Por: Joscelaine Lima
Como estamos no mês dos namorados, o assunto do texto é amor. Mas o que é amor? Será aquele sentimento que leva os apaixonados a fazerem loucuras para estarem juntos? Seria o esquecer do mundo e não medir as consequências das atitudes para estar com alguém, mas assim que surge alguém mais “importante” o sentimento já muda?
Não, isto não pode ser amor, não o verdadeiro amor. Aliás, atualmente é raro um amor verdadeiro, pois o ser humano está cada vez mais egoísta e individualista. A este respeito, estive observando nestes dias enquanto fazia uma viagem e usava o GPS para orientação e refletindo sobre como a vida fluía antes das tecnologias e me dei conta de que o desenvolvimento tecnológico tem afastado as pessoas umas das outras.
Antigamente, mesmo já existindo mapas, a forma mais utilizada para encontrar um determinado lugar ou pessoa era o “boca a boca”, no qual se parava e perguntava a alguém como encontrar, o que hoje não é necessário, já que o GPS nos informa tudo!
Neste sentido percebemos que as demais tecnologias como smartphones, jogos eletrônicos, lojas online, entre outras, também contribuem para o afastamento entre as pessoas, pois já não é preciso um encontro com amigos e familiares para curtir e se divertir, como não é necessário encontrar com uma equipe para um jogo ou conversar pessoalmente com um vendedor.
Não estou de modo algum fazendo uma crítica às tecnologias, pois são muito positivas e úteis, quando usadas de forma consciente e sábia. É muito bom poder escolher um produto sem sair do conforto de casa, assistir a um filme na internet, conversar com pessoas que estão fisicamente distantes e matar um pouco a saudade.
Mas o que quero dizer é que estas tecnologias não devem, de maneira alguma, substituir o encontro pessoal, o contato físico, o calor humano, o abraço, o carinho, que são coisas que nos fazem tão bem, que liberam hormônios positivos, que trazem felicidade verdadeira. Não podemos deixar que as tecnologias falem mais alto que a humanidade, não podemos permitir que os sentimentos tornem-se supérfluos como têm se tornado, pois é tão fácil apaixonar e desapaixonar, já que é simples substituir o que foi importante em um momento por algo que parece melhor.
Não podemos deixar que a contemporaneidade nos afaste como tem afastado e torne dispensável o compromisso, a responsabilidade, o amor duradouro e profundo, que une duas pessoas não apenas pelo que podem oferecer, mas pelo que podem ser.
Que possamos nos encontrar de forma verdadeira e continuar amando mesmo após conhecer os defeitos do outro, pois o amor não é paixão, amar não é apenas um sentimento. Amar é verbo e verbo é ação, então, vamos AMAR de forma consistente, porque Amor é a gente que faz!
Imagem capa: Pexels
Colunista:
Joscelaine Lima
CRP: 12/14672
Psicóloga em Centro de Referência de Assistência Social – CRAS em
São Miguel do Oeste-SC e Psicóloga Clínica
Contatos:
Facebook.com/JoscelainePsicologia
Whatsapp: (49) 992028970
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