Dica de Filme: O mínimo para viver


Por: Ane Caroline Janiro

Decidi falar por aqui sobre o filme “O mínimo para viver”, já que recebi muitas mensagens falando dele pelas redes sociais. Acho bacana trazermos o tema para reflexão.

Para quem ainda não assistiu, o filme fala sobre Ellen (Lilly Collins), de 20 anos de idade e que sofre com a Anorexia. E a trama tem dividido algumas opiniões… por um lado, muitas pessoas se envolveram bastante com a história e conseguiram refletir tanto sobre a Anorexia quanto outros transtornos alimentares. Mas por outro lado, muitos afirmam que o filme acabou romantizando em alguns momentos o transtorno e pecando em aspectos como a forma de tratamento alternativa conduzida no caso de Ellen ou a maneira como retratou a doença na própria personagem, já que ela, mesmo com a doença mais agravada, conseguia conduzir sua vida normalmente – o que é questionado por especialistas que assistiram ao filme e ressaltam que nesses casos, dificilmente a pessoa consegue levar uma vida normal, por conta dos próprios sintomas do transtorno e a falta de energia que ele provoca.

Ainda assim, muitas pessoas que assistiram gostaram bastante e acreditam que o filme traz alguns alertas para que pessoas próximas tenham mais atenção aos sinais do desenvolvimento de um transtorno alimentar.

E você, se já assistiu, o que achou? Deixe a sua opinião pra gente conversar sobre o tema!

Para quem ainda não viu, tem no Netflix e também vou deixar o link do trailer aqui:

 

Imagem capa: reprodução do filme “O mínimo para viver”

 

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Sobre a autora:
Ane Caroline Janiro
Psicóloga clínica, Fundadora e Administradora do Psicologia Acessível.
É casada, mamãe do Lucas, escreve sobre Psicologia, Maternidade, Família…
Instagram: @carolinejaniro

 


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Sobrepeso e a dor silenciada


Por: Mariana Pavani

Pessoas que sofrem com a obesidade costumam sofrer com intenso mal estar, seja por um corpo pesado, doenças decorrentes do sobrepeso, olhares de apontamento e julgamento, entre outras vivências de dor constante. O mercado capitalista atual acaba lucrando com tamanhas insatisfações, assim são vendidos ideais de completude e “fórmulas mágicas” que acabam por gerar uma intensa frustração nos consumidores, afinal se é tão simples emagrecer, por que não conseguem? Será que uma vida perfeita seria alcançada quando um corpo perfeito for obtido?

Diante da insatisfação, do sentimento de incompletude e da distância do alcance dos
ideais impostos pela sociedade, seria uma saída aceitar o mal-estar e repetir comportamentos que acabam por reforçar o problema? Viver num piloto automático, com eterno sentimento de desistência de si?

Não só o corpo então é alimentado pela comida, mas os vazios, inseguranças, sentimento de rejeição de si mesmo. Há uma dificuldade em digerir os alimentos, sentir o gosto, experienciar as sensações de cada mordida, o que se repete na vida cotidiana. Talvez seja difícil assumir quem se é, as responsabilidades, desejos e lutar por eles. Há uma anulação completa de si, então vivem sob os moldes de alguém que agrada os outros, mas se cala, engole sapos. Moldes tão intensos que talvez a forma corporal se veja sem um contorno, muito escondida nas camadas de gordura.

O comer compulsivo provoca culpa, asco, “ressaca moral”, auto crítica, tudo o que a pessoa já sentia sobre si, mas que o ato de comer desenfreadamente torna concreto. Com base em Freud se pode buscar uma compreensão sobre o sentido dos atos impulsivos do comer e da voracidade na ação, remetendo a compulsão a uma falha do ego na repressão de um impulso instintual indesejável. O impulso instintual encontrou um substituto, no caso, a comida. Os sintomas criados pelo sujeito, como o sobrepeso e insatisfações corporais, mantém de alguma forma a sustentação do falso self, por isso são comuns casos em que pacientes se submetem a cirurgia bariátrica e se tornam agressivos e com uma personalidade mais explosiva. Talvez essa era uma questão muito maquiada neste ser e escondida nas camadas de gordura que o protegiam.

Pacientes obesos conhecem uma série de dietas e técnicas para emagrecer, mas apresentam uma grande dificuldade em aceitar as mudanças e abrir mão do gozo constante em comer, e reduzir a frequência deste gozo na ingestão de alimentos hipercalóricos. Lidar com regras talvez não seja fácil, pensando a questão de ordem e lei pode se pensar sobre uma figura paterna ausente na vida desses pacientes.
Há certamente um ganho secundário para a manutenção do quadro da obesidade, como fuga de possíveis situações como uma vida sexual ativa, maternidade, entre outras formas de se manter “no casulo seguro” dos quilos a mais e evitar o confronto com o desprazer.
Muitos pacientes desenvolvem o ganho de peso ao longo da vida, até chegar a um quadro de obesidade, o que evidencia uma vida marcada por conflitos não resolvidos, dificuldades em pensar e lidar com as cobranças da vida. Vão então se adaptando à dor, ao silêncio e cada vez mais reclusos em si, evitando conflitos.

Parece haver um vazio de subjetividade por trás do diagnóstico da obesidade, assim o paciente se torna um alguém tão genético com suas marcas da sexualidade apagadas pelos excessos corporais. Falta um colorido desejante, ao mesmo tempo em que impera intensa agressividade contra si mesmo.
Quando falamos em realização pelo caminho mais curto, tentativas de emagrecer com bases cirúrgicas os medicamentosas, podemos pensar sobre certo alívio destrutivo, afinal o modo de gozar daquele sujeito se encontra obstruído.

“Emagrecer” vai muito além de vaidade e estética, há que se entender o que se passa naquele corpo, como se cuida dele, quanto se alimentar é importante e o quanto nutre a sua vida, seja de nutrientes ou afetos.

Imagem capa: Pexels

Colunista:

Mariana Pavani
CRP 06/136363

Psicóloga psicanalítica clínica.
Formada pela Pontifícia Universidade católica de Campinas 
e cursando especialização em psicanálise pelo CEFAS.
Atendimento clínico em Campinas-SP.
Autora do Instagram @psicanalisetododia
Contato:
E-mail: marianapavani@gmail.com
Celular: (19)997538573

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Imagem de um corpo atemporal


Por: Mariana Pavani

Pensar em uma imagem do corpo se relaciona ao modo como o sujeito se vê, e como acredita ser visto pelos outros. Por isso, tudo que é dito pelo outro sobre o corpo deste, pode ter um peso demasiado e doer excessivamente. Alguns olhares ou palavras alheias vão se projetando e compondo uma imagem, como em uma tela quase em branco, já que inicialmente se inaugura a percepção da imagem corporal a partir do olhar e relação mãe/bebê.

“A abordagem psicanalítica não permite falar do corpo como de um objeto, muito menos um objeto científico, cujas características e reações podem ser analisadas e classificadas conforme o método científico de observação e experimentação” (NACHT, 2000)
Segundo Dolto (1984) todo ser humano teria uma imagem inconsciente do próprio corpo, a qual seria baseada em vivências de imagens da relação mãe-bebê e possibilidade desta em exercer a função de devoção para com esse bebê. Contudo, mesmo antes do nascimento, já havia um corpo para esse bebê, uma imagem inconsciente formada.
A autora também aponta que a imagem inconsciente do corpo é relacional, ou seja, se constitui a partir do contato da criança com um outro. A imagem inconsciente do corpo nos bebês se constitui na relação deste com a mãe, assim de início ele se percebia como um ser desintegração, que aos poucos, a partir do cuidado pode perceber que a mãe era um ser exterior a ele. Na clinica psicanalítica são observados casos clínicos com distúrbios graves na percepção corporal.

A fragilidade da constituição de sua imagem do corpo faz com que constantemente as pessoas sintam-se invadidas pelo outro, o que pode nos remeter a anorexia por exemplo, a qual o paciente se nega a comer, sentindo a comida como uma invasão. Pode ter havido problemáticas na relação mãe/bebê/alimentação, ou seja, aquela mãe que privou o bebê da alimentação ou interpretou cada choro dele como fome o que o fez sentir-se invadido pelo leite. A partir da adolescência o corpo vai ganhando novas formas relacionadas à puberdade, então aquele ser, até então criança, vive uma confusão intensa e a dificuldade em assimilar que seu corpo agora é adulto.

A maioria dos transtornos alimentares como anorexia e bulimia se iniciam nessa fase, pois há uma maior pressão social para se encaixar em padrões de beleza, além de tentativas de destaque no grupo social. A anorexia talvez possa remeter a uma negação da feminilidade, já que se emagrece até perder todas as características como seio e quadris.
Dificuldades em vivências afetivas iniciais também são fatores importantes a se pensar quando se trata de transtorno alimentar. Em todos os casos a imagem do corpo se mostra distorcida e com grande influência do outro, principalmente da mãe. Há a formação de uma imagem ideal a qual se tenta atingir a qualquer custo, deixando em detrimento a imagem real.

O corpo que está ali é apenas um corpo em que não se sabe quais marcas carrega, contudo é atemporal. Vivências primitivas de sofrimento ali ficaram registradas, já que o bebê não tinha outro modo de expressar. Não é possível generalizar nenhum tipo de problemática psíquica, mas é bastante importante que um profissional qualificado entenda os segredos e bastidores que há por trás de cada corpo que ali chega como paciente, pois certamente ele está marcado por muitas dores e angústias.

Referências:

Nacht, Marc. 2000.Corps du désir.In: Le corps a ses raisons. Atas do colóquio. Ed. Association Psychanalyse et Médecine. Paris, 2000.
Dolto, F. (1984/1992). A imagem inconsciente do corpo. São Paulo: Perspectiva.

Imagem capa: Pexels

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Mariana Pavani
CRP 06/136363

Psicóloga psicanalítica clínica.
Formada pela Pontifícia Universidade católica de Campinas 
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Fome Emocional: como lidar?


Por: Juliana Lima Faustino 

Você tem o hábito de recorrer à comida para aliviar o estresse e a ansiedade ou até mesmo como uma forma de se recompensar por ter feito algo? Muitas pessoas possuem essa relação emocional com a comida e não conseguem ter o controle da quantidade e do tipo de alimento que comem. Geralmente essas pessoas sentem-se confusas e impotentes pois embora tentem a todo custo adquirir hábitos alimentares mais saudáveis sempre acabam cedendo ao desejo incontrolável de comer além da conta.

Comportamentos disfuncionais como comer de forma emocional são, em sua grande maioria, conseqüência de conflitos emocionais não resolvidos. Quando não sabemos como lidar com nossas angústias emocionais tendemos a compensar, de alguma forma, o desconforto que sentimos. Os excessos que cometemos na vida sempre indicam que estamos querendo amenizar alguma dor e preencher algum vazio, cabe a cada um de nós aprendermos a olhar para o nosso interior e encarar as nossas feridas.

Dessa forma, comer de forma mais consciente requer mais que aderir a dietas da moda, é preciso aprender a gerenciar as emoções. Embora os altos e baixos façam parte da vida, muitos são intolerantes aos momentos de dificuldades e facilmente se deixam abater, não sabem como trabalhar dentro de si as emoções negativas, se desesperam e se perdem tentando eliminar o sofrimento.

Quando a comida é objeto de desejo incontrolável para alguém, ela torna-se uma válvula de escape, ocupando um lugar central na vida dessa pessoa. O fato é a comida provoca um prazer apenas momentâneo não sendo capaz de agir nos problemas que estão gerando a fome emocional.

Para que as emoções não dominem a relação que temos com a comida, temos que aprender como podemos agir de forma mais consciente. Identificar os gatilhos que levam a comer de forma descontrolada ajuda a evitar os excessos na hora de comer. Sentimentos como estresse, ansiedade, frustração e tédio podem ativar o impulso de comer. Identifique que situações levam você a comer fora de controle e quando elas ocorrerem e pergunte a si mesmo: “eu estou realmente com fome?”, a partir daí preste atenção aos seus pensamentos e emoções para que você descubra que tem a escolha de como agir.

A fome emocional possui algumas características diferentes da fome física. A fome emocional é como um desejo que surge do nada e não aos poucos como a fome física. Além disso, ela é direcionada para alimentos específicos, geralmente doces e massas, o que não acontece quando estamos com fome física a qual nos leva a comer todo tipo de alimento. Outra característica da fome emocional é que ela não acaba mesmo depois de termos comido o suficiente, isso porque se trata de uma fome que tem origem não no estômago, mas na mente, diferentes tipos de sabores de doces e massas ficam preenchendo os pensamentos. Também a fome emocional geralmente leva à culpa, depois de comer em excesso a pessoa toma a consciência de que poderia ter evitado.

Compreender como lidar com a fome emocional é, sem dúvida, um importante passo em direção à mudança de um padrão alimentar disfuncional. Mais importante ainda é buscar conhecer o que está por trás dos excessos que cometemos na vida. O que está faltando na sua vida para que a comida ocupe um lugar tão grande? Onde mais você poderia encontrar o prazer de viver? Que aspecto da sua vida precisa da sua atenção?

Imagem capa: Pinterest

Colunista:

Juliana Lima Faustino
CRP 05/43780

Psicóloga (PUC-Rio) / Terapeuta Cognitivo-comportamental (Cepaf-RJ) 
Blog: www.psijulianafaustino.wordpress.com
Facebook: facebook.com/julianafaustinopsicologa
Instagram: @cuidando_das_emocoes

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Ser feliz está acima de qualquer padrão


Por: Cris da Rocha

Estava outro dia pensando no quanto é colocado em nossa cabeça que a magreza é uma forma de existir e que sem ela não seremos aceitos. Isto é tão pregado pelas redes sociais, pela televisão, pelos jornais e revistas de beleza, que ficamos condicionados a acreditar que não ser magro é também receber menos amor, não ser aceito e que este padrão é o que se tem para encontrar a felicidade plena.

Começa então uma grande corrida pela vontade de emagrecer. Dietas mirabolantes, caminhadas, esteiras, zumba, jump, body combat, “não come isso, não posso aquilo”. E se gasta muita energia pra conseguir a fórmula mágica para deixar de ser gordo, para ser magro.

Então se passa a acreditar que a felicidade chegará quando a magreza fizer parte do corpo. Seremos aceitos. Amados. Olharão-nos como alguém que está atendendo ao padrão imposto pela sociedade. Alguém de fato bonito. Mas a coisa não para por aí, pois quem tem a tendência em engordar e enfim perde peso, precisa viver pra isso. Dietas, disciplinas, atividades físicas, tudo isso para o resto da vida. É guerra contra a balança.

O que me chama atenção é que se a pessoa engordou porque quando fica ansiosa come muito, ou por problemas endócrinos, ou come pela gama de problemas que carrega no seu dia a dia e vê na comida um escape por tudo isso, ela poderá apresentar um pouco mais de ansiedade pelo fato de precisar de tempo e disposição para viver uma vida bastante regrada e disciplinada. Com isso a ansiedade aumenta e cria-se um ciclo de “como pois estou ansiosa e engordo porque comi descompensadamente.”

Quem descobre que comer é uma forma de obter prazer, recorre a este recurso nas horas de aflição ou quando quer se sentir bem e aproveita porque gosta dessa relação com a comida.
Fico pensando em primeiro lugar que ninguém precisa se torturar pelo fato de não atender aos padrões impostos. E digo impostos porque eles são. Segundo, porque o ser humano precisa de certa disciplina para se organizar e isso não é só em relação à comida. É importante ser organizado para se sentir seguro. Agora, ficar obcecado para alcançar determinada meta não é e nunca será saudável. É importante coerência para viver bem e usufruir de alegrias na vida.
Seria importante partir do princípio que controlar doenças existentes é muito importante. E sentir-se bem é outro fator desencadeador de satisfação consigo próprio.
Ser gordo não é uma vergonha. Então, encontre-se! Seja feliz do jeito que você é.
Não atenda a padrão imposto, rebele-se! Só faça aquilo que você entenda ser bom pra sua vida. Ame-se!
Seu peso não define quem você é.

Tenho observado os consultórios de médicos que fazem cirurgia bariátrica lotados e tenho tido contato com pessoas que estão engordando para poder ter o IMC (Índice de Massa Corporal) aceito para fazer a cirurgia. Como tenho visto gordos sem morbidades e apenas com IMC elevado, sendo operados. Cirurgia bariátrica é uma das cirurgias mais realizadas no Brasil nos últimos tempos. Não sou contra a realização, mas vejo pessoas ficando magras demais, obsessivas com seus corpos magros, e vários que passam algum tempo magras e depois engordam novamente. Tenho visto pessoas trocando sua ansiedade de comer, por drogas lícitas e arrumando outro tipo de problema: o álcool em demasia.
A questão é: ou você caminha para o lugar do equilíbrio e vai ser feliz cuidando da saúde mental, da ansiedade, das questões que permeiam a sua vida ou vira escravo de hábitos rígidos que podem atribuir a você um status adoecido.

Cuide da sua saúde e seja um gordo feliz e saudável. Ou vai ficar num entra e sai, num engorda e emagrece, desequilibrando seu metabolismo e trazendo outras doenças para o corpo?
É preciso ser quem você é sem prejudicar você mesmo. Não ficar escravo de uma sociedade que tenta a todo custo fazer o ser humano refém dos seus objetivos que são: comprar, gastar e viver para usufruir de coisas materiais o tempo todo e atendendo sempre aquilo que lhe é cobrado: um corpo perfeito e ter coisas. Não é isso que faz o homem feliz.
Então, você é gordo realmente ou se sente gordo ou acima do peso, por exemplo? Vamos lá! O que você pode fazer por você si mesmo se está incomodado por se sentir como citei acima?

O que te faz sorrir?
O que te faz triste? Comece pensando na sua felicidade e não no seu peso. É difícil pensar nisso tudo sozinho?
Procure um psicólogo, ele poderá lhe ajudar nas demandas da sua vida. Mas o trabalho maior será seu. Ele ajudará você a repensar suas crenças, em coisas que não lhe deixam sossegado. Poderá te ouvir sem te julgar e você terá um espaço somente para você pensar, conversar e encontrar caminhos para uma vida com menos cobranças e mais liberdade.
Se você entende que consegue refletir sozinho, então mãos à obra. Comece agora. E pense que tudo que você pensa pode ser modificado apenas pela forma como você age diante das cobranças que lhe fazem. Seja positivo. Assertivo. Veja que você é muito mais importante que seu peso. Seu peso é um detalhe, sua felicidade é o que “pesa” na hora de você fazer qualquer coisa boa por você.

Ser magro pode até ser bom, mas não é tudo que a vida tem pra lhe mostrar de maravilhoso.

Imagem capa: Pinterest

Colunista:

Ana Cristina Vieira de Souza
(Cris da Rocha)

São Gonçalo – RJ
Professora d0 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental;
Formada desde 2007 em Pedagogia;
Especialização em Educação: Orientação Educacional, Supervisão e Administração Escolar, 2008;
Já atuou como Orientadora Educacional na rede pública de Ensino do Município de Itaboraí do 1º ao 9º ano;
Trabalha com crianças e adolescentes no Projeto Sala de Leitura, onde atua como professora de Literatura, estimulando crianças e adolescentes ao desejo e hábito de ler.
Atualmente é estudante do curso de Psicologia nas Faculdades Integradas – FAMATH, em Niterói.
Contato: prof-anacris@hotmail.com

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A comida não alimenta somente o nosso físico, mas alimenta também a nossa alma


Por: Daniela Knapp

Parece simples: “Siga sua dieta, faça exercícios físicos e terá ótimos resultados”.  Mas se emagrecer fosse somente uma questão de prática de exercícios físicos e disciplina na alimentação, seria muito fácil.

O fato de simplesmente não conseguir emagrecer não é somente algo externo, nem tão somente uma briga com a balança, mas é algo muito mais profundo. Não conseguir perder peso pode ser um sintoma de que algo não está muito bem internamente.

A verdade é que a comida não alimenta somente o nosso físico, mas alimenta também a nossa alma. O prazer de comer o alimento compensa o desconforto da realidade e preenche o vazio interior.

Sim, preenchemos o vazio dentro de nós com a comida! É fácil de entender como isso funciona: Pense na cena de um lindo bebezinho mamando no peito da mãe… Na verdade, ele não está recebendo somente leite, mas está recebendo também o carinho e o afeto da mãe. Dessa maneira, o que acontece é que formamos um registro de memória em que o ato de nos alimentarmos fica ligado diretamente ao conforto, segurança e afeto.

No nosso dia a dia usamos a comida como demonstração de carinho: Damos chocolates para expressar nossa gratidão, demonstramos afeto quando fazemos aquele jantarzinho especial para quem amamos, nos reunimos em família para almoçar na casa mãe, saímos com as amigas para ir naquele restaurante maravilhoso e comemos um docinho por que merecemos, como um prêmio e recompensa pela situação boa ou ruim que estamos vivendo.

E quem nunca disse: ” Vou comer porque eu mereço!” atire a primeira pedra…

Vamos combinar? O mecanismo de compensação é cruel: Se não estou conseguindo preencher aquilo que realmente me falta, acho um substituto que me ajude a preencher: a comida.

E quando já se tentou de tudo: remédios, SPA, inúmeras dietas, vários exercícios e nada deu resultado, chega então a frustração e…

“Já que não consigo emagrecer mesmo, dane-se, vou comer mais um pouco”.

Você consegue perceber como é uma bola de neve sem fim? E você sabe porque isso acontece? Porque você está tentando resolver através de meios externos aquilo que é interno.

Existem várias causas emocionais que podem estar te impedindo de emagrecer: Entender a comida como compensação, padrões familiares, fuga afetiva sexual, rivalidade com os pais, compulsão, entre vários outros.

Procurar entender porque sua busca por conforto está na comida é o primeiro passo para diagnosticar o problema. Será que sua maior dificuldade em eliminar peso são questões emocionais? Analise sem medo a sua vida, reflita e encontre suas respostas e se nada der certo, procure a ajuda de um profissional que possa escutar suas angústias, medos e insatisfações. É preciso entender que para conseguir emagrecer, você precisa estar bem emocionalmente.

A pergunta que eu quero deixar para você é: O que a comida significa para você?

Imagem: Pinterest

Colunista:

Daniela Knapp
CRP 08/16950

Psicóloga Clínica e Coach de Mulheres
Formada pela Universidade Federal do Paraná
Atende em Curitiba – PR
Contato:
Site: www.realmentemulher.com.br
Facebook.com/realmentemulher
E-mail: psicologadanielaknapp@gmail.com

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Técnica psicológica para o contexto da cirurgia gastrointestinal


Por: Renan Gomes Lara

O psicólogo em sua atuação clínica atende a diversas demandas que chegam ao seu consultório, pois é de grande importância esse profissional estar pautado a exercer com ética e zelo seu atendimento. Ter domínio das técnicas a serem utilizadas para a cirurgia gastrointestinal a fim de avaliar o paciente com olhar holístico, sendo capaz a construir em conjunto esse processo dinâmico paciente-terapeuta.

Para nossa compreensão procuramos entender o conceito da obesidade como sendo um distúrbio de origem multifatorial complexa que congrega inúmeros aspectos de ordem como: psicológica, social, biológica e requer abordagem dinâmica para compreensão, diagnóstico e tratamento adequados.

Dessa forma Machado (2007) afirma que a técnica assim como o teste psicológico em si são muito importantes para que o profissional possua uma observação apurada do avaliando nos seguintes aspectos: condições físicas (medicações, estado de cansaço, problemas visuais e auditivos, alimentação, entre outros) e condições psicológicas (problemas situacionais, alterações comportamentais), procurando identificar possíveis situações que possam influenciar futuramente na qualidade do desempenho da cirurgia.

Sendo assim, é considerada como um dos fatores de risco a compulsão alimentar e o aspecto emocional do indivíduo, pois poderá contribuir para desencadear o ato de comer demasiadamente após o procedimento cirúrgico, trazendo problemas para a vida do paciente.

Muito divulgada na mídia, a cirurgia gastrointestinal ou “bariátrica” é grande aliada na importância da redução de peso e melhora das inúmeras comorbidades de pacientes obesos, mas existe a preocupação, e que em muitos casos não é discutida, das alterações do comportamento alimentar que podem vir a trazer complicações no pós-operatório e comprometer o resultado da operação.

A realização desse procedimento invasivo requer amplo campo de investigação por parte do psicólogo, utilizando de técnicas adequadas para identificar possíveis pensamentos distorcidos que poderão surgir após a realização do procedimento cirúrgico, explicar toda a nova adaptação a qual será submetido o paciente e à educação alimentar que será seguida rigorosamente, pois somente com um estudo detalhado do comportamento passado do paciente poderemos compreender o correlator de comportamento futuro.

Referências:

MACHADO, Adriane Picchetto. Manual de Avaliação Psicológica / Adriane Pichetto Machado, Valéria Cristina Morona. – Curitiba: Unificado, 2007.

MACHADO, C. E; ZILBERSTEIN, B; CECCONELLO, I; MONTEIRO, M. Compulsão alimentar antes e após a cirurgia bariátrica. ABCD Arq Bras Cir Dig 2008, 21 (4): 185 – 91. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abcd/v21n4/v21n4a07.pdf  Acesso em: 09 de Dezembro de 2016.

Imagem: Pinterest

Renan Gomes Lara

Estagiário de Psicologia na Prefeitura de Campo Grande – MS
Atua na promoção da saúde com escuta qualificada, acolhimento e presta informações aos usuário do Sistema Único de Saúde – SUS na Unidade de pronto atendimento – UPA.
Estudante de Psicologia na Faculdade Unigran Capital em Campo Grande – MS
Atuou na Caravana da Saúde na cidade de Campo Grande
Participa do Projeto Posso Ajudar
Contatos:
Whatsapp: (67) 99269-9508
E-mail: reenamportales@gmail.com

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O transtorno é alimentar?


Por: Amanda Santos de Oliveira

Todos já nos deparamos com esta temática que tem cada vez mais tomado conta da mídia. Muitos conhecem as formas em que tais transtornos podem aparecer, mas nem sempre são discutidas as principais situações de vulnerabilidade que podem acarretar em seu surgimento. Sabe-se hoje, que mulheres são mais propensas a sofrer com tais transtornos, mas será que nos implicamos com a cultura de imagem que nos cerca? Mais do que lutar contra os sintomas é necessário entender o contexto social e psicológico que está envolvido em tal surgimento.

O que são transtornos alimentares?

Para Borges et. al (2006)[1], os transtornos alimentares se caracterizam como doenças psiquiátricas e se constituem em graves alterações do comportamento alimentar. Ainda, tais transtornos afetam majoritariamente, adolescentes e jovens do sexo feminino. Segundo os autores, os principais transtornos são a anorexia e a bulimia nervosas. Tais doenças apresentam alguns sintomas em comum, sendo eles, a presença de uma preocupação excessiva com o peso, o aparecimento de uma distorção da imagem corporal e um medo patológico sobre o ganho de peso.

Segundo os autores, esses transtornos apresentam um quadro clínico muito característico. No caso da anorexia nervosa, seu início se dá frequentemente a partir de uma dieta com restrição de grupos alimentares, excluindo-se aqueles que o paciente julga como mais calóricos. A restrição alimentar aumenta progressivamente, podendo evoluir até mesmo para o jejum. Um fator interessante é que, segundo apresentam os autores, os pacientes relatam que o início do quadro se deu após um fator estressante como comentários sobre seu peso ou o término de um relacionamento, por exemplo. Dessa forma, aos poucos, o paciente passa a viver em função da dieta, do peso, de atividades físicas e de sua forma corporal.

no caso da bulimia nervosa, assim como discutem Borges et. al (2006), geralmente o paciente começa com uma vontade incontrolável de comer que pode fazer com que ele coma tudo que encontrar na geladeira. Depois deste momento, surge a culpa e até mesmo um mal estar físico relacionado à ingestão exagerada de alimentos. Daí nasce à ideia de induzir o vômito para não engordar. Segundo os autores, após o vômito, geralmente ocorre uma sensação de estar fazendo algo fora do normal, acarretando em ansiedade, culpa, baixa autoestima, etc. Tais sentimentos podem fazer com que haja um retorno à dieta de forma intensa, aumentando a restrição alimentar e facilitando os episódios bulímicos.

Além dos óbvios prejuízos para a saúde que uma dieta restritiva pode trazer, as consequências psicológicas dos transtornos alimentares também merecem atenção. Segundo Borges et. al (2006), a anorexia e a bulimia nervosas se caracterizam por uma obsessão pela perfeição do corpo. Portanto, entre as consequências para a saúde mental, podem ser citadas, a introversão, sexualidade inativa, existência de doenças afetivas, transtornos ansiosos, impulsividade, dentre outros.

Sociedade Gordófica

Mas, o que leva alguém a desenvolver um medo patológico ao ganho de peso? Infelizmente, atualmente nossa cultura coloca na aparência, milhares de significados que não são naturais. Segundo Fort, Skura e Brisolara (2016)[2],  o panorama sociocultural ocidental tem sido fortemente identificado como valorizador da magreza e da juventude, o que, como consequência, gera uma pressão para o emagrecimento e rejuvenescimento e uma exagerada preocupação com o corpo. O medo em engordar e a busca pela perfeição estão diretamente relacionados aos papéis socais de sucesso pessoal e profissional. Portanto, para os autores, a ênfase da sociedade contemporânea para o ideal de beleza centrado no corpo magro e jovem, fornece um ambiente que justifica a perda de peso e rejuvenescimento a qualquer custo.

Por isso, no mercado da beleza encontramos de tudo. Dietas da moda, extremamente restritivas e não saudáveis, um mercado de cirurgias estéticas ou procedimentos invasivos, milhares de modalidades de exercícios físicos que prometem perda rápida de peso. Cuidar de si não é o problema, mas a motivação que se tem deve ser investigada. O corpo perfeito é possível?

Enquanto isso, a imagem de “beleza ideal” continua a estampar as capas de revistas e os programas de televisão e querem nos incentivar a buscar um corpo que não é o nosso. Apenas uma estrutura corporal é tolerada, portanto, se uma mulher não a tem, ela deve busca-la a todo custo e camuflar essa busca como sendo uma “vida saudável”.

O que é beleza?

Como você ensina para suas filhas sobre a beleza? Você diz que elas estão lindas apenas quando se arrumam para uma ocasião especial, usam maquiagens e roupas que disfarçam suas imperfeições? Se um comentário negativo sobre o corpo de uma menina já pode representar vulnerabilidade, uma palavra positiva também pode representar força.

Mas, o que você pensa sobre você? Você não pode ensinar algo para alguém que você ainda não compreendeu. Como você se sente sobre seu corpo? Quantas de nós, mulheres, somos bombardeadas o tempo todo por imagens e padrões sociais. Muitas vezes não conseguimos ao menos gostar de quem somos ou nos sentir confortáveis em nosso próprio corpo.

Não deveria ser assim. Você deveria ter o direito de comer o que quiser, mantendo uma relação saudável com seu corpo. Uma alimentação saudável é necessária sim, mas a saúde não está relacionada à prisão de uma dieta restritiva cheia de proibições. Você deveria poder usar as roupas que gosta, sem se preocupar com sua celulite ou uma curva no seu corpo que você não gostaria que estivesse lá. Seja livre! Mas, não apenas isso. Se ame! Independente do seu manequim, você continua sendo você.

Mas, se ainda não conseguiu ter essa segurança, não desista, realmente as forças contrárias a ela são muito maiores. Acima de tudo, não julgue. Não faça comentários ou avaliações sobre a imagem de outras pessoas, porque dessa forma, você está criando o ambiente ideal para o medo e a repressão. Cuide do seu corpo, ame o seu corpo e não faça julgamentos precipitados que não cabem a você.

Referências:

[1] BORGES NJBG; SICCHIERI JMF; RIBEIRO RPP; MARCHINi JS; DOS SANTOS JE. Transtornos alimentares – Quadro

clínico. Medicina (Ribeirão Preto) 2006;39 (3): 340-8. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/389/390&gt;. Acesso em 28 de nov. de 2016.

[2] FORT, Mônica C; SKURA, Ivana; BRISOLARA Cristina B C. Corpos jovens e magros: imposições midiáticas, pressões sociais, angústias pessoais. XXXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, São Paulo, SP. Disponível em: <http://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-0519-1.pdf&gt;. Acesso em 28 de nov. de 2016.

Imagem: Pinterest

Colunista:

Amanda Santos de Oliveira
CRP 04/43829

Psicóloga Graduada pela PUC Minas, atuante na área clínica em Belo Horizonte, oferecendo psicoterapia individual para adultos
Contatos:
psi.amandaoliveira@gmail.com
Facebook: facebook.com\psi.amandaoliveira
Instagram: @psicologabh

 

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Fome de que?


Por: Cristiane Dias Salvadori

Dentre as patologias da atualidade que vem desafiando os profissionais da área da saúde, encontramos os distúrbios alimentares: a anorexia e a bulimia. Ambos são uma manifestação de um sofrimento psíquico, que se apresenta através de sintomas associados as questões alimentares. Tais sintomas escondem angústias ligadas a momentos primitivos da constituição psíquica.

Anorexia vem do grego OREXIS que significa desejo, precedida do prefixo “a” de negação, então anorexia significa negação do desejo. O que mais querem é comer, mas temem e recusam a ingestão de alimentos. A especificidade da anorexia diz respeito a uma restrição alimentar, metódica e acentuada, associada a um emagrecimento significativo que não parece suscitar preocupação no sujeito. Faz parte do quadro anoréxico a amenorreia, a hiperatividade, as mudanças de humor e os problemas na percepção do corpo.

Já a bulimia tem sua origem grega, com o significado de “fome de boi”. Trata-se de uma vontade incontrolável de comer, com comprometimento do senso crítico em relação a quantidade, qualidade ou combinação dos alimentos. Consomem com rapidez grande quantidade de alimentos, levando a pessoa a um desconforto físico e psíquico, sentindo a necessidade de provocar vômitos, bem como uso indevido de laxantes e diuréticos.

É comum tanto à anorexia quanto à bulimia o temor intenso de ganhar peso, assim como uma perturbação na percepção do corpo, suas sensações, sua forma, suas dimensões, seu contorno, o que caracteriza uma distorção da imagem corporal.

É importante que esses pacientes busquem auxílio de uma equipe multidisciplinar, composta por nutricionista, médico (caso exista a necessidade do uso de medicação) e psicólogo.

Através da psicoterapia, abrem-se espaços para o questionamento: de que vazio é esse que está precisando ser preenchido com o alimento? Que sentimentos que não estão sendo elaborados psiquicamente que precisam ser “vomitados”? O que está sendo recusado através da recusa alimentar? É preciso auxiliar essas pessoas na nomeação de seus afetos, auxiliando-os a colocar em palavras as suas dores psíquicas, ampliando o conhecimento de si mesmos, transformando, assim, a comida que era algo tóxico, destrutivo, em comida nutritiva e amorosa.

Imagem: Pinterest

Colunista

Cristiane Dias Salvadori
CRP 07/10857

Psicóloga Clínica e Educacional
Especialista em Neuropsicopedagogia e Educação Especial Inclusiva
Contato:
(51)99914-3842
Email: cris.salvadori@yahoo.com.br

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