o coração continuava acelerado e a vontade de não fazer as coisas do dia a dia aumentavam. Fazia um esforço tremendo pra tentar fazer o básico do básico, ainda assim, não estava conseguindo.
Achei que podia estar cansada, com tantas obrigações. Procurei uma médica e ela disse que estava com TRANSTORNO DE ANSIEDADE. A ansiedade todos sentem, ela é até importante pra nossa vida. Porque ela vem com um pouquinho de medo e essa ansiedade comum, pode nos proteger, nos alertar pra várias situações perigosas ou pra nos fortalecer e nos ajudar a pensar o que temos que fazer… fugir ou enfrentar. Ansiedade que se sente quando vai fazer uma prova, passar por uma seleção profissional, numa prova pra se tornar motorista de automóvel, quando se vai viajar é perfeitamente normal.
A ansiedade que passei, ela paralisou a minha vida. Parei de fazer coisas comuns e que me davam prazer. Ela transtornou, modificou toda carga de energia que tinha para enfrentar os desafios da vida.
Sentia a vida ir parando em câmera lenta. Na verdade era eu que estava parando.
Voltei a médica com uma hipótese diagnóstica da minha terapeuta. Ela sugeria que um quadro de ansiedade generalizada poderia estar me parando. A médica leu e disse, precisamos cuidar desse TAG e desse início de depressão. Saí do consultório chorando porque o primeiro diagnóstico sim, mas o segundo? Não aceitava.

Quando vi, estava deitada numa cama sem força pra nada. Tranquei a matrícula na faculdade, fiquei de licença no trabalho e me sentia péssima. Fraca. Sem forças. Me perguntava porque havia me deixado chegar a este ponto. Ainda doente, me cobrava muito.
Passei meses deitada numa cama tendo crises de ansiedade. Parei a minha vida abruptamente. Deixei minha filha se virar sozinha. Quando meu marido estava em casa, ele, tristemente cuidava das coisas que geralmente eu fazia.
Tem gente que acha que alguém deprimido é um preguiçoso, um mimado. Na minha família, não passei por isso. Eles me ajudavam me dando amor e carinho e isso me fortalecia, pois me sentia amparada. E tanto suas palavras e seus silêncios na hora certa, me envolviam numa onda de amor e esperança. Mas tudo era muito lento. Os dias pareciam não passar. E eu chorava o tempo todo, quando não estava chorando, estava dormindo.

Havia momentos que eu sentia vontade de viver, outras eu tinha vontade de morrer. Aquilo parecia que não iria acabar ou pelo menos diminuir. Uma onda de medo e crises de ansiedade tomavam conta de mim que vivi dias tão ruins, que achava que só eu passava por aquilo. Era um sofrimento só. Era uma dor de dentro. Uma coisa estranha… Parecia a vida se esvaindo.
Aos poucos e lentamente os remédios começaram a fazer efeito. Mas ainda tinha crises de ansiedade. Ficava dias sem banho. Comia muitas comidas gordurosas como salgados, pizzas, lasanha porque não conseguia ir até a cozinha para preparar algo. Comi muito miojo. Nem acredito!

Os dias passavam e eu ali deitada. Mudei toda configuração do meu celular, assim, ninguém me via e não falavam comigo. Queria me esconder do mundo. Tinha vergonha de ter depressão.
Foi o amor de amigos e principalmente o amor da minha família e os cuidados médicos e terapêuticos que foram me ajudando a ter um norte para minha vida.
As crises de ansiedade foram espaçando. Mas sentia medo e ainda não conseguia andar sozinha na rua. Tinha medo de que algo pudesse acontecer comigo. Acredito que quem passa entende muito bem.

Hoje me sinto bem melhor! Mas ainda tenho alguns receios, medos. Mas já consigo dominar a maioria. Uso menos remédios e aprendi que eles estão ao nosso dispor. Que sejam usados apenas por um tempo. Com responsabilidade e seriedade. É o que estou fazendo. Remédio não solucionará a fase que estou passando, mas me ajuda a ajustar – organizar a bagunça que ficou a minha mente e meu corpo. Depois é seguir na terapia, procurando compreender o significado para este momento onde tudo foi descompensado. Estou curada? Não. Nunca mais a ansiedade vai me assolar? Não sei. Posso ter depressão novamente ou entrar no estado crítico? Não há resposta. Tudo e nada pode acontecer. Posso ficar bem e não sentir mais nada. Embora precise aprender a lidar com os fatos da vida.

Não é fácil viver num mundo tão violento e ser uma pessoa completamente sã. Até porque nem acredito nessa sanidade toda, humanamente falando. Mas quero uma vida mais sadia mentalmente. Quero estar mais focada e com tempo pra me divertir. Dar gargalhadas e olhar pra frente.

Tenho projetos. Tenho vida e muita vontade de viver. Então a probabilidade cresce diante deste sentimento pela vida.
Se um dia passares por uma situação parecida, peça ajuda. Socorro. Uma luz! Há momentos que o negócio é ficar deitado. Faz parte do processo. Achando que a vida chegou ao fim, mas não chegou e nem chegará. Ligue pra um amigo. Fale dos sentimentos. Dos pensamentos absurdos que passam na sua cabeça. Das vontades que dão a cada minuto.
Arrume alguém em quem possa confiar. Sei que a vontade é ficar em silêncio o tempo todo, tente romper este ciclo. Chore. Chore. A ajuda irá chegar. Ninguém é totalmente sozinho. E este acolhimento será importante para o próximo passo. Vá ao médico. Mas tenha cuidado. Não vá a qualquer um. Vá também ao Psicólogo, terapia precisa essencialmente fazer parte deste processo – podendo colocar em ordem seus pensamentos, sentimentos e ação. A fé em algo pode ajudar. E siga em frente. Parece o fim do mundo, mas não é. Parece que tudo se perdeu. Mas cada coisa está em seu lugar – aguardando o momento certo para seguir o fluxo. E poderá sentir-se bem melhor.

Não fique perto de pessoas que ficam “querendo ajudar”, mas ao contrário, culpam você de ter depressão. Frases como:”Levanta, isso não combina com você”. “Seja forte”. “Essa coisa de depressão é coisa da sua cabeça”. “Você precisa ter fé em Deus”. “Onde está aquela pessoa alegre?” “Eu comecei a ter depressão, mas não me deixei dominar por ela não”. “Levanta e vamos dar uma volta, você vai logo ficar boa”. Tenha cuidado com estas frases e outras que podem deixar você muito pior.

Hoje me sinto muito bem. Estou realizando minhas atividades e retornando pra faculdade. Dando atenção à minha família. Saindo pra me divertir. Ouvindo músicas, fazendo atividade física e focando na minha saúde mental.

Imagem capa: Pexels

Colunista

Ana Cristina Vieira de Souza
(Cris da Rocha)

São Gonçalo – RJ
Professora d0 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental;
Formada desde 2007 em Pedagogia;
Especialização em Educação: Orientação Educacional, Supervisão e Administração Escolar, 2008;
Já atuou como Orientadora Educacional na rede pública de Ensino do Município de Itaboraí do 1º ao 9º ano;
Trabalha com crianças e adolescentes no Projeto Sala de Leitura, onde atua como professora de Literatura, estimulando crianças e adolescentes ao desejo e hábito de ler.
Atualmente é estudante do curso de Psicologia nas Faculdades Integradas – FAMATH, em Niterói.
Contato: prof-anacris@hotmail.com

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui). 

Depressão pode matar, mas tem tratamento!


Por: José Geraldo Ferreira da Silva

A depressão é um transtorno mental causado por uma complexa interação entre fatores orgânicos, psicológicos, ambientais e espirituais, caracterizado por angústia, rebaixamento do humor e pela perda de interesse, prazer e energia diante da vida.

Genes, hormônios, neurotransmissores, nutrientes celulares, substâncias químicas, auto-estima, pensamentos, personalidade, crenças, reações emocionais, conflitos inconscientes, fatores sócio-culturais e ambientais, entre outros, podem predispor o indivíduo a desenvolver depressão (TEODORO, 2010, pag. 20).

Contudo, é necessário estar atento, pois há diferença entre depressão e tristeza:

Tristeza: reação emocional normal a várias situações desagradáveis, como ser demitido do emprego, reprovado em algum teste ou perder um parente. Após 6 a 8 semanas, em média, e sem intervenções médicas ou psicoterápicas, a pessoa volta ao normal.

Depressão: é mais intensa, angustiante, seguida por autodesvalorização e desmotivação, que se arrasta por meses ou anos e compromete a vida pessoal, social, profissional e familiar do deprimido.

Paciente e pessoas com quem convive, muitas vezes não percebem as causas da doença, por envolver conteúdos inconscientes e processos psicológicos e orgânicos complicados. É necessário o apoio especializado de médicos e psicólogos.

Você sabia?
A depressão é a principal causa de problemas de saúde e deficiência em todo o mundo. De acordo com a OMS, mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015.

A falta de apoio às pessoas com transtornos mentais, juntamente com o medo do estigma, dificultam o acesso ao tratamento que necessitam para viver uma vida saudável e produtiva.

A taxa de suicídios atribuída à depressão aumentou, apesar dos esforços em estabelecer e manter centros de prevenção ao suicídio em todo o território nacional.
Drogas antidepressivas custam menos dinheiro que a psicoterapia, porém não funcionam para todos os pacientes deprimidos, dos quais apenas em torno de 60 a 65% respondem aos medicamentos de forma eficaz (BECK, 1997).

A boa notícia é que existem tratamentos eficazes para depressão moderada e grave. Profissionais de saúde podem oferecer tratamentos psicológicos, como ativação comportamental, terapia cognitivo-comportamental com técnicas estruturadas e psicoterapia interpessoal ou medicamentos antidepressivos.

Depressão não é frescura, procure ajuda!

Imagem capa: Pexels

Colunista:

José Geraldo Ferreira da Silva
CRP nº 04/48975

Psicóloga Clínico, formado em Terapia Cognitivo
Comportamental;
Formado pela Unileste-MG, especialista pelo Nepsi;
Atende em Açucena, MG;
Observações: Atualmente atua na Secretaria Municipal de Assistência Social
e em consultório particular online e presencial;
Contatos:
e-mail: geraldo.fs@live.com
Site: http://www.psicologo.site
Consultório online: https://www.psicologiaviva.com.br/josegeraldo

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


PNG - ONLINE IMAGE EDITOR - Copia.png

Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

Eu vi a cara da morte e ela estava viva


Por: Maicy Rodrigues Araújo

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma pessoa comete suicídio a cada 40 segundos.

No Brasil, estima-se que 10 milhões de pessoas sofram de depressão e em relação à população mundial, cerca de 20% dos depressivos tentam suicídio pelo menos uma vez, visando por fim ao sofrimento que os aflige.

Lembro de ter ouvido histórias de suicídio durante toda a vida, e sempre que se fala nesse tema (que ainda é um tabu), percebe-se o quão carregado de julgamento ele é. Ninguém consegue falar de suicídio sem dar uma opinião um tanto quanto irredutível sobre o que pensa sobre ele. Falar me parece muito fácil. Mas a verdade é que alguém que nunca teve um pensamento suicida pode falar com tanta propriedade.

Causa? Não existe UMA causa do suicídio. Existem várias. Concordo que as pessoas com transtornos psicológicos tem uma tendência maior. Mas todo ser humano sofre. Será que em algum momento, qualquer um de vocês que esteja lendo, já não pensou na morte como uma possibilidade, estando em sofrimento?

Estamos falando de uma história de sofrimento tão absurda, que a única possibilidade que a pessoa enxerga é a morte. Muitas pessoas que pensam em suicídio não querem de fato morrer, elas querem dar fim ao sofrimento.

Werlang e Botega (2004), afirmam que se pode definir o comportamento suicida como todo ato pelo qual um indivíduo causa lesão a si mesmo, qualquer que seja o grau de intenção letal e de conhecimento do verdadeiro motivo desse ato. Essa noção possibilita conceber o comportamento suicida ao longo de um continuum: a partir de pensamentos de autodestruição, passando por ameaças, gestos, tentativas de suicídio e, finalmente, suicídio.

Entender o suicídio é compreender que ele não é só a morte em si, ele é o pensar na morte. É quase como um flerte. “Hoje, meu dia foi tão ruim que eu penso que teria sido melhor não ter levantado da cama. Amanhã, o dia se repete. Ninguém repara ou parece se importar. Acho que eu não faria muita falta nesse mundo. Hoje eu desejei não ter acordado. Será que essa dor tão profunda vai acabar? Ou posso eu mesma dar fim dela?”

E assim, nessa “paquera mortal”, o indivíduo vai se aproximando cada vez mais da morte. Ele se encontra cristalizado, inflexível. Não consegue mais se ver de forma ampla como sujeito no mundo, o mundo pra ele virou a morte.

A escuridão sempre foi uma grande conhecida minha. Ao longo da minha adolescência e vida adulta, me via passando por períodos apáticos. Me esforçava pra fazer as pequenas coisas e tudo parecia muito difícil. Hoje consigo ter uma visão muito clara e consciente disso tudo por conta de anos de estudo e terapia.

Já ouvi muito a frase “quem quer se matar, vai e se mata”. Vocês também? Isso é bastante dito quando uma tentativa de suicídio dá errado.

Porque alguns pacientes dizem que querem se matar? Porque lá no fundo, eles querem dividir essa dor absurda que tem sido existir. E falar pra gente ou pra qualquer outra pessoa, é uma voz baixinha, sem muita energia lá dentro dele, que quer socorro. Ele quer ser salvo. E faz TODA diferença ter alguém. Se a pessoa fala em querer se matar, é porque ela está compartilhando… e ao falar, podemos juntos, dar um novo olhar. Por meio da relação terapêutica, tentar dar um novo sentido a esse ser humano.

Conheço história de pessoas que tinham aparentemente tudo e se mataram. Esse “tudo” que se fala é tão vazio. Dinheiro, carro, casa, emprego… de verdade verdadeira, esse tudo pra essas pessoas não era nada. Porque elas estavam em sofrimento emocional. E o fato de terem coisas materiais não as livrou do vazio existencial que tinham dentro de si. Não existe dor maior que a dor de existir.

Algumas pessoas acham que sabem o que é esse sentimento depressivo, essa apatia absurda que se transforma em dor… porque já se divorciaram, perderam um emprego ou passaram por uma relação difícil. A verdade é que nada disso é depressão. Essas situações geram sentimentos de tristeza, que podem ou não levar a depressão. Mas não se enganem. Depressão não é “tão” simples assim. Não é uma tristeza, não é um choro. É oca. É cansativa e insuportável, porque você, mais do que ninguém, sabe que aquele não é você. Eu já ouvi muito isso dos meus pacientes e claro, já falei também.

Você sabe que aquele não é o seu estado normal, você se sente chato, irritante, sem senso de humor e energia. E não adianta, as pessoas podem se esforçar o quanto quiserem, elas não vão conseguir te animar.

Como não pensar em dar fim a tudo isso?

Ampliar a awareness: dar-se conta de si. Eu acredito que os pacientes podem ressignificar suas vivências. Dar um novo olhar a elas. Eu creio piamente que podemos buscar novos ajustamentos criativos, que não irão apagar o sofrimento que já vivemos, mas com base neles e na experiências que eles nos trouxeram, vamos poder olhar a vida de outra forma.

Ampliar as compreensões e possibilidades faz parte do papel do Terapeuta.

Eu e o paciente estamos no mesmo nível existencial. A minha diferença é a teoria. Mas existe sim uma vivência disso que você pode estar passando e eu também, em algum momento, já vivi. Isso me faz sentir muito confiante no que diz respeito a compreender o sofrimento e desespero das pessoas. Porque eu já fui essa pessoa. E eu tenho essa vontade absurda de viver, de vencer todas as batalhas que a vida vai me apresentar. Eu dou muito mais valor à luz hoje, porque eu já vi a escuridão.

Eu tenho uma fé imensa nessa coisa chamada terapia porque ela já salvou a minha vida. E eu sei que posso salvar a vida de muitas pessoas também.

Referência:

Botega, N. J. & Werlang. B. G. Comportamento Suicida, Porto Alegre: Artmed, 2004

*O título do texto é da música “Boas Novas”, do Cazuza.

Imagem capa: Stocksnap.io

Coluna:

Maicy Rodrigues Araújo
CRP 10/03113

Maicy Rodrigues Araújo é Psicóloga, formada pela UNAMA (Universidade da Amazônia). É especialista em Desenvolvimento Infantil pela UEPA (Universidade do Estado do Pará), possui MBA em Gestão de Pessoas pela FACI (Faculdade Ideal) e cursou o Programa de Educação Continuada em Psicopedagogia (ABED). É Aprimoranda em Psicologia Clínica com ênfase na abordagem Gestáltica pelo GEGT (Grupo de Estudos Gestálticos).
Atualmente, trabalha como Psicóloga Clínica e Orientadora Profissional em consultório particular e na modalidade online.
Escreve e administra o instagram @_tododiapsicologia_, com a idéia de levar Psicologia de fácil acesso ao dia a dia das pessoas. Idealizadora do programa OPT (Orientação Profissional para todos), dando palestras gratuitas em diversas escolas no estado do Pará sobre a escolha consciente da profissão.
É de Belém/Pará.

Contato:
(91) 98839-7900 
maicyrodrigues@gmail.com

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


PNG - ONLINE IMAGE EDITOR - Copia.png

Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

Precisamos falar sobre suicídio


Por: Kelly Leal

O Setembro Amarelo passou, mas o diálogo deve continuar. A campanha de conscientização sobre o suicídio, o Setembro Amarelo, acontece no Brasil desde 2014 e tem o objetivo de alertar as pessoas sobre a realidade do suicídio, como prevenir e desmistificar o tema.

A taxa de suicídio subiu 60% desde 1980 no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que até o ano de 2020 em torno de 1,53 milhões de pessoas cometerão suicídio.

Por isso, a OMS já considera o suicídio como um problema de saúde pública e busca formas de atingir as pessoas com intuito de disseminar conhecimento sobre o assunto. Isso é feito através de cartilhas, divulgação de dados de suicídio e informação, inclusive para os profissionais, no sentido de orientá-los em como proceder nestas situações.

Por isso, é necessário ficar atento aos sinais que as pessoas que tem pensamentos suicidas costumam dar. Geralmente quem pensa em se suicidar expressa isso de alguma forma, e para prevenir o suicídio não há uma fórmula pronta, mas existem alguns sinais que podem indicar a presença de pensamentos ou tentativas de suicídio e que servem de alerta.

Algumas pessoas acham que quem fala em suicídio só quer chamar a atenção e não pretendem, de fato, se matar. Ao contrário disso, quem fala pode estar pedindo ajuda. Fique atento a frases do tipo: “não aguento mais”, “eu queria sumir” e “eu quero morrer”.

É necessário poder falar sobre o suicídio. Hillman (2014) afirma que ainda há muita dificuldade em conseguir falar sobre esse tema abertamente, visto que a sociedade rejeita e trata com preconceitos. O mesmo autor ainda discorre acerca da naturalidade em ocultar o suicídio e falta de interesse em compreender o sofrimento do outro e a dimensão do problema.

O suicídio é um fenômeno multifatorial e complexo. Geralmente são vários fatores que interagem entre si provocando o pensamento e/ou comportamento suicida. O Suicídio pode ser considerado como um sintoma de algo que não foi tratado de maneira adequada.

Desta forma, identificação e intervenção antecipada pode salvar vidas. Caso conheça alguém que está tendo pensamentos suicidas, convide-o a buscar ajuda psicológica. Com a psicoterapia pode-se trabalhar esses pensamentos disfuncionais, trazendo benefícios para quem tem pensamentos e comportamentos suicidas, pois somente pelo fato da pessoa pensar em não estar mais vivo já pode-se considerar algo significativo que precisa de atenção.

“O verdadeiro valor da vida, é dar valor a própria vida.” (Hudson Charles)

Dê valor ao que não tem preço!

Imagem capa: Stocksnap.io

Kelly Leal
CRP 03/14123

Psicóloga, especializanda em Terapia Cognitivo-Comportamental. 
Formada pela Faculdade Castro Alves, 
especializanda pelo Centro Universitário Amparense. 
Atende em Salvador/Bahia.
Contatos: 
kellyleal.psi@gmail.com
Instagram: @psicologakellyleal
https://www.fb.com/psicologakellyleal/

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


PNG - ONLINE IMAGE EDITOR - Copia.png

Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

Depressão: o último estágio da dor humana


Por: Mariana Pavani

A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que 350 milhões de pessoas ao redor do mundo sofram com a depressão. Atualmente esta é a principal causa de problemas de saúde e incapacitação mundial. No Brasil, cerca de 11,2 milhões de pessoas receberam esse diagnóstico em 2014. Além de ser apontada como a principal causa de suicídio.

Afinal, você sabe o que é depressão? Como reconhecer seus sinais? Como é o tratamento? Muitas vezes a pessoa reconhece que há algo errado consigo, porém, crê que ser passageiro, assim como as pessoas a sua volta, sendo comuns conselhos como “vai passar”, “você precisa sair mais de casa” ou “é frescura”.
Depressão é baseada numa forma muito particular e avassaladora de tristeza, assim a pessoa sente a morte em vida. A noção de tempo é que ele está parado, por isso não encontra motivações para continuar sua vida e realizar atividades rotineiras. O sentimento de vazio é intenso, viver parece um enorme sacrifício, muitos sentem uma perda de identidade, além de dificuldades na concentração, faltam prazeres e alegrias em sua forma de encarar a realidade. Nada adiantam campanhas de conscientização como “Setembro Amarelo”, o qual tratou sobre o suicídio, se continuarem estas banalizações sobre a dor psíquica.

O quadro não seria decorrente somente de vivências atuais, mas certamente a pessoa viveu falhas anteriores em suas relações, e no momento do desenvolvimento do quadro, algo ocorreu de modo consciente, ou inconsciente, que desencadeou naquele ser um intenso sentimento de vazio e desamparo, sendo persistente e assim podendo ser chamado de depressão.

É necessário um tratamento médico e psicológico associados. As medicações podem contribuir significativamente para a melhora na parte química da doença. Porém, a psicoterapia é essencial para que o paciente possa lidar com as causas do problema e desmontá-lo, entendendo o porquê seu psiquismo desenvolveu o quadro, podendo gerar elaborações e reflexões sobre si com o auxílio do psicólogo.
Um conselho para amigos e familiares de pessoas que sofrem com a depressão é de acabar com os conselhos e discursos de otimismo, pois isso só aumenta o sentimento de impotência e fracasso. A vida não pode ser banalizada, é importante priorizar os cuidados consigo mesmo e com quem precisa. Busque sempre ajuda profissional.

Imagem capa: Stocksnap.io

Colunista:

Mariana Pavani
CRP 06/136363

Psicóloga psicanalítica clínica.
Formada pela Pontifícia Universidade católica de Campinas
e cursando especialização em psicanálise pelo CEFAS.
Atendimento clínico em Campinas-SP.
Autora do Instagram @psicanalisetododia
Contato:
E-mail: marianapavani@gmail.com
Celular: (19)997538573

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


PNG - ONLINE IMAGE EDITOR - Copia.png

Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

Setembro é amarelo?


Por: Maria Emília Bottini

Setembro é um mês do qual gosto muito, pois a natureza explode em várias cores e vibra. Tenho feito alguns tours pela minha cidade de Erechim-RS e percebo que a explosão está no ar.

Talvez todos nós, de alguma, forma também sigamos estações do ano dentro de nós mesmos. A explosão se dá pois se anuncia a chegada da primavera da vida, mais uma etapa de florir, de aparecer e de se mostrar, sair da toca que o inverno nos impõe através do recolhimento e do frio.

Não seguirei falando da primavera e do amarelo dos ipês que estão a encantar muitas cidades do Brasil. O tema que quero abordar neste texto é delicado, inquietante e assustador: o suicídio, um tema considerado o tabu dos tabus. Não falar não significa que ele não exista. Ao falar, não deve ser glamourizado ou mesmo espetacularizado como preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). Falar ainda é a melhor solução, é dar voz ao sofrimento psíquico.

As pessoas que pensam no suicídio como possibilidade se sentem como no deserto de suas vidas em areias movediças, quanto mais tentam sair, mais afundam. Falar também é uma escolha.

Em setembro estive na Universidade de Passo Fundo (UPF) a convite de uma ex-professora, que admiro de longa data, nos reencontramos no meu retorno ao Sul. O evento tratou do movimento internacional denominado de Setembro Amarelo. O dia 10 de setembro é o dia Mundial de Combate ao Suicídio. A temática na Internet: riscos e sinais do suicídio.com, contemplou a fala de uma psicóloga, um psiquiatra e um filósofo.

Um excelente evento em tempos que a vida esvazia e se empobrece de sentidos pela exacerbação do eu, do individualismo, com isso o suicídio pode aparecer como uma possibilidade possível, hoje visível nas redes sociais onde tudo é exposto, compartilhado em tempo real.

E por que não midiatizar/espetacularizar a morte e ter o máximo de exposição de uma vida sem sentidos?

E nesse sentido foi relatado o caso de uma universitária acriana, de 19 anos, que se suicidou ao vivo no Instagram, ela foi acompanhada por seus quase 300 seguidores ao vivo e em cores que atônitos ou não assistiram o findar de sua vida naquele momento. Alguns tentaram ligar para sua casa, mas não foram atendidos. Postagem foram mostradas, e estava gritando pelo socorro através da rede social, mas era um grito surdo, pois ninguém a ouviu, ninguém entendeu que era real. Talvez pensassem que era algo para chamar a atenção.

No dia em que morreu, postou: “já viram alguém morrer ao vivo?” Uma pergunta que não desejava saber a resposta, pois já tinha construído a resposta com sua própria morte. Podemos supor sua resposta: “Então, vocês verão”.

Os dados referem que quando ocorre um suicídio, outras 10 pessoas são atingidas diretamente. A pessoa que se suicidou tinha amigos, conhecidos, frequentava universidade, tinha pais, irmãos, vizinhos, tinha crenças religiosas, pertencia a um grupo social, etc…

Dias depois do evento, os pais da garota, que eram policiais, cometeram suicídio na sala de casa usando o mesmo método da filha. Talvez a identificação, a culpa de carregar a herança maldita pela forma de morte da filha, os tenha levado ao mesmo ato. Dias se passaram e seu namorado a quem refere nos seus escritos que a teria decepcionado também tentou suicídio, mas se tornou um sobrevivente dele.

Amigos também foram culpabilizados por decepcioná-la. Isso relata a fragilidade emocional para lidar com as adversidades que foram se apresentando seja com o namorado, amigos ou familiares.

O que dizer deste caso? O fato é que as pessoas nos decepcionam ao longo do viver. Quem por vezes acreditamos que nos apoiaria em determinada situação nos retira o ombro. Pais não são perfeitos, muito pelo contrário, são imperfeitos, falhos e às vezes não nos compreendem, pois não habitam nossa pele. Namorados traem, nos agridem com palavras, não nos querem mais e não tem coragem de assumir…

Enfim, a vida não é fácil de ser vivida em muitas situações e se permanecemos sozinhos, se torna desesperadora, porque no meio do caminho tinha, além das pedras referidas por Drummond, a palavra frustração. O questionamento a ser feito é: o que faremos com ela? Há muitas situações que não dão certo e precisamos continuar ou não.

Podemos mudar caminhos? Podemos fazer outras escolhas? Sim, quando estamos bem e com saúde mental, mas quando adoecemos emocionalmente isso se torna muito difícil e por vezes a vida perde a cor, o sentido, e a morte torna-se possibilidade para quem vive a sofrer de uma dor que não é do físico, é da alma. E os que nos cercam nem sempre conseguem ler ou mesmo entender o que se sente por dentro.

O fato é que o suicida não executa sua morte de um dia para o outro, isso requer muito sofrimento acumulado para culminar no ato de desistir da vida. É preciso entender que estamos falando de doença mental.

Suicídio é um problema de saúde pública, pois todos os dias, 32 brasileiros tiram a própria vida. Mais de 20 mil pessoas cometem suicídio ao redor do planeta diariamente. Quase um milhão de pessoas se matam por ano, uma a cada 40 segundos – são mais vítimas que todas as guerras, homicídios e conflitos civis somados. E, para cada morte por suicídio, existem outras 10 ou 20 pessoas que já tentaram fazer o mesmo.

O Brasil é um país com índices baixos de suicídio se comparado com outros países (6 casos por 100 mil habitantes, contra 12 da média mundial), configurando o 8º lugar no mundo.

Enquanto os índices têm caído na maioria dos países, as taxas brasileiras se elevam. Entre 2002 e 2012, o número de casos subiu 34%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, o aumento chegou a 40%, de acordo com o último levantamento do Mapa da Violência de 2016. Segundo OMS (2006), o suicídio mata mais que homicídios, desastres e HIV em todo o mundo. Entre os jovens, é a segunda causa de morte, a primeira é o acidente automobilístico.

Os dados são muitos para informar que precisamos de mais escuta atenta e acolhedora, mas para isso precisamos deixar de lado a psicofobia, ou seja, o preconceito ao falar das doenças mentais. Elas existem e precisamos falar delas, pois em 90% dos casos de suicídio uma doença mental está associada.

Para a garota do Acre não existirão outras primaveras. Setembro não foi amarelo para ela, pois perdeu a capacidade de ver as cores, sentido na existência, não percebendo mais possibilidades diante dos sofrimentos que acreditava estar enfrentando. Não conseguiu encontrar-se na areia que se movia cada vez mais rápida sob seus pés, colocando um ponto final a sua existência na frente de uma grande plateia que a seguia. Saiu da vida como uma atriz de teatro sai de cena, só que dessa vez as cortinas não se fecharam, ficaram faltando os aplausos que desejava receber em vida, mas tão pouco chegaram com sua morte, o silêncio imperou.

Outros estão vivendo o mesmo drama e a se perguntar se setembro é amarelo. A estes indico que escolham a quem depositar suas dores, mas esses não poderão ser surdos, senão os resultados serão os mesmos.

Imagem capa: stocksnap.io

Colunista:

Maria Emília Bottini
CRP nº: 07/08544

Formada pela Universidade de Passo Fundo (RS);
Mestre em Educação pela Universidade de Passo Fundo (UPF);
Doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB);
Autora do livro “No cinema e na vida: a difícil arte de aprender a morrer”;
Assina a coluna “Trocando Ideias” do blog da Clínica Ser Saúde Mental de Brasília.
Contatos:
emilia.bottini@gmail.com.
Página do livro:
Facebook.com/Nocinemaenavidaadificilartedeaprenderamorrer
Clínica Ser Saúde Mental – Coluna Trocando Ideias:
http://sersaudemental.com.br/blog/

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


PNG - ONLINE IMAGE EDITOR - Copia.png

Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

Distimia: mau humor ou depressão?


Por: Psicóloga Ane Caroline Janiro

A Distimia é um tipo de DepressãoFrequentemente os Distímicos são confundidos com pessoas pessimistas, “emburradas”, negativas. É comum considerarmos que essa é a sua personalidade e as rotularmos como mau humoradas.

É claro que, algumas pessoas realmente aprendem a formar uma visão mais pessimista do mundo, dos outros e até sobre si mesmas, mas quando isso se torna um problema? Quando a própria vida e a dos outros ao redor começa a ser prejudicada, os relacionamentos são afetados, não há motivação para a realização de tarefas e planos… a vida simplesmente fica estagnada em meio a reclamações e negativismo. A pessoa sente como se houvesse um “buraco” dentro de si que não consegue preencher com nada e esse grande vazio toma conta de tudo à sua volta. É comum que os pacientes não consigam manter relacionamentos, faltem muito ao trabalho. Agem como se estivessem apenas fazendo o mínimo esforço para sobreviver em suas atividades.

No Brasil, existem 5 a 11 milhões de pessoas que sofrem de Distimia. Ela é diferente da Depressão porque seus sintomas são menos acentuados, o que dificulta o diagnóstico, já que é difícil que a pessoa e os outros ao redor a percebam como deprimida. O problema é que esperar muito tempo para pedir ajuda pode fazer com que os sintomas evoluam, com que a pessoa desenvolva comorbidades (transtornos associados), além, é claro do grande prejuízo social e pessoal. Se você conhece alguém que apresenta essas características, ou se você se sente dessa forma, é importante conversar com um profissional, um psicólogo ou psiquiatra. É possível ver o mundo de outra forma, se sentir bem consigo mesmo e com a vida!

Imagem capa: Pinterest

12009753_1145254608837345_2914420128489159683_n


Sobre a autora:

Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, Fundadora e Administradora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556

 


*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


PNG - ONLINE IMAGE EDITOR - Copia.png

Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).

Por que é tão difícil lidar com os sintomas da depressão?


Por: Psicóloga Ane Caroline Janiro

Especialmente para aqueles que convivem com alguém deprimido e, às vezes, até para a própria pessoa é difícil compreender e lidar com os sintomas da depressão. Isso acontece porque, em geral, esses sintomas não estão sob controle consciente da pessoa. São manifestações sobre como ela aprendeu a enxergar a si mesma, os outros, o mundo e o futuro, formando ideias rígidas sobre esses aspectos. Ainda na infância vamos formando essas ideias e elas são cada vez mais reforçadas pela forma como vemos as situações e por pensamentos que podem distorcer a realidade e confirmar a maneira como interpretamos tudo.

A resistência em aceitar a depressão e buscar ajuda é uma das características do transtorno, pois a pessoa normalmente tem dificuldades em entender que as suas ideias sobre o mundo ou ela mesma não são tão reais, buscando automaticamente através de seus pensamentos confirmar (não de forma intencional) a maneira como se sente diante das situações (por exemplo: “não faço nada direito mesmo”, “não sou bom o bastante”, “as pessoas só querem me prejudicar”, “não sou capaz”. Elas tendem a desconsiderar evidências contrárias a essas crenças e a fortalecer os indícios equivocados sobre elas de forma involuntária.

O padrão de pensamento de pessoas depressivas é diferente das outras pessoas, esses padrões são mais rígidos e refletem a forma negativa como elas aprenderam a ver o mundo.

Sentir-se triste é diferente de ter depressão. A tristeza é um sentimento comum a todas as pessoas diante de determinadas situações e é esperado que ela aconteça. Por ser passageira e isolada, é mais fácil lidar com ela. A depressão é um conjunto de sintomas que envolvem a tristeza de modo prolongado – a pessoa se sente triste por semanas, meses ou até anos – atrapalham a rotina, apresentam perda do prazer em atividades que antes eram interessantes, além de outros sintomas físicos associados, como dores de cabeça ou no estômago, alterações de apetite e de sono, por exemplo.

É importante também a alteração química que ocorre no cérebro da pessoa deprimida, já que alguns hormônios liberados diante de certas situações estressoras podem influenciar no funcionamento dos neurônios e é por isso que na maioria dos casos de transtornos depressivos mais acentuados, é necessário o tratamento medicamentoso associado à psicoterapia para que então se possa aprender a lidar com os sintomas.

A incompreensão social prejudica muito a forma como a pessoa lida com a depressão, pois pode causar vergonha, culpa e maior isolamento e desesperança em relação à própria vida e ao futuro, podendo desencadear ainda ideações suicida nos casos mais graves.

Como a pessoa pode aprender a lidar com os sintomas?

Isso depende muito da iniciativa de buscar a ajuda profissional, esse passo é muito importante para o início da melhora. Uma das estratégias adotadas para ajudar as pessoas com depressão a lidarem com os seus sintomas é a de identificar os pensamentos que surgem diante das situações que causam sofrimento ou tristeza. Ao identificar esses pensamentos, é preciso pensar acerca de qual crença a respeito de nós mesmos, do mundo ou do futuro eles estão ligados e a partir daí avaliar racionalmente se eles são verdadeiros. Por exemplo: “Será que não faço nada direito mesmo? Já fui elogiado em tal situação por ter feito bem aquilo…”

É válido lembrar que existem inúmeras técnicas eficazes no tratamento da depressão e vencer a resistência em buscar atendimento psicológico é a decisão mais importante.

Imagem capa: Link

12009753_1145254608837345_2914420128489159683_n


Sobre a autora:

Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, Fundadora e Administradora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556

 


*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


Gostou deste conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!
Cadastre-se também na opção “Seguir Psicologia Acessível”e receba os posts em seu e-mail!


PNG - ONLINE IMAGE EDITOR - Copia.png

Sobre o Psicologia Acessível (saiba mais aqui).