Dica de Livro: Papo Teen


Por: Ane Caroline Janiro

Alguém tem dúvidas de que eu gosto muito de indicar livros nesse formato de caixinha?! Acho que são ótimos materiais!!

E o Papo Teen é um ótimo recurso que pode ser utilizado por terapeutas de adolescentes e pré-adolescentes para quebrar o gelo, puxar assunto ou mesmo para provocar a reflexão sobre os temas. E também, claro, é perfeito para se ter em casa, brincar em família junto com os filhos adolescentes e mesmo entre os amigos nessa faixa etária.

São 100 assuntos que envolvem o universo teen e podem render muito tempo de conversas bem interessantes!

Acho super importante aproveitarmos desses recursos que temos hoje para gerar reflexão, autoconhecimento e isso tem que ser cada vez mais cedo.

Você pode encontrar o link para adquirir o livro na seleção de nossa lojinha, acesse aqui:

Papo teen

 

Veja também em nossa lojinha outras opções de recursos: Loja.

 

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Sobre a autora:
Ane Caroline Janiro
Psicóloga clínica, Fundadora e Administradora do Psicologia Acessível.
É casada, mamãe do Lucas, escreve sobre Psicologia, Maternidade, Família…
Instagram: @carolinejaniro

 


*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


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Dica de Livro: Eduque com carinho (para pais e filhos)


Por: Ane Caroline Janiro

Para quem gosta de ler sobre Disciplina Positiva – ou mesmo para quem quer saber mais do assunto – esse livro é mais que recomendado, eu diria que é necessário!

Essa é uma versão para pais e filhos do “Eduque com carinho” da incrível Lidia Weber. Neste formato, você vai encontrar dois livros para ler junto com seu pequeno ou pequena e o objetivo é tornar os pais mais conscientes e seguros no papel de educadores com base nos Doze Princípios da Educação Positiva, considerando que o amor, a disciplina e o respeito são a base para uma educação completa.

“Através de reflexões, histórias, exercícios de comportamentos, humor e poesia, as crianças são incentivadas a se tornarem autônomas, responsáveis, competentes, autoconfiantes e afetivas. Uma obra indispensável para pais que querem acertar na educação de seus filhos.”

Lidia Weber é Pós-Doutora em Desenvolvimento Familiar, Doutora em Psicologia, Pesquisadora e Coordenadora de diversos grupos para pais, crianças e adolescentes.

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Eduque com carinho

 

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Dicas de Livros sobre TDAH na infância e adolescência


Por: Ane Caroline Janiro

Hoje reuni para vocês algumas dicas de livros sobre o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade na infância e na adolescência). Como este é um tema que rende muitas perguntas por aqui e nas redes sociais, espero que as dicas ajudem!

Separei três livros que recomendo bastante a leitura:

como lidar com o TDAH

– Como lidar com TDAH: Guia prático para familiares, professores e jovens com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

“Este guia informa sobre as manifestações, as causas, a evolução e as possibilidades de tratamento do TDAH, ou seja, dos transtornos hipercinéticos. As informações aqui presentes dirigem-se especialmente aos pais, educadores e professores; contudo, são destinadas também aos próprios jovens que sofrem desse distúrbio. Aos pais, professores e educadores são oferecidos conselhos concretos para lidar com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade na família e no ambiente escolar, e aos jovens são dadas sugestões de autoajuda.” – Saiba mais sobre o livro aqui.

 

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– TDAH em quadrinhos.

“Através das histórias em quadrinhos sobre o dia-a-dia de Neco e Juba, a autora exemplifica os sintomas, o diagnóstico e o tratamento do TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Um livro educativo e técnico que ajudará profissionais, familiares, amigos na compreensão do distúrbio, quanto aos filhos pela identificação com os personagens em situações típicas, narradas de forma leve e divertida.” – Saiba mais sobre o livro aqui.

 

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– TDAH na infância: Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade – Orientações e técnicas facilitadoras.

“Este livro oferece informações, em uma linguagem simples, para todos os envolvidos na educação de crianças diagnosticadas com o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção / Hiperatividade). Baseia-se nas últimas descobertas sobre esse transtorno, reunindo estratégias educativas e detalhadas para lidar com seus portadores. Obra útil para pais e professores educarem, com sucesso, a criança com TDAH, facilitando que ela revele todo o seu potencial.” – Saiba mais sobre o livro aqui.

Você pode encontrar e adquirir os livros nos links acima (clicando nas imagens de cada um deles).

Espero que realmente ajude e, claro, em breve trago mais dicas sobre este tema por aqui!

Deixem suas dúvidas e sugestões!!

Abraços!

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Ane Caroline Janiro
Psicóloga clínica, Fundadora e Administradora do Psicologia Acessível.
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Dica de Livro: Brincando de Mindfulness


Por: Ane Caroline Janiro

“Mindfulness é uma prática de atenção plena ao momento presente que leva a um estado mental de ampliação da consciência, para reduzir os níveis de estresse mental e emocional. Aplicado a crianças, o mindfulness melhora o foco e a concentração – principalmente daquelas que apresentam Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) –, regula os níveis de ansiedade, aprimora as habilidades sociais e emocionais, melhora a qualidade do sono e a criatividade, tudo isso afetando positivamente sua saúde e bem-estar”.

O Livro “Brincando de Mindfulness”, de Patricia Calazans, vem em formato de caixinha com 50 cartas e traz exercícios direcionados para que os pais, educadores, tutores e professores conduzam as atividades de forma lúdica, leve e divertida. Ensine mindfulness brincando!

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Brincando de Mindfulness

 

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Dica de Livro: Pensamentos e Emoções


“Pensamentos e Emoções”, de Juliane Feldmann, é um livro em formato de caixinha que vem com 40 cartas, cada uma com uma frase a ser completada pela criança. É um ótimo recurso terapêutico e lúdico e a ideia é conhecer os pensamentos e emoções da criança em relação a tudo que envolve seu dia-a-dia, os ambientes e situações em que está inserida.

O material ajuda a refletir com a criança sobre escola, família, medos, vínculos, seu olhar sobre si mesma, sobre as expectativas dos pais, entre outras realidades, sempre levando em conta seus pensamentos e emoções por trás de cada situação.

Recomendado para crianças de 7 a 12 anos.

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Pensamentos e emoções

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Reflexões sobre o livro: “As 5 Linguagens do Amor” de Gary Chapman


Por: Joscelaine Lima

Por que é que eu dou tanto de mim e não sou reconhecida? Por que há tantas pessoas que não se sentem amadas apesar de todo esforço que o companheiro faz para agradar? Bom, podem existir várias razões e, uma delas pode ser o fato de os dois não falarem a mesma linguagem do amor, provavelmente por não conhecê-las.

Mas o que é “linguagem do amor”? Segundo Gary Chapman, existem cinco principais linguagens do amor, e cada pessoa desenvolve uma ou duas delas mais do que as demais. Exemplificando: imagine que você é brasileiro, não fala nenhuma outra língua e conhece alguém que é japonês, e não fala outra língua, aí você chega à pessoa e faz um elogio, fala que está apaixonado, etc. Esta pessoa não entende nada, e, por mais que tenha simpatizado e até sentido o mesmo por você, não vai saber o que está dizendo e a comunicação será prejudicada, até que consigam falar a mesma língua.

5 linguagens do amor

Capa do livro: As 5 Linguagens do Amor

Assim é a linguagem do amor, você tem uma forma de sentir e expressar amor, e, as outras pessoas têm suas formas de expressar e sentir o amor. Por isto, nas relações, você pode estar fazendo muita coisa para demonstrar amor, mas, a pessoa não sente-se amada e, consequentemente, se decepciona e não demonstra amor por você também.

Antes de falar das linguagens de forma específica é importante dizer que todos nós temos a necessidade de sermos amados. Quando não nos percebemos sendo amados podemos ter muitos comportamentos inadequados na procura por este amor. Esta relação com o afeto, carinho e amor começa na mais tenra idade e, infelizmente, muitos não são amados, acolhidos e ensinados da forma correta, tornando-se emocionalmente atrofiados, não sabendo como dar e receber amor.

As pessoas que tiverem passado por esta dificuldade em suas vidas encontrarão maiores obstáculos para lidar com relacionamentos, mas, é possível superar. Gary provou em seus muitos anos de aconselhamento conjugal que nunca é tarde para aprender a amar e ser amado da forma correta.

E quais são estas linguagens? Então, a primeira é “Palavras de Afirmação” e, como o nome diz, são palavras positivas, um agradecimento, um elogio. Não precisa ser uma linda declaração de amor para fazer bem, para que a pessoa amada sinta-se amada, entretanto, uma criativa declaração de amor fará muito bem, deixará esta pessoa encantada, sentindo-se muito amada e feliz.

A segunda é “Tempo de Qualidade”, está relacionada ao tempo que você dedica-se a pessoa amada, a ouvir, compreender, enfim, ter sua atenção voltada inteiramente à pessoa, sem deixar que distrações atrapalhem este momento. Faz parte aquele tempo de caminhada e conversa juntinhos, de brincadeiras, etc.

A terceira linguagem do amor é “Presentes”. Todos nós gostamos de ganhar presentes, mas, existem aquelas pessoas que se sentem muito amadas quando recebem um. O valor não importa, pois, o que a pessoa que ama ganhar presentes valoriza é o fato de ter sido lembrada, pode ser uma flor colhida no caminho ou no quintal da casa, um cartãozinho feito com carinho, coisas simples, porém sinceras encantam esta pessoa.

Outra forma de perceber e demonstrar amor é por “Atos de Serviço”. Isto mesmo, existem pessoas que sentem-se amadas quando recebem algum ato de serviço ao seu favor e demonstram amor desta forma. Lavar a roupa, limpar o carro, cortar a grama, organizar a casa, cuidar das crianças, fazer um bolo, preparar um café, entre outras atividades podem deixar a pessoa amada muito feliz, com seu “tanque de amor” cheio!

E não poderia faltar a linguagem: “Toque Físico”, que não é somente sexual, todas as formas de toque carinhoso estão envolvidas, fazem a pessoa sentir-se amada, completa, feliz. Um carinho ao passar pela pessoa enquanto fazem as tarefas domésticas, aquele beijo na saída, na chegada, ao deitar e ao levantar, tudo isto faz o outro sentir-se bem, acolhido, amado e valorizado.

Este é um pequeno resumo das Cinco Linguagens do Amor. Já podemos perceber que somos diferentes e podemos compreender muita coisa a partir de um conhecimento melhor sobre o assunto, pois, observamos onde estamos falhando na relação e o que nos faria bem receber da pessoa amada.

Podemos valorizar as demonstrações de amor que esta pessoa já faz, com sua forma de demonstrar amor e, podemos, através do diálogo, expressar como nos sentimos e o que despertaria nossas emoções e nos faria muito feliz se acontecesse, não como uma cobrança, mas, como uma construção para o relacionamento, pois, ao mesmo tempo em que falamos ao outro o que gostaríamos que fizesse para nos sentirmos amados, vamos questionar a ele sobre isto, vamos expressar o quanto o amamos e desejamos que a relação seja agradável.

Neste diálogo muitas emoções e sentimentos poderão surgir, combinações devem ser feitas e colocadas em prática no dia-a-dia, sendo relembradas sempre que for necessário, pois, devemos nos conscientizar de algo: nós somos sim seres diferentes, com construções psíquicas diferenciadas, que devem ser valorizadas e respeitadas, entretanto, quando me proponho a ter uma relação íntima com alguém, eu preciso pensar nesta pessoa e também no que importa para ela, isto não significa esquecer-se de mim e sim, pensar no outro e cultivar a relação.

Então, eu preciso mudar/melhorar alguns hábitos em prol do bem comum, em favor do crescimento da minha relação, para fazer o outro feliz, pois, tudo o que vai volta, se eu plantar amor, é amor que colherei! Coloque em prática as atitudes que a pessoa amada ama e verá seu relacionamento melhorar consideravelmente. Se ambos tiverem maturidade, confiança, vontade e amor não tem como não dar certo!

Se você fizer a sua parte e mesmo assim a relação não melhorar, busque ajuda profissional, talvez existam questões mais graves envolvidas, que precisam ser trabalhadas, talvez o outro realmente não saiba receber amor e nenhuma relação se constrói com investimento de um lado só!

Imagem capa: Pinterest

Colunista:

Joscelaine Lima
CRP: 12/14672

Psicóloga clínica, formada pela Universidade 
do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) em 2015.
Atende em São Miguel do Oeste-SC.
Contatos:
Facebook.com/JoscelainePsicologia
Whatsapp: (49) 992028970

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Loucos somos nós


Por: Maria Emília Bottini

Holocausto Brasileiro é um livro-reportagem, lançado em 2013, pela jornalista Daniela Arbex premiada por seu trabalho em várias ocasiões. Daniela realizou um trabalho de pesquisa difícil de deglutir, por vezes não se acredita em muitas coisas que se lê em suas páginas de denúncia, mas os fatos são reais, não são ficção, e aconteceram em nosso país. As fotos que nele vemos corroboram para que se acredite.

Tentemos acreditar que isso não é humano, mas lembrando o que uma amiga sempre comenta: “se um humano fez, eu também faria”. Essa é nossa tragédia, isso também foi da ordem da espécie a que pertencemos, visto que nem um animal trata os de sua espécie dessa forma deliberadamente violenta.

Palavras dizem coisas e o título desse livro é sugestivo, comecemos por ele. Holocausto foi o assassinato em massa de seis milhões de judeus, ocorrido na Alemanha pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. O fato é que não foram só judeus que foram eliminados, foram também homossexuais, deficientes, ciganos, os considerados por Hitler e seu exército como raça inferior. Pessoas de toda sorte chegavam em trens até os campos de concentração, vestiam uniformes listrados e seus cabelos eram raspados, objetos pessoais eram surrupiados pelos alemães e submetidos ao trabalho forçado até a exaustão física e mental que os levava a morte.

Em Barbacena, Minas Gerais existiu um dos maiores Hospitais Psiquiátricos do Brasil: O Colônia. A semelhança com o Holocausto Alemão se dá porque as pessoas chegavam de trem, ônibus ou viatura da polícia até o hospital, vestiam uniformes listrados até os fiapos, seus cabelos eram raspados e eram submetidos a trabalho forçado, escravo e muitos morreram.

Muitas atrocidades no trato com pacientes ditos doentes mentais foram cometidas em nome do que se chamou de tratamento mental, dentre elas pelo menos 60 mil pessoas perderam suas vidas jogados ao próprio inferno, sem voz ou vez. Nos períodos de mais movimento no Colônia chegavam a morrer até dezesseis pessoas por dia. Muitos foram enterrados como indigentes, em cova rasa, sem nome ou coisa nenhuma.

Outros, por sua vez, tiveram seus corpos vendidos. Após a morte ainda continuavam a serem lucrativos, seus corpos, seus ossos e seus órgãos eram comercializados. Estima-se que arrecadaram pelo menos 600 mil reais com esse mercado ilegal. Nem na morte alcançaram dignidade humana. De 1969 a 1980 foram mais de 1800 corpos vendidos para dezesseis faculdades do país, sem nenhum questionamento.

Afinal quem questionaria? As famílias? As faculdades? Os profissionais da saúde mental? Ninguém perguntou nada, porque nada queriam saber. Esses corpos nada representavam além de cadáveres decompostos em ácido, no próprio pátio do Colônia, com o testemunho ocular dos pacientes.

Muitas histórias são reveladas nesse livro que dói a alma segurar nas mãos: dor, sofrimento e gritos são revelados. Os gritos saem das páginas e ecoam a nos deixar quase surdos. São gritos de desespero, de lamento de vítimas de uma psiquiatria que pouco ou nada tinha de humana, mas que sem sombra de dúvida gerava muito dinheiro.

Gritos de corpos que morriam de frio pela escassez de cobertas e roupas. Gritos de corpos expostos a nudez da alma. Gritos de corpos famintos pela comida racionada, doenças não tratadas, banho gelado, eletrochoque e serviços forçados. Gritos de corpos feridos, corpos machucados.

Para os dias gélidos os pacientes, como estratégia de sobrevivência, se juntavam no pátio, faziam dois círculos, ficam próximos e movimentavam-se. Ou mesmo andavam pendurados um aos outros, aquecendo-se mutuamente. A noite para dormir não havia nem cama, nem colchão suficiente. O capim e o chão eram a alternativa. Muitos pacientes dormiam juntos na mesma cama e isso causava o sufocamento de alguns. O Colônia chegou a ter 5000 mil pacientes, isso equivale a população de muitas cidades brasileiras.

Muitos bebês foram roubados de suas mães. Após o nascimento eram arrancados dos braços de suas genitoras e entregues para adoção sem jamais se saber de seus paradeiros. Muitas mães passaram anos chamando por seus filhos e isso não era nem delírio e nem alucinação, era dor da alma espancada.

Denúncias foram feitas, mas pouco ou nada aconteceu. Franco Basaglia, italiano pioneiro na luta antimanicomial ao visitar o Colônia, chamou a impressa e disse: “estive hoje num campo de concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo, presenciei uma tragédia como essa”. Ele era uma autoridade no assunto, mas sua voz não ecoou numa sociedade que não desejava ouvir coisa alguma a esse respeito.

O psiquiatra Ronaldo Romão também denunciou o que acontecia, mas perdeu o emprego. O repórter José Franco e o fotógrafo Luiz Alfredo escreveram uma reportagem e seu título já resume os fatos: “Sucursal do inferno”. O documentário realizado por Helvécio Ratton, Em nome da razão (1979), também narrava através das imagens a dor e as atrocidades. O diretor comentou que no terceiro dia das filmagens, uma paciente o segurou pelo braço e disse: “Eu sei o que vocês estão fazendo. Tirando foto de todo mundo. Assim, quando a gente morrer, as pessoas vão saber que estivemos aqui”.

A paciente sabia qual era seu destino no Colônia. A lucidez dessa paciente não permitiu que se mudasse o rumo dos fatos, foi preciso muitos anos para que se entendesse do que a louca com lapsos de saúde mental verbalizava.

Como se percebe, houve muitas denúncias sobre o que acontecia atrás dos muros do Colônia, mas assim como no Holocausto Alemão, a sociedade brasileira seguia sua rotina diária, sem se importar em como eram tratados os doentes mentais que estavam internados no submundo da maldade humana. Isso não lhes interessava, pois já não eram dignos de humanidade alguma, já haviam perdido essa condição tornando-se não humanos, eram corpos desprovidos de identidade.

O livro deu origem ao documentário Holocausto Brasileiro (2016) dirigido por Daniela Arbex e Armando Mendz e está disponível no seguinte endereço: https://www.youtube.com/watch?v=CVMGZqV2cP4. O documentário dá voz e vez ao vivido, dá voz aos personagens reais dessa parte da história da saúde mental ou seria doença mental, composta de luz e sombras de uma triste realidade que não se pode negar.

O livro e documentário são referência ao denunciar a nossa loucura coletiva, a de que loucos somos nós que não queremos saber, porque saber é dor e exige ações que alterem o contexto de injustiças constatado. Contudo quem não sabe de suas memórias, não conhece suas dores, corre o risco de repeti-las, esse é o perigo.

Imagem capa: Pinterest

Colunista:

Maria Emília Bottini
CRP nº: 07/08544

Psicóloga da Clínica Ser Saúde Mental e Rehab Wellness Center.
Formada pela Universidade de Passo Fundo (RS).
Mestre em Educação pela Universidade de Passo Fundo (UPF).
Doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB).
Autora do livro “No cinema e na vida: a difícil arte de aprender a morrer”.
Atende em Brasília (DF).
Contatos:
emilia.bottini@gmail.com.
Página do meu livro:
Facebook.com/Nocinemaenavidaadificilartedeaprenderamorrer
Clínica Ser Saúde Mental – Coluna Trocando Ideias:
http://sersaudemental.com.br/blog/

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[Dica de Livro] Pedro e Lua


O livro “Pedro e Lua” foi considerado o melhor livro do ano para crianças do ano de 2004 pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).

A etimologia do nome do personagem principal, Pedro, relacionado à palavra pedra, é destaque em vários momentos da história, que brinca de forma muito interessante com a questão. Pedro descobre então que a Lua, responsável por iluminar a noite, “também é uma pedra” e então passa a se fascinar ainda mais por tudo que envolve o céu à noite.

Utilizando essas relações, o livro traz para reflexão temas como solidão e saudade no universo infantil e as formas como lidamos com tudo que está longe, mesmo quando não gostaríamos que assim fosse. Uma ótima ferramenta para conversar com as crianças sobre esse assunto.

O livro “Pedro e Lua”, do autor Odilon Moraes, é de 2004, publicado pela Editora Cosac Naify. Pode ser encontrado em algumas das principais livrarias do país.

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Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556

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[Dica de Livro] A escola não deu conta de mim


Sem levar em consideração os diferentes métodos de ensino ou abordagens pedagógicas, quantas crianças tem suas particularidades passando despercebidas pela escola? São habilidades que às vezes ficam limitadas aos programas já estabelecidos, desprezando aquilo que cada uma tem a oferecer de forma individual.

“O livro A Escola Não deu Conta de Mim, não tem o objetivo de abordar questões pedagógicas, tampouco defender essa ou aquela teoria de aprendizagem. Busca somente dividir com o leitor experiências vividas como aluna do ensino fundamental I, e os meus  próprios anseios dentro da escola quando era criança/aluna que já tinha bagagem suficiente para o meu aprendizado, mas que não foi notada pelo corpo docente da unidade escolar, além da vontade intrínseca de voar ainda sendo tão nova e um trauma enorme de fazer cópias da cartilha para o caderno  e de escrever frases do tipo “Ivo viu a uva” e “O bebê é Bia”, quando e podia fazer outras coisas. Tinha muito a oferecer e a escola não descobriu.

Traz um único pedido aos colegas professores, que independentemente da teoria usada em sala de aula, olhe cada criança com um olhar diferenciado no que tange a sua maturidade intelectual e a sua bagagem de vida para que a escola possa dar conta de todos. Pois ela não deu conta de mim.” – Descrição da autora.

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 O livro pode ser adquirido pelo Instagram: @getulia_marinsautora ou pela livraria Terra de Santa Cruz em Itaguaí RJ.

Sobre a autora:

Getúlia Marins
Nasceu em Bom Jesus do Norte-ES e reside em Itaboraí-RJ
Casada e mãe de dois Filhos.
Graduada em Pedagogia e Pós- Graduada em Gestão Escolar.
Funcionária Pública da Rede Municipal de Itaboraí-RJ, onde atua como professora.
Foi diretora escolar e coordenadora pedagógica na mesma rede municipal.
Autora dos livros “Histórias em Poemas”, ” A Escola Não deu Conta de Mim” e do ebook “Poemas Profundos para um Coração que Ama e de duas peças teatrais (Peteleco e Auto de Natal na atualidade).
Facebook: Getúlia Marins  (Página: @getuliamarinsautora.com.br)
Instagram: getulia_marinsautora

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Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora e editora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556

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[Dica de Livro] O despertar do bebê


Por: Psicóloga Ane Caroline Janiro

A dica de leitura de hoje é o livro “O despertar do bebê – práticas de educação psicomotora”.

O livro advém de longos anos de pesquisa de Janine Lévy, que propõe um método para ‘despertar’ o corpo por meio de movimentos que respeitem o ritmo natural de desenvolvimento. O trabalho focado na estimulação psicomotora foi realizado na Associação Universitária na França, pelo Centro de Assistência Educativa Infantil.

“Este livro propõe um método para despertar o corpo através de movimentos que não forçam o ritmo natural mas sim que o suscitam, acompanham e estimulam. Do nascimento aos primeiros passos, graças a: exercícios de descontração; movimentos de ‘ginástica’; movimentos ‘globais’, isto é, jogos; sugestões simples para a vida quotidiana, você poderá brincar com o bebê, ajudando-o a se desenvolver através de um jogo afetuoso e alegre.

Desenvolver pelo movimento é proporcionar à criança um corpo mais perfeito e mais ágil. É dar-lhe vida uma outra vez.” (Sinopse)

O livro foi publicado pela Editora Martins Fontes e pode ser encontrado em algumas das principais livrarias do país.

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CRP: 06/119556

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[Dica de Livro] A redoma de vidro


“Dos subúrbios de Boston para uma prestigiosa universidade para moças. Do campus para um estágio em Nova York. O mundo parecia estar se abrindo para Esther Greenwood, entre o trabalho na redação de uma revista feminina e uma intensa vida social. No entanto, um verão aparentemente promissor é o gatilho da crise que levaria a jovem do glamour da Madison Avenue a uma clinica psiquiátrica.”

Algumas semanas após a publicação da obra quase autobiográfica, infelizmente a autora se suicidou.

“A editora Biblioteca Azul lança uma nova edição de “A redoma de vidro”, único romance da poeta americana Sylvia Plath. O título retorna às livrarias com tradução do escritor Chico Mattoso 51 anos depois da primeira publicação e do suicídio da autora, em 1963.
Lançado semanas antes da morte da poeta, o livro é repleto de referências autobiográficas. A narrativa é inspirada nos acontecimentos do verão de 1952, quando Silvia Plath tentou o suicídio e foi internada em uma clínica psiquiátrica. A obra foi publicada na Inglaterra sob o pseudônimo Victoria Lucas, para preservar as pessoas que inspiraram seus personagens.
Assim como a protagonista, a autora foi uma estudante com um histórico exemplar que sofreu uma grave depressão. Muitas questões de Esther retratam as preocupações de uma geração pré-revolução sexual, em que as mulheres ainda precisavam escolher se priorizavam a profissão ou a família, mas “A redoma de vidro” segue atual. Além da elegância da prosa de Plath, o livro extrai sua força da forma corajosa como trata a doença mental.
Sutilmente, a autora apresenta ao leitor o ponto de vista de quem vivencia o colapso. Esther tem uma visão muito crítica, às vezes ácida, da sociedade e de si mesma, mas aos poucos a indiferença se instaura, distanciando a moça do mundo à sua volta. “Me sentia muito calma e muito vazia, do jeito que o olho de um tornado deve se sentir, movendo-se pacatamente em meio ao turbilhão que o rodeia”.
Ao lidar com sua depressão, Esther também realiza a transição de menina para uma jovem mulher. Mais que um relato sobre problemas mentais, “A redoma de vidro” é uma narrativa singular acerca das dores do amadurecimento.” – Fonte: Sinopse

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O livro “A redoma de vidro” pode ser encontrado nas principais livrarias do país.

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Sobre a autora deste blog:

Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora e editora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556

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[Dica de Livro] Uma história meio que engraçada


Apesar de uma história com passagens realmente engraçadas – o que dá nome ao livro – a obra fala de depressão, suicídio e outros transtornos, tudo através do adolescente Craig Gilner. Um jovem determinado a ter sucesso na vida, muito estudioso e focado até que entra em crise, o que o leva a ser internado em uma clínica psiquiátrica na ala de adultos.

Veja a descrição:

“O que aconteceria se você descobrisse que a maior idealização da sua vida não era aquilo que você esperava? O adolescente Craig Gilner vai perceber que, até mesmo ao atingir um objetivo, nem sempre as coisas saem da forma como deveriam. Mas aprenderá também que, mesmo nas adversidades, é possível fazer novos amigos, se apaixonar e encontrar motivos para viver.

Como muitos adolescentes determinados a vencer na vida, Craig Gilner acredita que asua entrada na Executive Pre-Professional High School de Manhattan é o passaporte para o seu futuro. Obstinado a ter uma vida de sucesso, Craig estuda dia e noite para gabaritar no exame de admissão, e consegue. A partir daí, o que deveria ser o dia mais importante da sua vida, acaba marcando o início de um sufocante pesadelo.

“Uma história meio que engraçada” é um livro clássico da literatura YA. Lançado em 2007 nos Estados Unidos, até hoje figura entre os mais vendidos do gênero na lista da Amazon.com. Em 2010, a história foi transformada em um filme que se tornou imediatamente cult.” – Fonte: Sinopse

A obra foi adaptada para o cinema para o longa “Se Enlouquecer, Não Se Apaixone”.

O livro “Uma história meio que engraçada” pode ser encontrado nas principais livrarias do país.

Autor: Ned Vizzini
Editora: Casa da Palavra

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*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


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