Sexualidade em nossa sociedade multifacetada atual


Por: Leonardo Domingues

Um tema que hoje em dia traz muita polêmica é a sexualidade, pois para muitas culturas e religiões somente são reconhecidos dois gêneros: o homem como ser biologicamente masculino e a mulher como feminino. Mas e quando o homem ou a mulher psiquicamente discordam de seu biológico? Entendemos então que além dos gêneros encontramos a identidade de gênero, no qual a pessoa nasce fisicamente com um sexo porém sua psique é de gênero oposto.

Aproveito para ressaltar que o termo opção sexual não é mais utilizado, uma vez que entendemos que a sexualidade não é uma escolha ou algo que possamos mudar de acordo com o desejo ou regras sociais, mas algo intrínseco. Atualmente o termo mais utilizado é o Orientação afetivo-sexual, por se tratar exclusivamente de um termo sexual.

Atualmente existem quatro tipos de orientações afetivo-sexual:

Bissexual: Independente da sexualidade biológica, a sexualidade psíquica é voltada para ambos os gêneros.
Heterossexuais: Gênero oposto.
Homossexuais: Pelo mesmo gênero.
Assexuados: Esse gênero representa algo singular, no qual pode apresentar afeto porém não sexual, podendo ser direcionada a ambos os gêneros, ou não apresentar orientação afetivo-sexual ou romântica.

Há uma confusão quanto a identidade de gênero e orientação sexual, no qual as pessoas pensam ser a mesma coisa pois estão enganadas.

Identidade de Gênero – Trata-se do gênero no qual ela se identifica, como homem ou mulher ou nenhum dos dois.

  • Cisgênero: Identifica-se com o gênero com o qual nasceu.
  • Transexual ou transgênero: Ao contrário do anterior, se identifica com o gênero oposto ao dado no nascimento.

Orientação Sexual – Refere-se ao gênero em que a pessoa se atrai ou sente alguma forma de atração.

  • Heterossexual: Pelo mesmo gênero
  • Homossexual: Pelo gênero oposto
  • Bissexual: Pelo dois

Segue abaixo uma tabela para que possa esclarecer as dúvidas sobre orientação sexual e identidade de gênero:

tabela-sexualidade

Um dos erros mais comuns é de classificar o gênero através de suas roupas e atitudes. Por exemplo, o homem biologicamente que se veste de mulher ou que tem traços ou gestos considerados femininos não necessariamente são gays e não necessariamente sente atração por homens.

Vale ressaltar que se tratam de meros termos, sem a pretensão de rotular alguém.

Lembrando que o preconceito, assim como o racismo, tem seu desenvolvimento na primeira infância, onde muitas vezes a escola também contribui para o desenvolvimento dessas atitudes e nos faz pensar: como as crianças estão sendo educadas?

A sociedade brasileira tende a seguir como certo religiosos antigos, como forma de terrorismo psíquico tudo que foge do “normal”. As dificuldades, medos e sofrimentos nunca são levados em consideração pelos que apontam, nem fazem ideia de como é passar por algo do tipo. Por um minuto gostaria que pensasse como seria se você que tem sua orientação afetivo-sexual como Heterossexual, você homem ou mulher, que sente atração pelo sexo oposto vivesse em uma sociedade em que repugna tal orientação, onde o normal seria sentir e desejar o mesmo gênero. Muitas vezes as pessoas não se colocam no lugar da outra, ou até mesmo não fazem ideia de que a orientação afetivo-sexual não é uma opção, ninguém nasce com uma chavinha no qual se escolhe qual opção deseja, simplesmente nascemos e buscamos aquilo ou quem nos traz felicidade, ninguém escolhe a sexualidade a fim de prejudicar ou trazer sofrimento a alguém, pelo contrário, libertar sua sexualidade é buscar a felicidade, é buscar viver.

Colunista:

Leonardo Domingues
CRP 06/133444

Formado pela UNIARA, é Psicólogo Clínico e atende em Jaboticabal/SP na Rua Floriano Peixoto, 1517 – Centro.
É escritor e cartunista.
Contatos:
WhatsApp: (16) 99775-6457
Instagram: @leonardo_psi
E-mail: leonardo.psico@terra.com.br

Imagem: Pinterest

*Ao reproduzir este conteúdo, não se esqueça de citar as fontes.


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