Enem 2017: Qual carreira seguir e o papel da orientação vocacional


Por: Ana Rafaela Bispo da Costa 

Esse momento simboliza o ingresso na universidade para a formação em uma profissão e, em consequência, a busca por construir e consolidar uma carreira.

A maior parte das pessoas que participam são jovens em busca de iniciar seus estudos na universidade e responder àquela velha pergunta “o que você vai ser quando crescer?”. Alguns têm bem claro o que querem para sua vida e carreira, outros nem tanto. E realmente não é uma decisão muito simples escolher determinada profissão que te acompanhará grande parte de sua vida.

O caminho para uma profissão tem apenas um pequeno início com a prestação da prova do vestibular, após isso, é dada a largada para uma corrida que exige extremo empenho, dedicação e disciplina.

Dedicação que vai desde a parte financeira, até as noites mal dormidas para se preparar para uma prova. Mais do que ingressar na universidade é necessário muito empenho para se formar e sair com o diploma nas mãos.

Gostar do que está estudando e perceber identificação com sua graduação vai ajudar e dar muita força nesse processo que é tão trabalhoso.

É importante ressaltar que nesse processo de preparação para o exame a informática tem sido grande aliada, com sites que disponibilizam cursos preparatórios e até programas de TV online disponibilizados pelo MEC.

Mas a preparação não consiste apenas em estudar conteúdos das provas, e sim em saber qual o destino a seguir, qual curso seria o mais certo para você e qual profissão se enquadra melhor em suas habilidades.

Entretanto, quem ainda não tem certeza do que cursar o que deve fazer? Como tomar uma decisão tão acertada e rápida? Afinal, como citei anteriormente, o gasto empenhado aqui será enorme.

O ideal é conhecer muito sobre a profissão que deseja seguir, isso pode ser feito por meio de leituras, conhecendo profissionais da área, pesquisar como a profissão é vista e reconhecida no mercado, tanto financeiramente como em número de vagas oferecidas. É importante conversar com profissionais que já estejam na área e saber quais os pontos fortes da profissão como também as dificuldades enfrentadas no dia a dia.

Porém, antes de qualquer coisa, você precisa se conhecer, perceber quais as suas habilidades, suas facilidades, coisas com que se identifica. Por outro lado, conhecer seus pontos a serem melhorados e as coisas que não gosta de fazer. E passamos grande parte da vida tentando nos conhecer, experimentando novas situações e refletindo sobre elas.

Todavia aqui falo de um conhecimento de vocações, quais as principais habilidades você possui e aplica em seu dia a dia. Muitas vezes perceber isso não é tão simples quanto parece.

A orientação vocacional é de grande valia nesse momento, aliar todo o conhecimento anteriormente citado, sobre a nova carreira, com o conhecimento de si mesmo é uma ferramenta útil para tomar a decisão.

A orientação vocacional consiste em algumas entrevistas e encontros onde o profissional irá investigar e conhecer o futuro candidato. Também são aplicados testes para que habilidades em geral sejam detectadas e direcionadas a utilizar na carreira certa.

Aqui uso o termo vocação e não profissão pelo seguinte motivo: uma mesma pessoa pode ter algumas vocações que podem ser aplicadas em diversas áreas do conhecimento, não significa que ela tenha que fazer somente uma coisa. E quando uma profissão é escolhida baseada em suas vocações a possibilidade de dar certo é maior.

Algumas precauções também são importantes, verificar o histórico familiar, as profissões mais exercidas e ter cuidado para não iniciar uma carreira com base em habilidades alheias, por outro lado, se as habilidades detectadas forem condizentes com as habilidades já percebidas nas atividades familiares isso é ótimo! Pois ao sair da faculdade terá não só um diploma na mão como uma grande porta de inserção no mercado de trabalho.

O importante não é decidir rápido, mas decidir assertivamente, eliminar possibilidades de escolher baseado em fatores errados e iniciar um caminho bem trilhado, com base sólida e perspectiva de sucesso futuro.

Imagem capa: Pexels

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Ana Rafaela Bispo da Costa
CRP: 06/95603

Psicóloga pela UMESP
Pós Graduada em Especialização em Informática em Saúde pela UNIFESP
trabalha no auxílio ao desenvolvimento de crianças e adolescentes e suas famílias, 
atuando na região do ABCD.
Contatos:
Whatsapp: (11) 982172197
ana_rafaela_24@hotmail.com

Facebook: Tempo de Aprender-se
Site: tempodeaprenderse.wixsite.com/tempodeaprenderse

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Aspectos Importantes da Reorientação Profissional


Por: Renata de Souza da Silva Rodrigues

Um dos momentos mais esperados e que mobilizam grande ansiedade na nossa vida é o da escolha profissional. Na maioria das vezes, não sabemos como decidir diante das ofertas de formações acadêmicas e cursos oferecidos. A sensação que se tem é que se escolhermos errado nossa vida profissional será infeliz e todos os nossos dias serão de luta contra nossa tristeza para sair da cama e ir trabalhar. Entretanto, algo que não se sabe no momento da primeira escolha profissional é que não existe certo ou errado e que essa escolha pode não ser para toda a vida. Sabemos que esta hipótese nos dá um frio na barriga, só de pensar que podemos nos esforçar para entrar em um curso ou faculdade e não ser a profissão da nossa vida.

Destaca-se que na primeira escolha da profissão sofremos diversas influências e podemos acabar decidindo de acordo com as pressões que nos cercam. A família tem forte influência, podendo levar a escolha de um curso que satisfaça os anseios dos pais, especialmente na adolescência e juventude ou quando existe uma “profissão de família”, conforme a ótica familiar, todos devem ser advogados, médicos, por exemplo. Os amigos podem influenciar e levar a uma escolha profissional porque é “legal”, porque não tem matemática ou simplesmente porque todos os amigos estão optando por tal área. A sociedade influencia propagando os “cursos do momento”, os cursos que tem maior salário, dentre outras informações que podem levar a uma decisão superficial, já que quem escolhe por tais motivos, comumente não tem profundidade acerca do que o curso é de fato.

As situações citadas podem levar a busca de um segundo campo de atuação, por questões como: insatisfação com o curso que está frequentando; ser formado e desejar fazer outro curso; ter feito uma formação e atuar numa área pela pressão de outrem; sentir que trabalha com algo que não completa e sentir que pode se desenvolver melhor em outra área. Nesse ponto é que o campo da Reorientação Profissional pode auxiliar. A Reorientação é um processo voltado para os que já escolheram um caminho profissional, mas, por algum motivo, não estão satisfeitos com a escolha que fizeram. Podendo ser também utilizada por pessoas desempregadas, em processo de aposentadoria ou já aposentadas, trazendo consigo a possibilidade de seguir uma nova carreira.

Nesse processo é possível desenvolver a habilidade de rever projetos de vida, encontrar a melhor solução para a vida profissional e examinar o caminho já percorrido tendo em vista encontrar uma opção mais compatível com os próprios anseios ou redirecionar a escolha feita, seja do curso ou da carreira profissional. Possibilita também verificar como se lida consigo mesmo, com as relações de trabalho e com as sociais e assim se reestruturar e resignificar essas relações, de um modo prazeroso para si, adquirindo maior autoconhecimento, e mais adequado para a sociedade, admitindo que a profissão que se exerce não serve somente para nós, mas tem um papel social de auxílio aos outros. Pense sobre sua vida profissional e caso esteja em alguma das situações citadas ou por algum outro motivo está insatisfeito com sua profissão, busque ajuda para repensar e se ajustar melhor.

Imagem capa: stocksnap.io

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Renata de Souza da Silva Rodrigues
CRP 05/48142

Psicóloga, graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UERJ.
Atende no Rio de Janeiro oferecendo atendimento clínico e
orientação profissional para adolescentes, jovens e adultos.
Uma das idealizadoras da Fanpage e Projeto Multiplica Psi.
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E-mail: renata.rodrigues.psi@gmail.com
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Orientação Profissional: Os benefícios além da escolha da profissão


Por: Renata de Souza da Silva Rodrigues

A Orientação Profissional, possui um benefício próprio e esperado que é a escolha consciente da profissão. No processo da orientação é oferecida uma visão realista acerca das profissões que interessam ao orientando (aquele que busca a Orientação Profissional), a exploração das diversas carreiras, a informação acerca do mercado de trabalho, a percepção das opções das áreas de atuação que uma profissão oferece e, por fim, a escolha da carreira que irá seguir.

O momento da escolha ou da mudança de profissão mobiliza um alto nível de ansiedade, angústia e medo, exigindo que o orientador esteja atento a tais questões atuando como facilitador para o alcance dos objetivos profissionais, mas sem esquecer o que está no entorno do orientando, mantendo-o são e sem prejuízo do seu bem-estar. Para isso, deve-se ofertar ao orientando a possibilidade de vivenciar no atendimento situações que o levem aos benefícios que vão além de se escolher a profissão de forma segura, a seguir descrevemos tais benefícios.

Um dos principais benefícios que a Orientação Profissional proporciona é o autoconhecimento. Conhecer bem a si mesmo é um ponto importante, sendo o primeiro passo para uma escolha bem-sucedida em qualquer área. Afinal, a profissão vai além de simplesmente ganhar o salário, é parte de nós, define nosso estilo de vida, nossa rotina, o ambiente do qual faremos parte, ou seja, ao se escolher a profissão se escolhe não só o que se deseja fazer, mas também o que se deseja ser.

A compreensão dos interesses pessoais e profissionais é outro de seus benefícios. É necessário pensar sobre quais são seus interesses, habilidades e motivações, não confundindo com hobby ou vocação, pois ter facilidade com algo ou gostar muito de algo, não significa que se trabalhará bem com aquilo. A vocação é como um dom, a pessoa nasce sabendo fazer bem algo, podendo ser usado ou não na profissão. Já a habilidade é algo que pode ser desenvolvido ao longo da vida e normalmente está presente no ambiente profissional. Geralmente temos que desenvolver uma habilidade que não temos para exercer de forma satisfatória a atividade exigida. A descoberta de habilidades e o estabelecimento de áreas de afinidades são proporcionadas num atendimento de Orientação Profissional.

A definição dos objetivos pessoais e profissionais também é promovida pela Orientação Profissional. É importante definir qual projeto de vida se pretende alcançar a curto, médio e longo prazo. Pensar, por exemplo, no futuro daqui a 5 anos, daqui a 10 anos e daqui a 15 anos (lembrando que estes períodos são variáveis, dependem da pessoa e de seus objetivos). Refletir sobre como você estará profissionalmente e na vida pessoal, o que deseja ter alcançado, é essencial. Ponderar se quer casar, se quer filhos, sobre seus pais e familiares como espera ser a sua relação com eles na vida adulta. As reflexões sobre como seria o ambiente de trabalho ideal, as funções que serão exercidas e o salário que gostaria de receber, devem estar alinhadas ao que se deseja na vida pessoal.

Para se alcançar os objetivos citados, a avaliação da melhor forma de atingi-los é essencial. Neste ponto a Orientação Profissional pode dar o benefício de se traçar um plano de como se chegar a cada um dos objetivos pretendidos. Afinal, as coisas não acontecem da noite para o dia, é preciso saber o caminho para consegui-las. Pensar no investimento que terá que ser feito, não só financeiro, mas também de tempo, o que significa que enquanto você estiver se dedicando ao que quer alcançar outras questões ficarão de lado, como ir às festas, o contato com familiares e amigos, dentre outras coisas. Por isso, é fundamental refletir sobre o quanto o que se quer atingir é importante e sobre qual é a sua prioridade na sua vida.

A flexibilidade é um ponto essencial que é oferecido a quem busca a Orientação Profissional. Tenha em mente que quando pensamos em uma profissão para a vida toda pode ser muito angustiante e então deve saber que a escolha que está fazendo é a melhor que pode ser feita nesse momento da vida. Ter consciência de que existe a possibilidade futura de mudar e desistir do que se escolheu é importante. Isso não significa que se deve abandonar o curso que escolheu na primeira nota baixa, na primeira insatisfação, pois como sabemos, tudo na vida tem seu lado bom e seu lado ruim, então com a profissão funciona da mesma forma. Mas, se o curso realmente não é o que queria, você pode tentar outro ou tentar uma transferência.

Então, se você sente que precisa de algum dos benefícios citados e sente que não consegue alcançar sozinho, busque ajuda. Converse com seus familiares e amigos. Se mesmo assim não conseguir, procure um profissional da área e proporcione para você mesmo os benefícios que este tipo de atendimento pode causar.

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Falando sobre Orientação Profissional e 10 motivos para buscá-la


Por: Renata de Souza da Silva Rodrigues

Muitas dúvidas surgem quando falamos em Orientação Profissional. Pensa-se logo em um conjunto de testes online ou de questionários nos quais você diz do que gosta e do que não gosta e descobre a profissão da sua vida de forma instantânea. Entretanto, diferente do que muita gente pensa, essa área não oferece uma resposta pronta, mas oferece a possibilidade de uma escolha profissional consciente através de um trabalho sério que envolve encontros para as discussões acerca dos temas profissionais.

A Orientação Profissional trata-se, portanto, de um campo da Psicologia que auxilia nas decisões referente ao mundo das profissões, levando o orientando (aquele que busca o atendimento) a um processo de profunda avaliação no qual lhe é proporcionado o autoconhecimento, maiores informações acerca das profissões que o interessam, assim como do mercado de trabalho de tais profissões, e, por fim, a decisão de qual profissão seguir. É fundamental que o indivíduo se conheça bem, saiba quais são suas habilidades e preferências para que possa escolher uma profissão, e isso não é algo que ocorre da noite para o dia. Não é fácil conhecer a si mesmo, por isso, às vezes precisamos de ajuda profissional para conseguirmos o autoconhecimento e posteriormente escolher a profissão.

Comumente a área é ligada ao adolescente que busca a primeira escolha profissional, com perguntas como: “Não tenho ideia de qual curso fazer…”, “Qual curso serve para mim?”, “Que curso escolho na faculdade?”, “Não sei com qual área me identifico, gosto de tudo um pouco!”. No entanto, a Orientação Profissional é muito mais ampla e pode ajudar em diversos questionamentos, inclusive nos de adultos já inseridos no mundo profissional. Tentamos listar a seguir 10 motivos pelos quais alguém pode buscar o atendimento de Orientação Profissional:

1. Estar no fechamento do Ensino Fundamental ou Ensino Médio;

2. Ter dúvidas sobre qual curso escolher no vestibular;

3. Não saber com qual área se identifica (humanas, exatas, biológicas, tecnológicas…);

4. Achar que se identifica com todos os cursos e áreas oferecidas;

5. Não saber por qual curso optar no Ensino Médio (regular, normal – formação de professores ou cursos técnicos profissionalizantes);

6. Querer confirmar o curso que escolheu antes de começar;

7. Estar insatisfeito com o curso que está frequentando;

8. Ser formado e desejar fazer outro curso, mas não saber qual;

9. Sentir que trabalha com algo que não te completa;

10. Sentir que pode se desenvolver melhor em outra área;

Lembrando que estes são apenas alguns dos motivos que podem levar a Orientação Profissional, outros podem surgir. Se você está passando por algum dos motivos descritos na lista ou possui outros questionamentos e não consegue resolver e decidir sozinho, busque auxílio de um orientador profissional, com certeza existe um pronto para te ajudar!

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Renata de Souza da Silva Rodrigues
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Quando o trabalho se torna uma maneira de fugir dos problemas


Por: Daniela Knapp

Você sabia que o trabalho como fuga pode ser um meio de proteção? Muitas pessoas usam o trabalho para fugir de problemas pessoais e sem perceber acabam se dedicando demais, não porque gostam daquilo que fazem, mas porque não estão felizes com sua vida. Trabalhar demais pode ser um comportamento de compensação por algo que está faltando, uma maneira de esquecer dos problemas. Sem perceber, o excesso de trabalho acaba impedindo essas pessoas de resolverem o que realmente está gerando esse comportamento e essa atitude acaba prejudicando ainda mais sua vida pessoal. Você percebe como esse comportamento pode virar um ciclo vicioso?

Mas afinal de contas, como identificar se você está usando o trabalho como desculpa?

Prestar atenção no modo como você tem encarado o trabalho e no que ele significa para você é o primeiro passo para perceber o problema. Listo aqui algumas perguntas que podem te ajudar a refletir sobre o assunto:

  • O trabalho é a minha única fonte de satisfação?
  • Sempre levo trabalho para casa e assumo atividades que são responsabilidade dos meus colegas?
  • Sempre chego tarde em casa para evitar conflitos?
  • Trabalho durante horas, sem interrupção para não precisar pensar na minha vida pessoal?
  • Tive um afastamento significativo da família e dos amigos por causa do trabalho?
  • Evito entrar em contato com emoções e pensar sobre a vida?
  • O trabalho é mais importante para mim do que a minha família?
  • Preciso estar envolvido em alguma atividade o tempo todo?
  • Uso o trabalho para encobrir sentimentos?

Mas por que essa fuga acontece?

Existem basicamente três motivos que levam uma pessoa a trabalhar demais:

O primeiro é a insegurança, o fato da pessoa sentir a necessidade de fazer mais para parecer melhor. O segundo é o comportamento de fuga, quando a pessoa usa o trabalho para não precisar encarar as dificuldades da vida pessoal, como um casamento desestruturado ou decisões pessoais mal resolvidas. O terceiro é a compulsão pelo trabalho, pessoas que se dedicam inteiramente ao trabalho para alcançar seus objetivos e ter sucesso profissional a qualquer custo.

Essa situação pode levar a pessoa a se tornar um Workaholic, ou seja, um viciado em trabalho. A saúde pode ser comprometida e as consequências de trabalhar exaustivamente podem levar ao estresse, ansiedade e depressão.

Mas trabalhar demais não é um comportamento comum?

Sim, mas  nem sempre o motivo é a fuga, existem outras situações de pressão que podem levar uma pessoa a trabalhar demais: medo de perder o emprego, competição no mercado de trabalho, problemas financeiros, exigência da empresa, entre outros. Cabe a cada um refletir e analisar a sua situação atual e se preciso buscar um especialista para ajudar.

O limite do saudável e da compulsão pelo trabalho é delicada. É preciso ter cuidado porque trabalhar demais é visto pela sociedade como algo bom, sinônimo de sucesso. A pessoa geralmente não percebe que está passando dos limites, uma vez que esse comportamento é seguido de promoções no trabalho, reconhecimento profissional e aumento de salário. Geralmente a busca pela ajuda de um especialista acontece quando a situação já está fora de controle e a saúde já está comprometida.

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Daniela Knapp
CRP 08/16950

Psicóloga Clínica e Coach de Mulheres
Formada pela Universidade Federal do Paraná
Atende em Curitiba – PR
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Site: www.realmentemulher.com.br
Facebook.com/realmentemulher
E-mail: psicologadanielaknapp@gmail.com

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Cresci! E agora? – Questões a se pensar na hora da escolha profissional


Por: Amanda Santos de Oliveira 

Quando a gente nasce, as coisas são mais fáceis não é? Tem sempre alguém cuidando da gente e nos dizendo o que fazer e que caminho seguir. Entramos na escola e aí vem aquela longa jornada a percorrer. Durante muito tempo não nos preocupamos com decisões a tomar. Afinal, ano após ano, continuaremos ali e nossas preocupações são a de manter um bom rendimento e ficar longe de confusão. Mas, desde pequenos e chegando ao Ensino Médio mais ainda, ouvimos aquela velha pergunta: o que você quer ser quando crescer? Algumas pessoas desde crianças já se sentem atraídas, como que vocacionadas a algumas profissões e essas respondem rapidamente o que querem ser. Mas e quando a decisão não surge tão claramente, o que fazer?

Esse momento assombra diversos adolescentes e pais. Os adolescentes porque entendem a importância dela, mas não fazem ideia de como escolher em meio a tantas opções e pressões que permeiam essa resposta. Os pais porque temem muito a escolha, por preocupação com o futuro dos filhos ou por preconceito com alguns caminhos que podem ser tomados. O melhor caminho é tomar uma decisão inteligente e bem fundamentada, mas como?

O que eu devo fazer para o resto da minha vida?

Essa pergunta é assustadora não é? Mas, calma. Primeiro pense em fazer uma escolha assertiva e se lá na frente você descobrir que poderia ter escolhido algo melhor, é possível fazer uma troca. Claro que, escolhendo bem na primeira tentativa você poupará um tempo, mas não torne essa decisão tão irreversível. Pouquíssimas coisas na vida não têm volta e essa é uma das coisas que, com um esforço extra, você poderá voltar atrás.

Mas para escolher de forma inteligente é preciso levar em consideração alguns aspectos. Primeiro, pense que nesta hora você terá muitas pressões externas. Talvez, seu pai, sua mãe, sua avó, seus tios, seu irmão mais velho ou outro alguém que é uma referência na sua vida, sempre disse que você se daria bem se fosse um médico ou um advogado por exemplo. A primeira coisa que você deve levar em consideração é que por mais que essas pessoas te conheçam bem, não quer dizer que elas estão sugerindo a profissão certa. Isso porque, elas podem ter diversas referências e ideias em relação à profissão que não necessariamente se aplicam a você. Então, este será o primeiro passo que você deverá dar por conta própria e, infelizmente, nem sempre você terá total apoio daqueles que o cercam. Se a opinião de tais pessoas é extremamente importante para você, se prepare, pois você pode ir contra a algum desejo delas.

Depois de se preparar para isso, entenda que a sua profissão ocupará grande parte da sua vida. O trabalho hoje representa um papel muito central em nossa rotina. Se você parar para pensar, grande parte das ocupações exigem oito horas do nosso dia e podem chegar até as quarenta e quatro horas semanais. Muita hora não é mesmo? Então, o ideal é que você escolha algo que esteja alinhado ao seu projeto de vida. Você já tem um desses?

Esse projeto consistirá em um plano que você quer para a sua vida. Parece simples, mas para construí-lo você deverá levar em conta diversos fatores e alguns deles são difíceis de controlar, como fatores econômicos e sociais. Segundo os autores Almeida e Pinho (2008) [1], a família também será muito importante nessa produção. Isso porque, ela tem um papel importante na sua realidade e deverá ser levada em conta. Nela você também encontrará alguns exemplos e poderá construir com mais facilidade seus próprios padrões e desejos no que diz respeito à vida profissional.

Mas é muito importante que você esteja atento aos seus interesses, aptidões e habilidades. Isso porque, devido à cultura em que vivemos, muitas vezes as questões mercadológicas são colocadas acima de quaisquer outros fatores. Entenda, o dinheiro e as formas de renda são realmente importantes, mas não são os únicos fatores a serem considerados. Caso você faça sua escolha apenas fundamentada em padrões financeiros, você pode se ver preso em uma ocupação que não tem nada a ver com você e consequentemente não te fará feliz. Além disso, pessoas que se ocupam de atividades que não estão no seu perfil estão mais propensas a sofrer de estresse, desmotivação e tantos outros problemas que assolam o mundo profissional.

Como ter certeza?

Pesquise e muito! Hoje temos muita facilidade no que diz respeito à coleta de informações. Então, use isso ao seu favor. Pesquise as opções que estão em sua mente e tente entender ao máximo como é a vida de uma pessoa que exerce essa profissão. Fazendo essa pesquisa você não conseguirá entender completamente como será, mas quanto maior a qualidade das informações que você encontrar, mais perto você chegará da realidade.

Para pesquisar, busque informações de áreas de atuação, renda média, concursos públicos, jornada de trabalho, dentre outros. Cave mais fundo! Isso porque se colocarmos em um aplicativo de busca, por exemplo, “o que um psicólogo faz” as respostas virão, mas muitas estarão descritas de forma bastante superficial. Então use o resultado de sua pesquisa para mais pesquisas. A renda e a jornada de trabalho também são importantes dados a serem pesquisados. Isso porque os resultados podem não condizer com seu projeto de vida. Por exemplo, se você gostaria de viajar muito em seu futuro, talvez se você se tornar médico e trabalhar em um consultório, essa realidade seja um pouco mais difícil. Portanto, durante a pesquisa tenha em mente seus objetivos.

E na hora de escolher a faculdade?

A primeira dica que posso te dar é: estude bastante para o ENEM e os vestibulares que vai prestar. Parece óbvio, mas seu rendimento aumentará ou diminuirá suas opções. Então não pense em fazer o mínimo para passar, se esforce para poder escolher depois. Neste caso, a questão financeira provavelmente estará em pauta. Portanto, em caso de possibilidade de ingressar em uma instituição particular, pesquise o preço dos cursos, oportunidades de bolsa, financiamento estudantil e fique de olho nos programas do governo para tal.

Resolvida essa parte, não basta escolher uma faculdade renomada e perto da sua casa, por exemplo. Realmente, a fama da instituição no mercado faz diferença, mas, além disso, pesquise a fundo a estrutura do curso oferecido, quais são as matérias que você vai cursar, qual a estrutura da faculdade (laboratórios, bibliotecas e demais espaços). Talvez você pense que não seja a hora de se preocupar com isso. Mas saiba que os cursos, apesar de te formarem para mesma ocupação são muito distintos de uma instituição para outra. Pesquisando, talvez você se interesse mais pelo curso de uma determinada faculdade do que de outra.

E aí, o que achou das dicas? Se você está no momento de fazer esta escolha, mãos à obra. Realmente a decisão é muito importante e para ela você deverá estar munido de informações e muito apoio. Lembre-se que existem opções de orientação profissional aplicados em ambiente clínico que também podem te auxiliar, e muito, neste processo árduo que você tem pela frente. Então, com informações, coragem e muito apoio, você vai chegar lá!

Imagem: Pinterest

Referência:

[1] ALMEIDA, Maria Elisa G. Guahyba; PINHO, Luis Ventura de. Adolescência, família e escolhas: implicações na orientação profissional. Psic. Clin., Rio de Janeiro, vol. 20, nº 2, p.173-184, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pc/v20n2/a13v20n2&gt;. Acesso em 10 de Jan. de 2017.

Colunista:

Amanda Santos de Oliveira
CRP 04/43829

Psicóloga Graduada pela PUC Minas, atuante na área clínica em Belo Horizonte, oferecendo psicoterapia individual para adultos
Contatos:
psi.amandaoliveira@gmail.com
Facebook: facebook.com\psi.amandaoliveira
Instagram: @psicologabh

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