Sucesso e Fracasso, como você os vê?


Por: Renata de Souza da Silva Rodrigues

Neste Dia do Trabalho, comemorado aqui no Brasil no dia 1º de maio, vemos nosso país em meio a crise econômica e às mudanças na lei trabalhista que tiram o sono do trabalhador que acompanha a tudo isso. Trabalhadores com salários atrasados ou não pagos, condições de trabalho ruins, falta de materiais, desemprego, vislumbre de uma aposentadoria futura que pode não acontecer, dentre tantas outras situações que poderíamos descrever. Fico pensando o quanto de doença tem sido produzida pela inquietude que nossa realidade tem provocado nos indivíduos na nossa sociedade. Aliado ao já descrito temos a cobrança de sermos profissionais de alto padrão, sem erros na prática e com formação acadêmica exemplar, mesmo diante do difícil cenário trabalhista que temos.

Recentemente li em um livro a seguinte frase: “No nosso mundo, existe pouco lugar para fracassos. Nosso sistema de empreendimento centralizado de sucesso é ideal para o promissor, mas devastador para o perdedor. Num esforço de criar vencedores, nós também criamos pessoas desajustadas.” (LUCADO, 2011). A meu ver esta frase traduz exatamente o que nossa sociedade tem produzido, pessoas desajustadas, desorientadas, tristes e com medo do futuro. Não se admite mais o erro, não se sabe lidar com as frustrações, não se consegue buscar meios de se recuperar dos nossos fracassos cotidianos e isso acaba por se estender a todas as nossas relações, não somente a trabalhista. Deixou-se de admitir o fracasso como uma possibilidade de aprendizado e melhora, como afirma a frase atribuída a Henry Ford: “O fracasso é somente uma oportunidade de começar de novo, de forma mais inteligente”.

Nesse contexto no qual a sociedade e mundo do trabalho nos impõem a cobrança de tanta perfeição e sucesso, precisamos parar e pensar: O que é sucesso para nós? O que é importante? O que eu pretendo alcançar? Se nossos ideais e valores não combinam com aquilo que nos tem sido exigido, por que continuar acompanhando sem refletir? É essencial conhecer a si mesmo para poder decidir e assumir a busca do sucesso que desejamos. Temos que deixar de nos colocar no lugar de fracasso que a sociedade e o outro nos colocam, é necessário assumir o nosso próprio lugar de sucesso.

Bibliografia: LUCADO, M. Moldado por Deus: quando Deus começa a nos moldar à sua imagem. Tradução: Marisa Veiga Lobato. Editora Proclamação ltda.: 2011.

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Renata de Souza da Silva Rodrigues
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Psicóloga, graduada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro / UERJ.
Atende no Rio de Janeiro oferecendo atendimento clínico e
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4 lições sobre carreira que você pode aprender com os millenials


Por: Amanda Santos de Oliveira

Provavelmente você já ouviu falar no termo millenials por aí. Se ainda não sabe muito bem do que se trata, os millenials, também chamados de geração Y, são as pessoas nascidas entre 1979 e 1995. Apesar de, inicialmente, isso significar apenas um tempo cronológico, o contexto que cada uma dessas pessoas nasceu e cresceu, diz muito sobre quais profissionais elas se tornaram hoje.

Segundo reportagem da Época Negócios (você pode ler o texto completo aqui), os millenials têm diversas características muito próprias. Segundo estudos, esta é a geração mais inteligente da história, por ter tido acesso a mais educação e até hábitos de vida mais saudáveis. Ademais, segundo reportagem da Exame (leia tudo aqui), nesta categoria, existem os Old Millenials (crianças e adolescentes dos anos 90) e os Young Millenials (crianças e adolescentes dos anos 2000). Apesar da pouca distância temporal entre estes, a transformação da economia e globalização vividas nestes anos, também criou uma subdivisão destes perfis.

Os Old Millenials viveram boa parte da infância sem internet. Ainda, foram surpreendidos com crises financeiras e por isso tem grande preocupação com a entrada no mercado de trabalho ou recolocação profissional. Já para os Young Millenials, a crise econômica já fazia parte do mundo que conheceram. Além disso, o mundo sempre foi conectado desde a escola.

Apesar dessas diferenças, a geração apresenta algumas características interessantes quando o assunto é mercado de trabalho. Neste caso, veja abaixo algumas questões pertinentes que podemos aprender com eles.

1- Lucro não é tudo

Conforme dados apresentados na Época Negócios, 56% dos millenials nunca trabalhariam em uma empresa que não tivessem compatibilidade de valores. Portanto, a nova geração nos ensinou que lucro não é tudo, mas sempre é possível unir trabalho, valores e propósito.

Apesar de essa ideologia ser muito nova no mercado de trabalho, já traz grandes efeitos às grandes empresas. Afinal, humanizar as relações de trabalho tem sido um movimento constante e, consequentemente, tem aumentado o engajamento dos funcionários e a qualidade de vida no trabalho. Portanto, possuir valores que vão além da mera geração de lucros gera resultados imensamente positivos para uma organização.

2 – Uma liderança mais humana é possível

Com a gradual ocupação de millenials em cargos de liderança, também é possível notar uma modificação desta posição. A geração Y nos ensina que é possível ter uma liderança aberta ao diálogo e troca de ideias.

Apesar de essa ser uma meta antiga dos líderes que já conhecíamos, essa prática ficou muito mais fácil para nova geração que já tem a flexibilidade em si desde crianças. Dessa forma, as novas lideranças têm atuado não só em uma mudança estrutural das organizações, mas tem sido pontos focais em uma mudança cultural e geracional no entendimento do propósito dos negócios.

3 – Donos da própria carreira

Os millenials nasceram e cresceram em um contexto de grande instabilidade econômica. Muitos viram os pais perderem empregos de uma vida toda, além de vivenciarem acontecimentos inesperados na política e economia o tempo todo.

Por isso, segundo a Exame, estes profissionais acreditam que a responsabilidade pela carreira é deles. Dessa forma, a fidelidade às empresas já não é mais um quesito fundamental, mas sim, a compatibilidade entre os planos a longo prazo e os objetivos de toda uma carreira.

Para uma responsabilidade tão grande, se torna necessário ser muito mais antenado ao contexto em que se está inserido, além de uma necessidade de desenvolver-se constantemente a fim de estar pronto a novos desafios. Portanto, este geração tem uma visão mais ampla de mercado e está sempre atenta aos movimentos econômicos, tornando-se mais consciente e alerta ao mundo fora dos muros da empresa.

4 – Novas formas de negócio são possíveis

Com toda a flexibilidade e conhecimento trazidas pelos millenials, conhecemos também novas formas de negócio possíveis. Hoje as empresas não são um amontoado de salas fechadas, paredes cinzas e pessoas rígidas. Muito pelo contrário, quanto mais descontraído e confortável, melhor.

A maturidade em relação à carreira e o estímulo aos riscos, fez com que jovens saíssem das empresas e abrissem seus próprios negócios. As empresas modelo startup são um exemplo disso. Então, foi apresentado a nós algo jovem e moderno que tem encantado o mercado provando o tempo todo que é possível fazer diferente.

#FICAADICA

Se você faz parte dessa geração ou não, se atentar aos pontos positivos de um perfil é sempre válido para nosso crescimento profissional. Mas, além de tudo, conhecer-se é muito relevante e fundamental. Então, se você ainda não conhece seus pontos fortes e fracos, vale a pena buscar investir mais nessa busca.

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Amanda Santos de Oliveira 
CRP 04/43829

Psicóloga Graduada pela PUC Minas, atuante na área clínica em Belo Horizonte, oferecendo psicoterapia individual para adultos
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Enem 2017: Qual carreira seguir e o papel da orientação vocacional


Por: Ana Rafaela Bispo da Costa 

Esse momento simboliza o ingresso na universidade para a formação em uma profissão e, em consequência, a busca por construir e consolidar uma carreira.

A maior parte das pessoas que participam são jovens em busca de iniciar seus estudos na universidade e responder àquela velha pergunta “o que você vai ser quando crescer?”. Alguns têm bem claro o que querem para sua vida e carreira, outros nem tanto. E realmente não é uma decisão muito simples escolher determinada profissão que te acompanhará grande parte de sua vida.

O caminho para uma profissão tem apenas um pequeno início com a prestação da prova do vestibular, após isso, é dada a largada para uma corrida que exige extremo empenho, dedicação e disciplina.

Dedicação que vai desde a parte financeira, até as noites mal dormidas para se preparar para uma prova. Mais do que ingressar na universidade é necessário muito empenho para se formar e sair com o diploma nas mãos.

Gostar do que está estudando e perceber identificação com sua graduação vai ajudar e dar muita força nesse processo que é tão trabalhoso.

É importante ressaltar que nesse processo de preparação para o exame a informática tem sido grande aliada, com sites que disponibilizam cursos preparatórios e até programas de TV online disponibilizados pelo MEC.

Mas a preparação não consiste apenas em estudar conteúdos das provas, e sim em saber qual o destino a seguir, qual curso seria o mais certo para você e qual profissão se enquadra melhor em suas habilidades.

Entretanto, quem ainda não tem certeza do que cursar o que deve fazer? Como tomar uma decisão tão acertada e rápida? Afinal, como citei anteriormente, o gasto empenhado aqui será enorme.

O ideal é conhecer muito sobre a profissão que deseja seguir, isso pode ser feito por meio de leituras, conhecendo profissionais da área, pesquisar como a profissão é vista e reconhecida no mercado, tanto financeiramente como em número de vagas oferecidas. É importante conversar com profissionais que já estejam na área e saber quais os pontos fortes da profissão como também as dificuldades enfrentadas no dia a dia.

Porém, antes de qualquer coisa, você precisa se conhecer, perceber quais as suas habilidades, suas facilidades, coisas com que se identifica. Por outro lado, conhecer seus pontos a serem melhorados e as coisas que não gosta de fazer. E passamos grande parte da vida tentando nos conhecer, experimentando novas situações e refletindo sobre elas.

Todavia aqui falo de um conhecimento de vocações, quais as principais habilidades você possui e aplica em seu dia a dia. Muitas vezes perceber isso não é tão simples quanto parece.

A orientação vocacional é de grande valia nesse momento, aliar todo o conhecimento anteriormente citado, sobre a nova carreira, com o conhecimento de si mesmo é uma ferramenta útil para tomar a decisão.

A orientação vocacional consiste em algumas entrevistas e encontros onde o profissional irá investigar e conhecer o futuro candidato. Também são aplicados testes para que habilidades em geral sejam detectadas e direcionadas a utilizar na carreira certa.

Aqui uso o termo vocação e não profissão pelo seguinte motivo: uma mesma pessoa pode ter algumas vocações que podem ser aplicadas em diversas áreas do conhecimento, não significa que ela tenha que fazer somente uma coisa. E quando uma profissão é escolhida baseada em suas vocações a possibilidade de dar certo é maior.

Algumas precauções também são importantes, verificar o histórico familiar, as profissões mais exercidas e ter cuidado para não iniciar uma carreira com base em habilidades alheias, por outro lado, se as habilidades detectadas forem condizentes com as habilidades já percebidas nas atividades familiares isso é ótimo! Pois ao sair da faculdade terá não só um diploma na mão como uma grande porta de inserção no mercado de trabalho.

O importante não é decidir rápido, mas decidir assertivamente, eliminar possibilidades de escolher baseado em fatores errados e iniciar um caminho bem trilhado, com base sólida e perspectiva de sucesso futuro.

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Ana Rafaela Bispo da Costa
CRP: 06/95603

Psicóloga pela UMESP
Pós Graduada em Especialização em Informática em Saúde pela UNIFESP
trabalha no auxílio ao desenvolvimento de crianças e adolescentes e suas famílias, 
atuando na região do ABCD.
Contatos:
Whatsapp: (11) 982172197
ana_rafaela_24@hotmail.com

Facebook: Tempo de Aprender-se
Site: tempodeaprenderse.wixsite.com/tempodeaprenderse

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Aspectos Importantes da Reorientação Profissional


Por: Renata de Souza da Silva Rodrigues

Um dos momentos mais esperados e que mobilizam grande ansiedade na nossa vida é o da escolha profissional. Na maioria das vezes, não sabemos como decidir diante das ofertas de formações acadêmicas e cursos oferecidos. A sensação que se tem é que se escolhermos errado nossa vida profissional será infeliz e todos os nossos dias serão de luta contra nossa tristeza para sair da cama e ir trabalhar. Entretanto, algo que não se sabe no momento da primeira escolha profissional é que não existe certo ou errado e que essa escolha pode não ser para toda a vida. Sabemos que esta hipótese nos dá um frio na barriga, só de pensar que podemos nos esforçar para entrar em um curso ou faculdade e não ser a profissão da nossa vida.

Destaca-se que na primeira escolha da profissão sofremos diversas influências e podemos acabar decidindo de acordo com as pressões que nos cercam. A família tem forte influência, podendo levar a escolha de um curso que satisfaça os anseios dos pais, especialmente na adolescência e juventude ou quando existe uma “profissão de família”, conforme a ótica familiar, todos devem ser advogados, médicos, por exemplo. Os amigos podem influenciar e levar a uma escolha profissional porque é “legal”, porque não tem matemática ou simplesmente porque todos os amigos estão optando por tal área. A sociedade influencia propagando os “cursos do momento”, os cursos que tem maior salário, dentre outras informações que podem levar a uma decisão superficial, já que quem escolhe por tais motivos, comumente não tem profundidade acerca do que o curso é de fato.

As situações citadas podem levar a busca de um segundo campo de atuação, por questões como: insatisfação com o curso que está frequentando; ser formado e desejar fazer outro curso; ter feito uma formação e atuar numa área pela pressão de outrem; sentir que trabalha com algo que não completa e sentir que pode se desenvolver melhor em outra área. Nesse ponto é que o campo da Reorientação Profissional pode auxiliar. A Reorientação é um processo voltado para os que já escolheram um caminho profissional, mas, por algum motivo, não estão satisfeitos com a escolha que fizeram. Podendo ser também utilizada por pessoas desempregadas, em processo de aposentadoria ou já aposentadas, trazendo consigo a possibilidade de seguir uma nova carreira.

Nesse processo é possível desenvolver a habilidade de rever projetos de vida, encontrar a melhor solução para a vida profissional e examinar o caminho já percorrido tendo em vista encontrar uma opção mais compatível com os próprios anseios ou redirecionar a escolha feita, seja do curso ou da carreira profissional. Possibilita também verificar como se lida consigo mesmo, com as relações de trabalho e com as sociais e assim se reestruturar e resignificar essas relações, de um modo prazeroso para si, adquirindo maior autoconhecimento, e mais adequado para a sociedade, admitindo que a profissão que se exerce não serve somente para nós, mas tem um papel social de auxílio aos outros. Pense sobre sua vida profissional e caso esteja em alguma das situações citadas ou por algum outro motivo está insatisfeito com sua profissão, busque ajuda para repensar e se ajustar melhor.

Imagem capa: stocksnap.io

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Procurando um emprego? Seja coerente!


Por: Amanda Santos de Oliveira

Quantas vezes, em meio a essa crise econômica, passamos por processos seletivos em diversas empresas, achamos que tudo estava indo bem, mas no fim não somos chamados para aquela oportunidade. Mesmo quando queremos muito, torcemos muito, vestimos a nossa melhor roupa, chegamos na hora marcada e conseguimos controlar a ansiedade. Mas, o que será que acontece então? Veja algumas dicas e tente entender quem está do outro lado do jogo: o recrutador.

Se a vaga não é pra você, é melhor que seja assim!

Muitas vezes queremos uma oportunidade a qualquer custo, mesmo sem saber ao certo o porquê e sem avaliar se aquela vaga realmente tem a ver com a gente. Claro que o desemprego é desesperador e em algum momento você só quer um emprego, seja ele qual for. Mas, se você conseguir uma oportunidade que nada tem a ver com você (ou com o seu perfil, como as empresas falam), o desespero vai passar. Quando ele passar, você pode estar preso em uma atividade que você não gosta nada, ficará desmotivado e talvez não consiga nem se adequar as demandas e acabar sem um emprego de novo.

Então, primeiramente, não pense no recrutador como um vilão quando você receber aquele retorno negativo. Pense que o papel dele é avaliar se você tem a cara da oportunidade. Mas, ter essa “cara” não quer dizer apenas ter um currículo com experiências e formações profissionais compatíveis, mas também, ter um perfil que seja próximo ao que a empresa tem como valores e modos de agir compatíveis a este cenário.

Mesmo que você tenha certeza que tem esse perfil, lembre-se, você não conhece o dia a dia da empresa. A imagem passada pela organização é muito diferente da realidade vivida dentro dela. Vale lembrar que isso não acontece porque as empresas estão “enganando os candidatos”, mas sim, porque viver a realidade de uma organização é muito diferente do que falar sobre ela. Pense bem nas últimas empresas pelas quais você passou, sua percepção permaneceu a mesma quando você se tornou funcionário?

Saiba o que você quer

Tenha um plano de carreira e seja coerente nisso. Não adianta você “atirar para todos os lados”, pois este é um comportamento que não passa segurança para as empresas. Afinal, se você estivesse escolhendo alguém para trabalhar com você e não tivesse certeza se essa pessoa gosta do que faz, você teria segurança nela? As empresas prezam por confiança, segurança e estabilidade e “pular” de emprego em emprego em poucos meses ou mudar de área de atuação constantemente, não trazem esse tipo de mensagem.

Mas, isso não quer dizer que é impossível fazer uma transição de carreira. Se você estava em uma área e decidiu que não é essa sua paixão, tudo bem escolher outro caminho. Mas será necessário tempo e dedicação para que essa transição seja bem sucedida. Seu discurso deve ser coerente e verdadeiro. Talvez a primeira oportunidade até demore, mas com força de vontade ela vai chegar. Contudo é importante estar bem informado e certo de sua decisão quando esse desejo aparece. Afinal, tal mudança é difícil e deve haver clareza de qual é a nova realidade que você está buscando. Muitas vezes, profissionais se sentem frustrados com sua área, levando em consideração apenas a empresa em que atua e acabam por não buscar entender a atuação profissional em um sentido macro.

Se o mercado de trabalho formal não for sua praia…

Existe sempre a oportunidade de empreender. O trabalho autônomo é uma opção cada vez mais presente no mercado, mas para empreender também é preciso bastante cautela. Isso porque, ser um profissional liberal depende de investimento (tanto de tempo quanto de dinheiro) além de ter resultados incertos e em longo prazo.

Portanto, pesquise bastante a área que quer atuar. Busque não só os cases de sucesso, mas também busque aprender com aqueles que fracassaram em suas jornadas, dessa forma, será possível ter uma previsão de quais os possíveis erros e obstáculos no caminho. Ainda, trabalhe com o que goste e não só com o que “dá dinheiro”. O serviço autônomo exige uma dedicação diferente do emprego formal. Isso porque, tudo ficará por sua conta, desde as tarefas que tem a sua cara, até aquelas que você não gosta, mas que tem que ser feitas. Os horários são sim flexíveis, mas às vezes podem resultar em uma dedicação integral. Os finais de semana não serão tão certos, assim como as férias ou feriados.

Acima de tudo: ame o que faz!

O trabalho ocupa grande parte do seu dia e dos seus pensamentos. Por isso, ocupar grande parte da sua vida com algo que não faz sentido pra você, não é saudável. Mesmo que este trabalho te supra de outras formas, o desprazer em pratica-lo uma hora vai bater a porta e trazer suas consequências.

Se você está em busca de um emprego há muito tempo, continue confiante em suas competências e habilidades e não desista. Por mais que pareça desesperador e que não haja mais esperanças ou saída, persistir é sempre o melhor caminho. Afinal, independente se você escolher o mercado formal ou informal, a força de vontade sempre traz seus frutos.

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Amanda Santos de Oliveira 
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O mercado de trabalho é lugar para mulher?


Por: Monique Lauermann Tassinari Rückert

A mulher foi conquistando seu espaço no mercado de trabalho, inclusive sendo mais prevalente do que homens em alguns cargos e profissões. No entanto, cresceram vendo suas mães e avós sendo donas de casa exemplares e, por isso, pensam que além do trabalho, a casa, os filhos, o marido também devem fazer parte das suas responsabilidades. Conciliar todos esses papéis, não é uma tarefa fácil.

Se pararmos para refletir sobre o histórico da função da mulher na sociedade, possivelmente perceberemos um imenso avanço e muitas conquistas visto que antigamente ela tinha uma função primordial da maternidade e cuidados domésticos, evoluindo para então cargos mais corporativos. Atualmente, ainda que sigamos na luta por igualdade salarial, por menos abusos dentro das empresas, por melhores condições sociais devido às questões de gênero: conseguimos ver a evolução do espaço que as mulheres ocupam.

No entanto, essas mulheres vivenciam novas dúvidas. Muitas relacionadas com sua capacidade e “deveres”, como qual o momento certo da maternidade, do casamento, da conclusão dos estudos. Cada vez mais, os planos pessoais são adiados para que os profissionais possam ser colocados em prática.

Tomar essa decisão não é uma tarefa fácil, pois a sociedade ainda cobra muito esse papel de “mulher polvo”, que precisa ter diversos tentáculos e dar conta de tudo. A família questiona o quanto ela trabalha e quando virão os filhos. Essas questões, por vezes, afastam a mulher do mercado de trabalho e fazem com que recuse algumas propostas de crescimento profissional.

Muitas mulheres tem a crença de que “Se quer algo bem feito, faça vocês mesma”, mas será que é possível dar conta de tudo sozinha? Trabalho, casa, estudos, relacionamentos? Em alguns momentos, precisamos delegar tarefas aos outros para focarmos no que é prioridade ou no que nos deixa mais feliz.

Vamos quebrar o paradigma de que a mulher precisa dar conta de todas essas jornadas sozinha: divida as tarefas em casa entre os filhos e marido, por exemplo, dedique um tempo para seus cuidados pessoais, não desista de seus sonhos profissionais e do que é importante pra você. Se a sua profissão for algo que lhe deixa feliz, então o mercado de trabalho é seu lugar, sim. Não desista de seus objetivos profissionais por angústias e preconceitos.

Imagem capa: Pinterest

Monique Lauermann Tassinari Rückert
CRP 07/24730

Psicóloga Clínica, especializanda em Terapia Cognitivo Comportamental.
Realiza atendimento de crianças, adolescentes e adultos em Porto Alegre/RS.
E atendimentos de orientação online com maiores informações
pelo site http://psicologamonique.com/
Contato:
Monique.tassinari1@gmail.com
 Facebook.com/psicologamonique

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Não quero assim contar o tempo


Por: Francisca Daiane

Ele só desejava férias do trabalho. O cansaço pedia isso, a nova rotina de vida pedia isso. A esposa grávida em casa, sem contar que acabara de sofrer uma brusca queda, felizmente sem danos ao bebê. Os problemas de saúde dela já eram notificados vez ou outra, e agora parecia que as próprias condições de vida optaram por se juntar e tornar-se um grande conflito.

O trabalho dele exigia nada menos que uma grande capacidade de concentração, de inteligência, de se fazer presente. E ele só desejava férias. Férias de um trabalho que não atendia suas expectativas. Férias de um trabalho que o obrigava a fazer mais que sua função. Férias de uma vida dedicada ao outro, justo aquele outro que nunca reconhecia seu trabalho, porque estes outros também andavam perturbados, cabisbaixos, angustiados. Parecia o fim. Todo o tempo era contado, segundos a segundos.

O desejo de se tornar pai era visível, assim como de ser um esposo presente, mas o trabalho lhe sugava e lhe tirava o anseio de ser o estimado funcionário. Havia tantos nós em sua vida que cenas de desespero o acompanhavam. Terceiros diagnosticaram exagero, outros extremismos, fortes julgamentos e ninguém se perguntou: “Como o ajudar?”. Um chefe que só enxergou capacidades intelectuais e produtividade, esqueceu-se que o rendimento poderia vir, sobretudo, de um bom estado emocional. Não se atentou, perdeu o funcionário para um ambiente hospitalar, para uma agitada sala de espera, para “uns caras que tratam o psicológico”. Porque essa era sua necessidade, antes não reconhecida, mas existente.

Tentou se curar, mas precisava voltar, ainda não tinhas suas férias e o chefe cobrava sua presença.

A esposa cobrava sua presença.

O filho que nem nascera cobrava sua presença.

E ele melindrosamente se entregou novamente à vida ou ao que chamam de vida, foi ser corajoso, porque não tinha muitas saídas além de continuar, o que significaria manter-se nas suas reais pressões, correrias e instantes angustiantes, isso com o tempo sendo contado e com ele o contando, segundos a segundos.

E o caso dele não era o único. Até os terceiros que um dia julgaram, um dia também sofreram abalos emocionais, pediram um tempo, uma saída, uma licença, mas as férias ainda estavam longe. O trabalho ganhou naquele espaço forma mecânica, como que exercido por robôs. Talvez fossem estes justamente isto: seres enxergados sem uma estrutura psíquica. Não poderei imaginar que em tempos vindouros prevalecerão apenas resultados satisfatórios, pois um dia a tal vida pode cobrar contas mais caras e o preço será a não visualização do ser humano como alguém que precisa ser olhado e cuidado em sua inteireza.

Mas afinal, o que fazer? Pois o filho nasce, a esposa espera… A tal vida é ciclo, amigo. É ida. São voltas.

Imagem capa: Pinterest

Francisca Daiane

Acadêmica, 8º período de Psicologia na
Faculdade Panamericana de Ji-Paraná
Contato:
daianesilvapsico@gmail.com

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Quando o trabalho se torna uma maneira de fugir dos problemas


Por: Daniela Knapp

Você sabia que o trabalho como fuga pode ser um meio de proteção? Muitas pessoas usam o trabalho para fugir de problemas pessoais e sem perceber acabam se dedicando demais, não porque gostam daquilo que fazem, mas porque não estão felizes com sua vida. Trabalhar demais pode ser um comportamento de compensação por algo que está faltando, uma maneira de esquecer dos problemas. Sem perceber, o excesso de trabalho acaba impedindo essas pessoas de resolverem o que realmente está gerando esse comportamento e essa atitude acaba prejudicando ainda mais sua vida pessoal. Você percebe como esse comportamento pode virar um ciclo vicioso?

Mas afinal de contas, como identificar se você está usando o trabalho como desculpa?

Prestar atenção no modo como você tem encarado o trabalho e no que ele significa para você é o primeiro passo para perceber o problema. Listo aqui algumas perguntas que podem te ajudar a refletir sobre o assunto:

  • O trabalho é a minha única fonte de satisfação?
  • Sempre levo trabalho para casa e assumo atividades que são responsabilidade dos meus colegas?
  • Sempre chego tarde em casa para evitar conflitos?
  • Trabalho durante horas, sem interrupção para não precisar pensar na minha vida pessoal?
  • Tive um afastamento significativo da família e dos amigos por causa do trabalho?
  • Evito entrar em contato com emoções e pensar sobre a vida?
  • O trabalho é mais importante para mim do que a minha família?
  • Preciso estar envolvido em alguma atividade o tempo todo?
  • Uso o trabalho para encobrir sentimentos?

Mas por que essa fuga acontece?

Existem basicamente três motivos que levam uma pessoa a trabalhar demais:

O primeiro é a insegurança, o fato da pessoa sentir a necessidade de fazer mais para parecer melhor. O segundo é o comportamento de fuga, quando a pessoa usa o trabalho para não precisar encarar as dificuldades da vida pessoal, como um casamento desestruturado ou decisões pessoais mal resolvidas. O terceiro é a compulsão pelo trabalho, pessoas que se dedicam inteiramente ao trabalho para alcançar seus objetivos e ter sucesso profissional a qualquer custo.

Essa situação pode levar a pessoa a se tornar um Workaholic, ou seja, um viciado em trabalho. A saúde pode ser comprometida e as consequências de trabalhar exaustivamente podem levar ao estresse, ansiedade e depressão.

Mas trabalhar demais não é um comportamento comum?

Sim, mas  nem sempre o motivo é a fuga, existem outras situações de pressão que podem levar uma pessoa a trabalhar demais: medo de perder o emprego, competição no mercado de trabalho, problemas financeiros, exigência da empresa, entre outros. Cabe a cada um refletir e analisar a sua situação atual e se preciso buscar um especialista para ajudar.

O limite do saudável e da compulsão pelo trabalho é delicada. É preciso ter cuidado porque trabalhar demais é visto pela sociedade como algo bom, sinônimo de sucesso. A pessoa geralmente não percebe que está passando dos limites, uma vez que esse comportamento é seguido de promoções no trabalho, reconhecimento profissional e aumento de salário. Geralmente a busca pela ajuda de um especialista acontece quando a situação já está fora de controle e a saúde já está comprometida.

Imagem: Pinterest

Colunista:

Daniela Knapp
CRP 08/16950

Psicóloga Clínica e Coach de Mulheres
Formada pela Universidade Federal do Paraná
Atende em Curitiba – PR
Contato:
Site: www.realmentemulher.com.br
Facebook.com/realmentemulher
E-mail: psicologadanielaknapp@gmail.com

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Qual o propósito daquilo que você faz todos os dias?


Por: Psicóloga Ane Caroline Janiro

Qual o propósito daquilo que você faz todos os dias?

Sim, porque é preciso ter um propósito maior que a obrigação, ou do que ganhar dinheiro para pagar as suas contas…

É claro que em muitos momentos precisamos sim fazer coisas de que não gostamos muito, afinal, a vida não é feita somente daquilo que nos agrada. Mas se a maior parte de seus dias e sua vida tem sido dedicadas a coisas que você faz contra a sua vontade, quanto de você mesmo, da sua essência, você tem aberto mão?

“Ah, mas as coisas que eu mais gosto de fazer, não dão dinheiro”, “Talvez se eu fosse mais jovem, mas agora é tarde demais”, “Tenho muitas responsabilidades, não posso abrir mão”. Na prática, é possível sim traçar um plano de ação onde você consiga, ainda que não imediatamente, mudar a sua rota. É natural que o medo do novo assuste, que preocupações como essas passem pela nossa cabeça que, nem sempre, nos impulsiona a correr riscos, mas sim a nos mantermos naquilo que é mais seguro.

Todas essas preocupações são válidas e é preciso manter os pés no chão. Saber também que, mesmo que você escolha atividades mais prazerosas, escolha realizar os seus sonhos, não serão somente flores no seu caminho e inevitavelmente será preciso abrir mão de certas coisas.

O que precisamos considerar são todos os prós e contras envolvidos em nossas escolhas.

Vejo circular pela internet uma frase que desconheço a autoria, mas com uma profunda verdade: “aquilo que fazemos sem obrigação é o que define quem somos”. Por mais responsabilidades que você tenha em sua vida, são aquelas escolhas que você faz por conta própria que dizem quem você é de verdade.

Não tenha medo de mudar o que não te faz feliz e nem de pedir ajuda para isso se for preciso.


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Sobre a autora:

Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, idealizadora e editora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556


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Entenda a Síndrome do Esgotamento Profissional (ou Burnout)


Por: Ane Caroline Janiro

A “Síndrome de Burnout” ou “Síndrome do Esgotamento Profissional” é um transtorno mental associado especificamente aos elementos estressores  relacionados ao trabalho.

Inicialmente, esta Síndrome teve sua descrição em pessoas cujas profissões envolviam o “cuidar” ou a relação intensa com outras pessoas, como é o caso de médicos, enfermeiros e profissionais da saúde em geral, também professores. Recentemente, porém, outras áreas de atuação vem apresentando casos de Esgotamento Profissional e estão associados à possibilidade de ocorrência da Síndrome. Inclusive, já existem casos mais recentes descritos onde pessoas dedicadas ao cuidado de familiares afetados por doenças que prejudicam a mobilidade e autonomia manifestaram também a Síndrome de Burnout.

A exposição crônica de uma pessoa a fatores então estressantes em seu trabalho, de maneira emocional e interpessoal, seria o ponto de partida para o desenvolvimento desta Síndrome, onde existe uma sensação constante de exaustão, falta de esperança naquilo que se faz, não vendo mais recompensas pessoais pelo seu trabalho e despersonalização.

Transtornos associados:

A Síndrome de Burnout pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de outros tipos de transtornos, como alcoolismo e abuso de outras substâncias psicoativas, ideações suicidas, doenças cardiovasculares, depressão e outros.

Como identificar os sinais da Síndrome de Burnout?

É preciso ficar atento ao diferenciar um episódio de estresse ou um problema isolado no trabalho de um esgotamento profissional. Ou mesmo com a depressão, por exemplo, onde o sentimento de culpa é uma das características predominantes, enquanto que na Síndrome de Burnout, a irritabilidade e a raiva são predominantes.

Algumas pessoas, entretanto, apresentam maiores chances de desenvolver a Síndrome. Além dos profissionais da áreas de atuação já citadas acima e da constante exposição aos fatores estressantes, outros fatores merecem também atenção, como os famosos “workaholics” – expressão que identifica os indivíduos “viciados em trabalho”, que não conseguem se desligar dele, sentem a necessidade de fazer cada vez mais e fazer tudo sozinhos, sentem-se muitas vezes culpados pelos momentos de descanso e por passarem alguns momentos sem serem “produtivos”, negligenciando os cuidados pessoais, a vida social e a saúde.

Tudo isso pode desencadear o Esgotamento e é possível identificar alguns sintomas comuns às pessoas afetadas por ele, como:

  • Mudanças repentinas de comportamento;
  • Isolamento social;
  • Depressão;
  • Sensação de vazio interior;
  • Fadiga;
  • Diminuição no interesse em realizar atividades que antes eram prazerosas;
  • Aumento ou diminuição significativas do sono;
  • Aumento ou diminuição significativas do apetite;
  • Ansiedade;
  • Tremores, taquicardia;
  • Dores de cabeça;
  • Problemas digestivos, entre outros.

É claro que a Síndrome de Burnout pode se apresentar com alguns sintomas distintos dos apresentados acima, que na verdade são os mais comuns, o que não significa necessariamente que o paciente apresentará todos eles.

Além disso, para o diagnóstico, é necessária a verificação da presença de três grupos de sintomas, são eles:

  • Exaustão emocional (esgotamento e a sensação de que nada mais irá resolver sua situação atual, o que resulta em irritabilidade, desesperança, atitudes pessimistas e sentimento de incapacidade);
  • Despersonalização (caracteriza-se pela indiferença diante do sofrimento alheio, diminuição da capacidade de empatia, de se solidarizar com o outro);
  • Diminuição da Realização Pessoal (o indivíduo subestima sua capacidade de desempenhar funções, apresentam insatisfação e/ou infelicidade com os resultados obtidos a partir de seu trabalho).

Outras características comuns às pessoas que apresentam a Síndrome de Burnout são os reflexos no próprio ambiente de trabalho, como a queda no desempenho de suas tarefas, distanciamento de colegas de trabalho, clientes e outros, atrasos ou ausências constantes do local de trabalho, maior risco de sofrer acidentes de trabalho, baixa energia.

Após o diagnóstico, como é o tratamento?

Normalmente o tratamento para a recuperação do indivíduo envolve a psicoterapia e, quando necessário, o uso de medicamentos específicos. Em alguns casos, é necessário afastamento temporário das funções de trabalho.

Existe a necessidade de um trabalho mais profundo com as empresas e instituições, visando o bem estar emocional dos funcionários o que, consequentemente, irá colaborar para o melhor desemprenho da empresa como um todo, diminuição da rotatividade dos colaboradores, menor ocorrência de faltas e atrasos e maior comprometimento das equipes.

Referência: Associação Brasileira de Psiquiatria (http://www.abpcomunidade.org.br/site/)  


 

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Sobre a autora:

Ane Caroline Janiro – Psicóloga clínica, Fundadora e Administradora do Psicologia Acessível.
CRP: 06/119556



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