O renascimento da águia


Por: Leonardo Domingues

Todos já estivemos em algum momento de nossas vidas, passando por um momento em que o caminho que decidimos traçar já não nos leva a nada ou que não está nos levando ao lugar que gostaríamos.

Com o passar dos anos crescemos, nos formamos como adultos e muitos não encontram a solução para os seus problemas e isso pelo simples fato de nos acostumarmos a colocar a culpa nos outros ou na vida. A vida é feita de altos e baixos, depende de nós e apenas nós mesmos mudar, não adianta cruzar os braços e esperar por um milagre ou que alguém faça algo, se você mesmo não está fazendo.

Quando tudo parece estar errado é necessário mudar, reinventar, transformarmos. Algum dia alguém lhe disse que você podia ser o que quiser na vida? Isso não é mentira, mas isso não quer dizer que será fácil.

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Imagem: Link

Já ouviu falar no renascimento da águia? Trata-se de uma linda história.
A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie, podendo chegar aos 70 anos. Ao completar 40 anos de idade, ela passa por um sério problema na sua vida, seu bico se torna alongado e curvo e suas unhas estão compridas e flexíveis, suas penas estão velhas e pesadas, muito diferente de quando era jovem. Sua caça fica prejudicada e ela começa a perder muito peso por causa disso, chegando então a hora de tomar uma séria e difícil decisão: morrer e terminar logo com todo esse sofrimento ou enfrentar um dolorido processo de renovação no qual deve arrancar seu bico, unhas e penas, passando por um longo e doloroso momento de renovação para sobreviver por mais 30 anos.

Vale lembrar que esta trata-se de uma fábula que citamos para inspirar e motivar a todos que estejam passando por momentos difíceis, pois não foi comprovado que as águias passam por um processo traumático como esse.

 Imagem capa: Pinterest

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Leonardo Domingues
CRP 06/133444

Formado pela UNIARA, é Psicólogo Clínico e atende em Jaboticabal/SP na Rua Floriano Peixoto, 1517 – Centro.
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O poder do não


Por: Leonardo Domingues

Quantas vezes você se deparou com uma situação onde preferiu se sacrificar a fazer alguém infeliz? Parabéns, você é o herói da história. Pense bem: nos contos de fadas os heróis sempre se sacrificam, arriscam a vida afim de salvar ou ajudar alguém por mais perigoso que seja e no final tudo fica bem, mas infelizmente a vida real não é assim.

As pessoas tem o hábito de pensar que é errado se colocar em primeiro lugar e querer a própria felicidade em primeiro lugar. Devemos ser felizes e buscarmos a felicidade e o amor próprio começando pela palavra “NÃO!”. Certamente você pensou em algum momento em que devia ter dito não ao invés de sim, estou certo? Somos humanos e odiamos ver as outras pessoas sofrerem, mas seu pensamento vai mudar ao final desse texto, pode ter certeza!

Dizer o não é se entender como indivíduo com vontades próprias, é deixar a baixa autoestima de lado, é deixar a vontade de agradar os outros e deixar aquele sentimento que achamos que é educação, mas que na verdade é subserviência. Dizer não é se impor como pessoa e entender que você tem necessidades e direito de recusar algo buscando a sua felicidade, tudo bem se você não quer algo, tudo bem contrariar alguém, a vida da outra pessoa não vai acabar se você recusar algo a ela. Lembre-se que você não precisar ser o herói.

Os relacionamentos são feitos de trocas, consenso de ambas as partes, mas se você tem alguém que só quer ou exige que você faça somente algo que a faça feliz, pare e pense: por que a felicidade dela é mais importante do que a minha felicidade? Priorize-se!

Há momentos na nossa vida em que somos pegos de surpresa sem a chance de recusarmos ou até pensarmos para que possamos responder, mas devemos pensar muito pra saber se realmente queremos por nós ou para agradar os outros. Decisões em cima da hora como viagens, relacionamentos, família, não são decisões que devemos tomar em uma mesa de bar, envolvem pessoas e seus sentimentos e devem ser bem planejados sempre. Sugestionar, quantas vezes você não estava afim de algo e a pessoa ficou lhe dando motivos para fazer, fazendo com que a partir desses motivos você fizesse o que ela gostaria?

Mude um dia de cada vez, pense que a mesma felicidade que a outra pessoa busca você também tem direito. Coragem! Não estou dizendo em momento nenhum para ser egoísta mas que busque a felicidade, uma felicidade saudável. Se machucar só para ver a felicidade no olhar do outro é preocupante, deve-se dizer a si mesmo “eu sou o herói da minha vida, hoje irei dizer não!”, a única pessoa para a qual você deve satisfação no final do dia é você e somente você. Se imponha, tenha personalidade, reconheça seus limites, pare de buscar a felicidade dos outros e seja feliz!

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O impacto da separação dos pais no psiquismo da criança


Por: Leonardo Domingues

A taxa de divórcio tem aumentado consideravelmente, em especial no Brasil e não precisamos ir tão longe para percebermos isso. Vejamos nossos avós: dificilmente conhecemos pessoas que tenham seus avós divorciados. Um dos fatores que contribuem para o aumento hoje é a facilidade com que as pessoas podem entrar com o pedido de divórcio. O assunto já se tornou banal e natural para muitos, onde o discurso costuma ser “se não der certo a gente separa”, e antigos valores que faziam com que as pessoas tentassem mais uma vez, acabaram sendo esquecidos.

O divórcio foi aprovado no Brasil em 1977 e desde então tem crescido de uma forma acelerada, onde na última década foi registrado um aumento de 160% aproximadamente[1]. Muitos casais acabam procurando o divórcio como a única solução para a insatisfação conjugal, tornando-o assim um acontecimento do cotidiano familiar.

Outro termo utilizado é a separação conjugal na qual é identificada como um acontecimento responsável por inúmeras mudanças no cotidiano dos que compõem o grupo familiar, especialmente quando o casal possui filhos, e a maior preocupação desse aumento desenfreado de divórcios é em relação às crianças em que muitas vezes convivem em um ambiente de brigas e discussões do casal. Assim, o divórcio traz consigo várias mudanças e ajustamentos na vida dos pais e das crianças, podendo se tornar um evento estressante tanto para os pais quanto para as crianças.

Os primeiros laços sociais da criança são formados na família, é indiscutível que a família e seu relacionamento irão determinar a personalidade dessa criança quando adulto. Quando há conscientização do casal em dar andamento no divórcio, muitas vezes há busca judicial para definir a custódia do filho, esse desenlace pode, em alguns casos, causar uma confusão no psiquismo da criança, fazendo com que ela pense ser o principal motivo da separação.

A separação familiar apresenta ser a maior ruptura do ciclo familiar, pois traz consigo a mudança de regras no seu funcionamento, além da mudança de papéis que cada membro da família representa.

É importante frisar que cada membro familiar tem um papel, independente da formação e orientação sexual. Sabemos que esta definição – pai, mãe e filhos – está atualmente ultrapassada, não mais estruturada apenas por homem e mulher como base, mas também por outras formas. Aquele modelo de que o pai seja o chefe da casa, trabalhando e trazendo sustento, está desconstruída. Hoje a estrutura familiar consiste numa nova formação, um novo visual. Temos famílias compostas até mesmo por duas pessoas: pai e filho ou mãe e filho. A estrutura e os papéis de orientar e de educar, são responsabilidades de qualquer adulto, há então um compromisso de educar, amar e cuidar independente da estruturação familiar. Apesar de todas as mudanças, temos que dar a devida importância aos papéis que cada um exerce dentro da família, não importando então o gênero, é necessário que cada adulto assuma seu papel, seja ele a figura de autoridade, de amor, de limites, entre outros. Os papéis são essenciais para o desenvolvimento do psiquismo da criança que busca na família necessidades como autoridade e o provedor de amor e carinho. Pais ausentes após a separação acarretam na falta desses papéis, formando adultos com alguma necessidade em especial que não supriram quando crianças. Os laços formados pela criança na infância são marcantes e trazem consequências na fase adulta.

A criança necessita de relacionamentos saudáveis, com formação de vínculos afetivos, ter alguém para confiar estabelecendo uma base segura são essenciais para o desenvolvimento de um adulto que seja capaz de estabelecer relacionamentos saudáveis com uma personalidade estável.

O bebê já sente o apego e a relação com a mãe, começando aí o primeiro vínculo com os pais. O vínculo na infância faz com que a criança se sinta segura futuramente e, quando há o divórcio, um dos pais acaba por conviver menos ou até mesmo não há mais convivência, fazendo com que a criança sinta falta da presença diária. Esses conjuntos de situações determinam como será a sua reação em relação a alguns fatos, sendo importantíssimo para o desenvolvimento emocional.

Referência citada:

[1] http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/11/em-10-anos-taxa-de-divorcios-cresce-mais-de-160-no-pais

Imagem: Terapia de Criança

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Novembro Azul – Medo ou Vergonha?


Por: Leonardo Domingues

Novembro Azul é um movimento que teve origem na Austrália em 2003, em comunhão com o Dia Mundial ao Combate ao Câncer de Próstata, no dia 17 de Novembro e hoje a campanha busca conscientizar a respeito das doenças masculinas, enfatizando a busca e prevenção do câncer de próstata.

O foco principal é a quebra do preconceito masculino de ir ao médico, pois o câncer de próstata está em segundo lugar no ranking em causa de morte por doenças nos homens, e o fato de ter parentesco em primeiro grau com pessoas que já tiveram a doença, pode aumentar a probabilidade de diagnóstico em até 18% – nesse caso é orientado para que faça o exame a partir dos 40 anos.

Mas por que esse assunto atormenta tanto aos homens? Um dos principais fatores é a questão da masculinidade e o fato do exame ser feito pelo toque onde muitos alegam ter vergonha do que sua família e amigos irão pensar e falar. Relatam também que o método é invasivo diminuindo sua virilidade e seu status como homem. A sociedade em que vivemos tem vários estereótipos e a do homem está cravada como o ser másculo que não fica doente e não deixa ninguém toca-lo e que muitas vezes nunca procurou um urologista para tirar suas dúvidas e curiosidades sobre sua sexualidade, muito diferente das mulheres que são orientadas desde crianças a irem ao ginecologista com suas mães e serem tocadas para diagnósticos e exames.

A falta de informação também é um dos grandes fatores que levam o homem a não buscar um médico. A vergonha e medo de um diagnóstico positivo só tendem a dificultar o tratamento e diminuir as chances de êxito no prognóstico. 90% dos casos descobertos precocemente são curados e são menos de 10 segundos que podem mudar toda uma vida. Câncer de próstata também é assunto para se ter com o psicólogo, pois o impacto psicológico em pacientes – que a princípio parece banal – é um assunto que deve ser tratado com muita seriedade. No caso de homens que passam por cirurgia, não existe comprometimento no desempenho sexual ou orgasmo, o que pode acontecer é de o homem estar abalado emocionalmente por todo o processo que enfrentou e, assim, seu desempenho ou desejo diminuir inicialmente, porém, isso pode ser revertido com terapia pois não se trata de um problema físico e sim psicológico.

Vale lembrar que cada indivíduo é único e em sua singularidade cada um reage de modo diferente sobre o assunto e a melhor forma de quebrar os paradigmas é conversando, buscando informações de um profissional especializado e, claro, buscar sempre o exame e tratamento o quanto antes. Afinal, o que é melhor, dormir tranquilo ou ter noites em claro por vergonha de um exame?

Referências:
INCA
Bem Paraná  

Novembro Azul

Imagem: Pinterest

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Mentira – do início ao fim


Por: Leonardo Domingues

Durante seus 2 primeiros anos de vida a criança tende a iniciar sua comunicação e, desde já, a mentira está presente em nossas vidas.

Mas por que as crianças mentem

O que temos de ter em mente é que todo comportamento da criança é aprendido através das pessoas que rodeiam seu convívio primário, seja ele com tios, avós e principalmente os pais. Muitos pais pensam que a criança é muito pequena e não iria aprender tal comportamento e que isso seria algo genético, mas estão muito enganados. Todo e qualquer comportamento é aprendido principalmente dos pais, que são o maior exemplo de adulto para a criança.

Engana-se quem pensa que a mentira é somente verbal, a criança aprende que a mentira pode ser uma forma de defesa e que há outras formas de mentir, como por exemplo sorrir quando não está tudo bem, escondendo suas angústias e frustrações. Sendo assim, a mentira incorpora tanto a forma verbal quanto a comportamental gestual.

Toda mentira tem um porquê, assim, os pais devem se atentar mesmo às pequenas mentiras, como as usadas por não querer ir para a escola, pois com certeza algo está acontecendo e a criança usa a mentira para encobrir algo que a está fazendo sofrer.

A melhor forma de agir nesses casos é mostrar para a criança que nem sempre precisamos sorrir, que há coisas que não gostamos, que não nos fazem bem e que devemos falar a verdade por mais que doa. Como uma criança que ganha um presente de seus parentes que não gostou, não precisa dizer uma mentira, mas que deve agradecer o carinho e o tempo que a pessoa dedicou para comprar ou até mesmo fazer o presente para ela. A melhor forma é sempre a comunicação.

Durante todo o desenvolvimento passamos por fases e, como se é de esperar, acabamos por reconhecer o certo do errado (na maioria das vezes), e aprendemos que não é certo mentir. Mas quando não mudamos e formamos nossa vida entre pilares de mentiras, isso acaba sendo algo muito perigoso, pois há riscos de desenvolvermos a mentira patológica ou compulsiva.

O que devemos saber sobre Mitomania ou Mentira compulsiva

Trata-se de algo compulsivo, é uma tendência patológica à mentira, e isso acaba por interferir no raciocínio do mentiroso, como se o mesmo mentisse tão bem que acredita na própria mentira e faz dela realidade. Ela pode ser desenvolvida na infância caso não seja tomada nenhuma providência conforme orientado anteriormente.

O que devemos lembrar sobre a diferença entre uma mentira esporádica e a mentira compulsiva é que a pessoa que mente, mente por algo, situação ou acontecimento em particular, por mais simples que seja e normalmente são mentiras pouco elaboradas. Já a pessoa compulsiva pode ser uma pessoa carismática, manipuladora e egocêntrica, que busca trazer para o exterior o mundo de fantasia e mentiras que vive em sua mente.

A Mitomania ou mentira compulsiva tem cura, mas como qualquer problema, a própria pessoa tem que desejar e buscar o tratamento, lembrando que é crucial o apoio da família e amigos para que isso aconteça.

O tratamento baseia-se em tornar consciente para o indivíduo os prejuízos que seu comportamento trouxe tanto para ela quanto para terceiros. É necessário acompanhamento psicológico e caso haja algum quadro de depressão e ansiedade é recomendado o acompanhamento psiquiátrico.

Caso não procure tratamento, o indivíduo tende a destruir os relacionamentos por não trazer confiança. Além dos problemas sociais, a pessoa pode acabar tendo problemas legais, tendo que pagar por algo que poderia ter sido evitado caso buscasse tratamento.

Hoje, a Psicoterapia tem se mostrado um dos poucos métodos em que pode se notar grande evolução nos casos de Mitomania ou Mentira Compulsiva.

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Sexualidade em nossa sociedade multifacetada atual


Por: Leonardo Domingues

Um tema que hoje em dia traz muita polêmica é a sexualidade, pois para muitas culturas e religiões somente são reconhecidos dois gêneros: o homem como ser biologicamente masculino e a mulher como feminino. Mas e quando o homem ou a mulher psiquicamente discordam de seu biológico? Entendemos então que além dos gêneros encontramos a identidade de gênero, no qual a pessoa nasce fisicamente com um sexo porém sua psique é de gênero oposto.

Aproveito para ressaltar que o termo opção sexual não é mais utilizado, uma vez que entendemos que a sexualidade não é uma escolha ou algo que possamos mudar de acordo com o desejo ou regras sociais, mas algo intrínseco. Atualmente o termo mais utilizado é o Orientação afetivo-sexual, por se tratar exclusivamente de um termo sexual.

Atualmente existem quatro tipos de orientações afetivo-sexual:

Bissexual: Independente da sexualidade biológica, a sexualidade psíquica é voltada para ambos os gêneros.
Heterossexuais: Gênero oposto.
Homossexuais: Pelo mesmo gênero.
Assexuados: Esse gênero representa algo singular, no qual pode apresentar afeto porém não sexual, podendo ser direcionada a ambos os gêneros, ou não apresentar orientação afetivo-sexual ou romântica.

Há uma confusão quanto a identidade de gênero e orientação sexual, no qual as pessoas pensam ser a mesma coisa pois estão enganadas.

Identidade de Gênero – Trata-se do gênero no qual ela se identifica, como homem ou mulher ou nenhum dos dois.

  • Cisgênero: Identifica-se com o gênero com o qual nasceu.
  • Transexual ou transgênero: Ao contrário do anterior, se identifica com o gênero oposto ao dado no nascimento.

Orientação Sexual – Refere-se ao gênero em que a pessoa se atrai ou sente alguma forma de atração.

  • Heterossexual: Pelo mesmo gênero
  • Homossexual: Pelo gênero oposto
  • Bissexual: Pelo dois

Segue abaixo uma tabela para que possa esclarecer as dúvidas sobre orientação sexual e identidade de gênero:

tabela-sexualidade

Um dos erros mais comuns é de classificar o gênero através de suas roupas e atitudes. Por exemplo, o homem biologicamente que se veste de mulher ou que tem traços ou gestos considerados femininos não necessariamente são gays e não necessariamente sente atração por homens.

Vale ressaltar que se tratam de meros termos, sem a pretensão de rotular alguém.

Lembrando que o preconceito, assim como o racismo, tem seu desenvolvimento na primeira infância, onde muitas vezes a escola também contribui para o desenvolvimento dessas atitudes e nos faz pensar: como as crianças estão sendo educadas?

A sociedade brasileira tende a seguir como certo religiosos antigos, como forma de terrorismo psíquico tudo que foge do “normal”. As dificuldades, medos e sofrimentos nunca são levados em consideração pelos que apontam, nem fazem ideia de como é passar por algo do tipo. Por um minuto gostaria que pensasse como seria se você que tem sua orientação afetivo-sexual como Heterossexual, você homem ou mulher, que sente atração pelo sexo oposto vivesse em uma sociedade em que repugna tal orientação, onde o normal seria sentir e desejar o mesmo gênero. Muitas vezes as pessoas não se colocam no lugar da outra, ou até mesmo não fazem ideia de que a orientação afetivo-sexual não é uma opção, ninguém nasce com uma chavinha no qual se escolhe qual opção deseja, simplesmente nascemos e buscamos aquilo ou quem nos traz felicidade, ninguém escolhe a sexualidade a fim de prejudicar ou trazer sofrimento a alguém, pelo contrário, libertar sua sexualidade é buscar a felicidade, é buscar viver.

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O suicídio na cultura oriental


Por: Leonardo Domingues

O suicídio é abordado por várias culturas desde os primórdios da humanidade, seja por motivo de culpa, desilusão, arrependimento. E abordado por variados temas, sejam eles família, religião, política, entre outros. Atualmente temos uma questão altamente polêmica, a eutanásia. Nesse caso a pessoa provavelmente encontra-se em estado terminal, onde permanecer vivo traz mais sofrimento do que a morte. Esse método é permitido em alguns países pois entende-se que a pessoa tem o direito de terminar com seu sofrimento físico, porém como falei anteriormente, o sofrimento psicológico não se encaixa, não sendo permitido tal procedimento.

Irei abordar sobre uma das culturas com maior número de caso suicidas, a cultura oriental. Especificamente na época dos grandes samurais, o samurai que cometia algum ato de repúdio era expulso do grupo (eram chamados de Ronins, samurais sem mestre, no qual trazia muito sofrimento e solidão). A ânsia de trazer paz interior fazia com que muitos cometessem o ato de tirar a própria vida, como se isso apagasse todos seus erros. Era feita uma cerimônia onde por meio de uma espada retiravam suas vidas e, infelizmente, parte do costume permanece vivo até hoje, sem tomar em consideração todo o sofrimento que esse ato irá trazer as outras pessoas.

No Japão existe uma floresta chamada Aokigahara, também conhecida como Mar de Árvores, no qual as pessoas vão para com um propósito: tirar a própria vida. Essa floresta é muito famosa e tanto os moradores quanto o governo colocam placas alertando as pessoas para não cometerem o ato. Pessoas de todo Japão acabam indo para a floresta de Aokigahara, saem de tão longe para irem tirar a própria vida especialmente lá, pois essa floresta se encontra no que já foi um vulcão gigantesco e surpreendentemente não há animais, somente plantas. Para todo lugar que se olhe há somente vegetação, um completo silêncio, não havendo algo ou alguém que possa te impedir.

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Fonte da Imagem

Muitas das pessoas que vão para a floresta acabam levando objetos que lhe traz algum tipo de apreço ou vínculo com o motivo de estar ali, sendo assim, a floresta é repleta de objetos abandonados, como o caso do pai que levou um vídeo game. O mesmo não conseguiu suportar a dor de perder seu filho e em sua carta ele dizia que esse era o vídeo game em que seu filho brincava por horas e sempre pedia para o pai brincar junto. Além dos objetos deixados, há também cordas amarradas por toda floresta, essas cordas estão sempre juntas a placas escritas “Este não é o fim”. Empresas também deixam placas no local dizendo “Você está com problemas financeiros? Você não precisa fazer isso, venha conversar conosco, iremos te ajudar”, sendo o motivo financeiro uma das maiores causas de suicídios.

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Fonte da Imagem 

Você que está lendo deve se perguntar, “mas por que ninguém fica lá para impedir?” Várias equipes ficam todos os dias, porém a área é de 35 Km² ao noroeste do monte Fuji, e há muitas rochas e cavernas de gelo que dificultam as buscas. Devido à densa quantidade de árvores que bloqueiam o vento, acaba por não ter vida selvagem. Apesar de todo o trabalho feito, são encontrados em média 100 corpos por ano, tanto em perfeito estado quanto em decomposição e até mesmo somente ossos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa se suicida no mundo, sendo a pobreza e problemas socioeconômicos um dos maiores fatores. Atualmente o suicídio mata mais do que o HIV em todo o mundo.

O Brasil tem cerca de 12 mil casos de suicídio por ano, chegando a alcançar a 8ª colocação no ranking mundial. Um número altamente preocupante e que chega a ser discutido no Senado, uma vez que a lista dos países com maiores índices são formadas de países com média e baixa renda.

A dificuldade de encontrar ajuda e o tabu acabam por agravar o problema que só tende a aumentar ano após ano. Segundo a Comissão de Direitos Humanos (CDH), trata-se de uma “epidemia silenciosa” que afeta o país, sendo cada vez mais preocupante entre os jovens e adolescentes, podendo ser tratado como um problema de saúde pública.

Atualmente no Brasil existe o programa Centro de Valorização da Vida (CVV), no qual existe a mais de 50 anos com a prevenção ao suicídio, funcionando 24 horas por dia pelo número 141 e através do site: www.cvv.org.br, onde é possível entrar em contato via e-mail e bate-papo.

A vida é algo único, dada a cada um de nós para fazermos o que bem entendermos, porém se em algum momento da sua vida já pensou ou está pensando na ideia de cometer suicídio, pense. Não quero te dizer que será fácil, não desista, pense em um bebê, ele não sabe o que passará, quem conhecerá, o que irá estudar nem o que irá conquistar durante a vida, e mesmo assim ele sorri, pense. A vida está tão ruim? Será mesmo o fim? Como sua vida chegou a esse ponto? Houve uma época da sua vida no qual não pensava em suicídio, quer dizer que em alguma época sua vida teve um sentido. Mesmo que não se sinta a vontade em se abrir com alguém conhecido procure ajuda profissional e lembre-se: a vida é linda, única e passa rápido demais, aproveite a chance que lhe foi dada.

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